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Ensino em Timor-Leste terá o modelo brasileiro
- 20-Feb-2003 - 9:36
Portugal lá vai, cantando e rindo, deixando para os outros muito do que poderia fazer como ninguém
Enquanto os representantes dos oito estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) se reúnem em Lisboa para analisar os principais projectos de cooperação no espaço lusófono, o Brasil dá mais um exemplo de que não basta analisar – é preciso fazer. Por isso, seis especialistas brasileiros vão colaborar na estruturação do sistema de ensino de Timor-Leste, num projecto que, é claro, conta com o apoio institucional (leia-se teórico) da CPLP. Quanto a Portugal, fica a vê-los passar até mesmo no sistema de ensino.
Segundo a coordenadora do grupo brasileiro, Leila Portela, esta primeira missão oficial do Ministério da Educação (MEC) do Brasil em Timor-Leste parte para Díli em meados de Março e fica no país durante seis meses.
Leila Portela disse que os especialistas vão colaborar na elaboração da lei de bases da educação de Timor-Leste, onde mais de 70 por cento da população é analfabeta ou tem até três anos de escolaridade.
Os técnicos brasileiros vão colaborar igualmente na elaboração dos parâmetros curriculares e na formação de professores para a área de alfabetização, bem como na definição de formas de gestão, tanto do Ministério da Educação como das suas estruturas distritais.
"É um desafio enorme para nós e esperamos corresponder às expectativas do governo timorense. Vamos oferecer o máximo da nossa experiência", disse Leila Portela.
Para auxiliar o seu trabalho, os especialistas vão levar para Timor-Leste diverso material informático e didáctico, além dos parâmetros curriculares brasileiros.
Leila Portela, que é consultora da Unesco para a implantação de sistemas de gestão, referiu ser importante adoptar formas criativas de trabalho para melhorar as precárias condições de ensino em Timor- Leste.
"Não podemos abastecer Timor-Leste de materiais didácticos, mas podemos sugerir formas de aprendizagem que se adaptem à realidade precária do país, aproveitamento sucatas e materiais diversos", explicou a coordenadora da missão.
Os seis seleccionados pelo MEC terão bolsas custeadas pelo Fundo de Cooperação da CPLP e o apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. O projecto está avaliado em 200 mil euros.
Entre Dezembro e Janeiro último, 65 especialistas inscreveram-se para participar no projecto, o que demonstra, segundo o MEC, o interesse e a disposição dos brasileiros em ajudar a reconstrução de Timor-Leste.
Independente desde 20 de Maio de 2002, Timor-Leste adoptou o português como língua oficial, a par do tétum, e tornou-se membro de pleno direito da CPLP durante a IV Conferência de Chefes de Estado e de Governo da comunidade, realizada em Brasília a 31 de Julho e 1 de Agosto do ano passado.
Quanto à reunião de Lisboa, presidida pelo secretário executivo da CPLP, o brasileiro João Augusto de Médicis, irá abordar, entre outros assuntos, a criação dos Centros de Excelência na Administração Pública, o projecto de Capacitação de Recursos Humanos na Área da Saúde e o Centro Internacional da Juventude (CIJ) da comunidade.
Da reunião deverá sair a reorientação do projecto do CIJ, no sentido de dotar este organismo de capacidades na formação profissional, tal como foi sugerido à CPLP pelo governo de São Tomé e Príncipe, que albergará o Centro.
Em discussão vai estar também a terceira fase do projecto de capacitação na área da saúde, que irá arrancar proximamente em Angola. Este projecto está a ser coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz, do Brasil, especializada em saúde básica aplicável a países em vias de desenvolvimento.
Depois de, no ano passado, ter recebido técnicos dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) no Rio de Janeiro, onde está sedeada, a fundação brasileira promoverá a criação de uma comunidade de ensino virtual na área da saúde.
Também na área da saúde, a CPLP irá patrocinar a realização em breve de um seminário em São Tomé e Príncipe sobre o controlo da malária, que reunirá especialistas dos "oito", disse João Augusto de Médicis.
O seminário, em cuja organização está também envolvido o Instituto de Investigação Científica e Tropical de Lisboa, terá como tema o "papel das comunidades no controlo da malária", referiu.
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