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  Entrevista
«Presidente e Governo de partidos diferentes será complicado», diz Pedro Pires
- 7-Jan-2006 - 15:36


O presidente cabo-verdiano e candidato a um novo mandato considera que a coabitação entre um chefe de Estado e um Governo de partidos políticos diferentes é "muito complicada" porque ainda falta "tolerância" na cultura democrática de Cabo Verde.


Em entrevista à Agência Lusa em Lisboa, onde apresenta hoje a sua candidatura à comunidade cabo-verdiana, Pedro Pires defendeu que "é preferível e muito mais útil para Cabo Verde que haja um Presidente e um Governo da mesma família política".

"Digo isso com toda a sinceridade aos cabo-verdianos. A nossa cultura democrática ainda padece de tolerância, do reconhecimento do outro, ainda tem muitas limitações", disse o chefe de Estado e candidato às eleições presidenciais de 12 de Fevereiro.

Neste sentido, e questionado sobre se acredita que o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder) vai vencer as legislativas de 22 de Janeiro, Pedro Pires respondeu que sim, justificando que "as condições são favoráveis".

O presidente manifestou-se assim convencido de que se vai manter a tradição em Cabo Verde de o candidato presidencial apoiado pelo partido que vence as legislativas conseguir também a vitória e destacou a importância da cooperação entre a presidência e o Governo "em matérias de importância estratégica".

Sobre as motivações para se recandidatar à presidência, Pedro Pires invocou a necessidade de "consolidar a confiança, tanto dos cabo- verdianos como da comunidade internacional em Cabo Verde", para que "os ganhos do país sejam irreversíveis".

"Penso que há um trabalho começado que é preciso completar. Em 2001, havia em Cabo Verde um clima de desconfiança no futuro, falta de confiança nas capacidades do país. Hoje, os cabo-verdianos estão mais confiantes, com maior certeza nas possibilidades do país e na capacidade de construir um futuro de prosperidade e bem-estar que todos nós desejamos", disse.

Por outro lado, acrescentou, "o país tem hoje oportunidades promissoras que devem ser obrigatoriamente aproveitadas e é preciso motivar a sociedade cabo-verdiana".

Defendeu, neste passo, que "o Presidente deve ter um papel de aglutinador, de suscitador de vontades e de energias em prol do país e do desenvolvimento e da consolidação do estado de direito".

Do ponto de vista económico, referiu que "é preciso atrair mais investimentos, garantir maior confiança dos investidores nacionais e internacionais", colocando-se assim outros desafios como a segurança, para "um país estável, competitivo e atractivo".

Questionado sobre se nestas eleições conseguirá uma margem maior do que no escrutínio anterior, em que venceu por uma dezena de votos, Pedro Pires observou que "o importante é ganhar".

"Eu preciso é de vencer, não discuto margens, pode-se vencer com um voto, com dois", disse, admitindo, no entanto, que "vencendo com uma margem maior está-se mais à vontade".

Quanto à forma como pretende convencer os eleitores a votarem em si, disse que o argumento é tudo o que já fez na vida.

"Tenho sido sempre fiel a Cabo Verde e Cabo Verde tem ganho sempre comigo. Tenho experiência e relações dentro e fora do país que são muito importantes para o país", realçou.

Pedro Pires considera ainda que o seu nome é significado de "garantia de estabilidade e vitórias para o país", pelo que não precisa de "protagonismos superficiais" nem de satisfazer o seu ego.

"Vou trabalhar para garantir as condições indispensáveis a uma boa governação e criar condições para que os cabo-verdianos tenham confiança no seu país e que os outros tenham confiança em Cabo Verde.

Quero que o capital de simpatia e confiança que Cabo Verde tem seja aproveitado e não desperdiçado em pequenos conflitos inúteis", disse.

Aos imigrantes cabo-verdianos em Portugal, vai pedir que "apostem na integração e na participação na sociedade portuguesa", defendendo que "a forma superior desta participação é a intervenção política, sindical ou cultural".

Além disso, adiantou, "devem apostar na formação porque permite uma ascensão social mais fácil" e ter "iniciativa económica", abandonando "a ideia de que só podem ser trabalhadores por conta de outrem".

"Apesar de todas as dificuldades, acredito muito neles e estou convencido de que os cabo-verdianos podem até fazer milagres, porque têm conseguido coisas extraordinárias nos países para onde emigram", elogiou, apelando ainda para que "não se deixem abater por casos minoritários de gente que se porta mal".

Em termos de integração, Pedro Pires entende que a responsabilidade é da própria comunidade e das sociedades e Estados de Portugal e Cabo Verde.

"É importante que haja em Portugal uma política de imigração, tal como em Cabo Verde deve haver uma política de emigração. Deve haver um trabalho de maior tolerância e de um esforço para o conhecimento e o reconhecimento do outro, porque às vezes a diferença, em vez de suscitar interesse, suscita receio", defendeu.

O Estado português, acrescentou, deve ainda "estimular o sucesso escolar através de projectos de formação que ofereçam um instrumento essencial que é a profissão".

Questionado sobre se está preocupado com os problemas da segunda e terceira gerações de imigrantes, Pedro Pires manifestou a convicção de que a cultura de Cabo Verde pode ser essencial porque "tem uma grande capacidade de atracção".

Desta forma, os jovens terão o sentimento de "dupla pertença", no sentido de "integrar sem esquecer as origens".

Além disso, preconizou, Cabo Verde deve "tirar proveito das grandes potencialidades que a diáspora encerra" e conseguir o objectivo para que tem trabalhado de "construir uma nação diasporizada e globalizada", que "se encarregará de receber e transmitir os valores e a cultura às outras gerações".

Sobre as condições no país para o regresso dos emigrantes, Pedro Pires defende que "não é preciso estar em Cabo Verde mas sim com Cabo Verde".

Em relação à subida de Cabo Verde para o estatuto de País de Desenvolvimento Médio, o presidente considera que "abre outras portas" porque "um país que avança merece crédito" "Não devemos ter medo dos nossos sucessos. Se esses sucessos têm em si novas exigências, temos de ser melhores ainda e isso deve suscitar maior ambição. Temos de ser ambiciosos porque só assim podemos ganhar", defendeu.

Pedro Pires encontrou-se hoje com o seu homólogo português, Jorge Sampaio, com quem discutiu temas relacionados com "os interesses dos países lusófonos" e durante o fim-de-semana vai manter encontros com a comunidade cabo-verdiana, concentrada maioritariamente na região da grande Lisboa.

Segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), estão legalizados em Portugal cerca de 65.000 imigrantes cabo- verdianos.


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