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António Cádio espera estabilidade para regressar ao país
- 10-Jul-2005 - 19:15
Um emigrante é um factor de desenvolvimento para o seu país, diz António Cádio, um são- tomense que veio para Portugal estudar e adia o regresso a São Tomé e Príncipe à espera da estabilidade no arquipélago.
António Cádio nasceu na Ilha do Príncipe ainda no tempo colonial e chegou a Lisboa pouco antes da independência de São Tomé e Príncipe, que completa 30 anos na terça-feira, dia 12.
Licenciou-se em Educação Física e Desporto pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa e é professor na Casa Pia.
Tem dupla nacionalidade, mas fortes amarras continuam a ligá-lo à terra onde nasceu e ainda vivem a mãe e os irmãos, que visita todos os anos e ajuda a viver com a sua "remessa de emigrante".
Quando fala de São Tomé, já não recorda a vida de dificuldades no Príncipe, mas critica a instabilidade governativa que se acentuou na última década, considerando-a um factor de desestabilização do país "Passados 30 anos ainda enfrentamos problemas no sector energético, na saúde e na educação. A agricultura está de rastos, a pesca é artesanal" e ainda não há sequer um porto no país, desabafa António Cádio.
Apesar das críticas, que se estendem igualmente à falta de políticas de apoio aos são-tomenses emigrados, Cádio está optimista em relação ao futuro e defende a aposta na educação.
"A maior riqueza que um país pode ter é ter os seus homens formados", defende o professor, que deixou em São Tomé uma carreira no atletismo, onde ainda hoje é detentor de alguns dos recordes nacionais.
Em Lisboa, onde constituiu família, a forte ligação que mantém ao seu país levou-o a participar na fundação da Associação da Comunidade de São Tomé e Príncipe (criada em 1997 em Coimbra por antigos estudantes universitários), da qual é actualmente presidente e que representa 17 mil imigrantes são-tomenses em Portugal.
"A associação é um trabalho de voluntariado. Trabalhamos para a nossa comunidade e uma das nossas preocupações" é ajudar os são-tomenses, afirma António Cádio.
"Aqui, ajudamos na documentação para a legalização, levamos os assuntos da comunidade às autoridades portuguesas e são-tomenses e também promovemos São Tomé e Príncipe em Portugal", explica.
A associação, situada num dos castelos das Portas de Benfica, em Lisboa, disponibiliza ainda aos são-tomenses um pólo informático, descontos nas viagens para o arquipélago e apoio para tratar de documentos que têm de ser requisitados em São Tomé e Príncipe, como certidões de nascimento.
Este leque de ofertas pretende abranger toda a comunidade que, segundo António Cádio, inclui três grandes grupos: "os estudantes, os doentes que vieram receber tratamentos e acabaram por ficar e os são-tomenses que viviam em Angola e fugiram da guerra civil".
"É uma imigração esclarecida", salientou ainda, sublinhando que existem muitos médicos, professores, arquitectos e engenheiros.
Quanto a um eventual regresso a São Tomé e Príncipe, António Cádio continua à espera da estabilidade.
Afirma que enquanto trabalhar em Portugal pode ajudar a mãe e os irmãos que estão no arquipélago e, além disso, tem todos os anos um mês de férias para matar as saudades.
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