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Comércio da informação põe Imprensa portuguesa a fazer contas à vida
- 6-Mar-2003 - 10:39
Correio da Manhã destronou o Jornal de Notícias, mas a PT soma e segue nos lucros
O lucro da Portugal Telecom (PT) subiu 27% no ano passado, face a 2001, para 391 milhões de euros, anunciou a empresa. Este valor é superior ao previsto por diversos analistas que antecipavam uma subida entre 20 e 24% dos resultados líquidos, para entre 357 e 381 milhões de euros. Mas, se em 2002 foi assim, 2003 poderá revelar-se diferente, seja com Murteira Nabo da liderança ou, eventualmente, com Hernâni Lopes. O caso do Jornal de Notícias, que perdeu a liderança dos jornais diários em Portugal, poderá ser um sintoma.
Se há coisas que não se percebem, uma delas refere-se ao facto de a PT – grupo de elevada competência e inovador sentido estratégico – manter no seu seio uma «coisa» que dá pelo nome Lusomundo e que (assim comprovam os números) na área da informação mais não está a ser do que um pouso para alguns amigalhaços.
"Parece-me extraordinário que um grupo com a competência e a rentabilidade da Portugal Telecom (PT) tenha uma unidade de negócio como a Lusomundo, que é mal gerida e está a perder a liderança na publicidade e na circulação", afirmou em recente entrevista ao Público o presidente da Cofina, Paulo Fernandes, que viu o seu Correio da Manhã (CM) arredar o JN do primeiro lugar do pódio da Imprensa portuguesa.
Segundo Paulo Fernandes disse ao Público, na captação de publicidade o CM já em 2002 tinha ultrapassado o JN . «Em Janeiro e Fevereiro, tivemos vendas superiores às do "JN", com uma média diária de 115 mil exemplares. Há oito anos o "CM" era líder. Um conjunto de erros de gestão - não se acompanhou a descida de preços do "JN" e do "Diário de Notícias" - fez baixar as vendas em 30 ou 40 mil exemplares. Repostas as condições de competitividade, com uma equipa mais forte e coesa e um "marketing" mais agressivo, as coisas voltaram a funcionar bem, e o jornal está com um crescimento de quase 30 por cento face ao período homólogo.»
A grande aposta do JN, para além de um novo grafismo decalcado do «irmão» Diário de Notícias, é nas novas edições múltiplas do Centro (Coimbra) e do Minho (Braga) e nos suplementos. Se o agora segundo jornal português pensa que é assim que dará a volta, o que pensa o seu principal rival?
«Não vamos fazer nenhuma edição Centro, nem Norte». Ponto final.
Sobre se a PT devia vender a Lusomundo, Paulo Fernandes acha que sim e explica: «Até porque pode haver distorção no mercado se a PT continuar a crescer nos media, já que é o maior anunciante nacional. Há o risco de a PT concentrar publicidade nos seus meios. E quando há esse risco, o Governo deveria ter uma atitude de prudência. »
Aliás, as mais recentes notícias sobre os meios de comunicação social do universo da PT não são famosas... para os trabalhadores. Basta ver o que diz o Sindicato dos Jornalistas:
«A Portugal Telecom prepara-se para fazer um despedimento colectivo camuflado na TSF-Online. Aos trabalhadores, incluindo 24 jornalistas, foi anunciado que ou assinam os contratos de rescisão que lhes serão propostos pela administração ou serão dispensados em condições inferiores»; (25.02.03)
«Um administrador do “24 Horas”, Araújo e Sá, disse aos delegados sindicais que poderá haver mais rescisões e que os jornalistas que foram afastados da Redacção não podem regressar por “não se adaptarem à filosofia do jornal”. Um desses jornalistas, Acácio Franco, foi hospitalizado com problemas cardíacos»; (06.02.03)
«A administração da Lusomundo Media confirmou a sua insensibilidade ao significado do encerramento da redacção no Porto da “Notícias Magazine”, ao ser confrontada com o manifesto contra o eventual fecho daquela redacção, assinada por figuras de grande prestigio da região Norte e de todo o país»; (30.12.02)
«O Jornal de Notícias retomou alguns contactos com jornalistas e outros trabalhadores, com vista à rescisão dos respectivos contratos, mas tem encontrado uma resistência generalizada. Entre a dezena de jornalistas que o JN pretenderia dispensar, há dois profissionais destituídos de funções de chefia em Fevereiro de 2000 que têm vindo a bater-se pela reposição de uma componente salarial retirada arbitrariamente. Alem de outras situações já alvo da intervenção da estrutura sindical, mantém-se o impasse relativamente a quatro fotojornalistas em situação precária na redacção de Lisboa, detectados pelo Inspecção Geral do Trabalho. » (13.11.02)
MANUEL GILBERTO
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