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Africanos defendem ampliação da cooperação com o Brasil
- 14-Jul-2006 - 20:25
Representantes de países africanos defenderam hoje o reforço da cooperação com o Brasil em programas de combate à SIDA, durante a II Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora, que hoje terminou em São Salvador da Baía.
O ex-primeiro-ministro de Moçambique Pascoal Mocumbi salientou os avanços alcançados pelo programa brasileiro de combate à SIDA na diminuição da incidência da doença.
"No Brasil, conseguem transmitir mensagens a todas as comunidades, mesmo aquelas que não têm grau de instrução, o que levou a reduzir drasticamente a prevalência da SIDA em jovens e adultos", disse Mocumbi, em declarações à Agência Brasil.
Na conferência, iniciada quarta-feira, participaram os chefes de Estado do Brasil, Botsuana, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Gana e Senegal, além de mais de 1000 delegados que debateram a influência africana em países da diáspora com forte presença negra, como Brasil, Estados Unidos e Cuba.
O Brasil é considerado o mais africano entre os países americanos pois foi o principal receptor de escravos originários de África e, actualmente, 45 por cento dos seus 180 milhões de habitantes são negros ou mulatos.
Outra presença de destaque no encontro foi o cantor e compositor norte-americano Stevie Wonder, que participou na conferência "A Necessidade de um Pacto Político entre a África e a Diáspora pela Paz, a Democracia e o Desenvolvimento".
À margem da reunião, decorreu uma série de encontros sobre cinema, artes plásticas e música dos países africanos e de seus descendentes.
O programa, organizado pelo Ministério da Cultura do Brasil, iniciou-se com a exposição "Negros, Presente e Futuro", do fotógrafo português Cristhiano Júnior, e com uma apresentação da cantora brasileira Sandra de Sá.
A primeira edição da desta conferência decorreu em 2004, em Dacar, no Senegal.
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