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Representante Annan diz apoio internacional é essencial para paz
- 7-Sep-2006 - 20:44
O representante do secretário- geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, João Bernardo Honwana, defendeu hoje, em entrevista à Lusa em Cabo Verde, que o apoio da comunidade internacional é fundamental para a consolidação da paz naquele país.
Honwana apontou ainda como importante a reforma das Forças Armadas, mas com a condição de não se avançar para uma reforma que signifique apenas "mandar as pessoas - militares, nomeadamente os ex- combatentes da liberdade da Pátria - para casa".
Militar das Forças Armadas de Moçambique na reserva, Honwana termina no próximo dia 15 a missão de dois anos como representante de Kofi Annan na Guiné-Bissau e como chefe da UNOGBIS (gabinete da ONU para o apoio ao processo de consolidação da paz na Guiné-Bissau), criado em 1999.
O militar moçambicano deslocou-se à Cidade da Praia para se despedir do Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires.
Após o encontro de despedida com Pedro Pires, Honwana, defendeu, em declarações à Agência Lusa, que a consolidação da paz na Guiné-Bissau depende da vontade dos guineenses, mas também do apoio financeiro e técnico da comunidade internacional.
"Há, neste momento, tendência de concertação e diálogo entre as forças políticas e militares", sublinhou o ainda representante de Annan em Bissau, para apontar como possível a construção de um clima duradouro de paz e entendimento naquela país lusófono.
"Houve um momento importante na Guiné-Bissau que foi a realização da Cimeira da CPLP, um sucesso do ponto de vista organizacional, mas também foi importante porque criou no pais um espírito de renovada esperança e de algum optimismo embora ainda persistam alguns problemas de fundo", disse.
No entender de Bernardo Honwana, neste momento existem na Guiné-Bissau "grandes iniciativas da sociedade civil", mas também por parte das forças políticas, com vista a consolidação da paz.
E apontou como exemplo de iniciativas da sociedade civil os Estados Gerais, que visam a reconciliação nacional global, e ainda de âmbito partidário, como as tentativas de reconciliação das várias facções do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, ex-partido do actual presidente "Nino" Vieira)) e ainda no Partido da Renovação Social (PRS, do ex-presidente Kumba Ialá).
"Persistem problemas, mas o que é importante é que os problemas estão sendo abordados de forma responsável", explicou.
João Bernardo Honwana afirmou, no entanto, que, "por mais vontade de reconciliação e diálogo que haja", a estabilidade da Guiné- Bissau será "muito difícil de conseguir" se não houver um envolvimento da comunidade internacional.
"É preciso complementar isso com apoio financeiro, económico e técnico da comunidade internacional porque países como a Guiné-Bissau, se deixados à sua sorte, por muito boa vontade e lucidez que os guineenses tenham, o facto é que não conseguem aquilo que conseguiriam com o apoio da comunidade internacional", salientou.
Transformações na Função Pública e a reforma do sector da defesa (Forças Armadas) e segurança são, para o representante de Kofi Annan, pontos cruciais para a estabilização definitiva em Bissau.
Quanto à reforma do sector de defesa e segurança na Guiné- Bissau, Honwana preconiza que "as pessoas não sejam mandadas para casa como reformados", mas sim a transformação da "forma como as instituições funcionam, a sua cultura organizacional e os seus métodos de trabalho".
Esses são "requisitos fundamentais" para que o país possa continuar na senda do diálogo e desenvolvimento", disse.
Subjacente à ideia de que reformar os militares como forma de reduzir o número de efectivos nas Forças Armadas guineenses, consideradas sobre dimensionadas para o país, está, segundo Honwana, a convicção de que esta tem sido uma das principais razões para a deflagração de situações de crise militar.
Isto, porque, num país com as características da Guiné-Bissau, os militares, após o abandono das fileiras, ficam com escassa capacidade de sobrevivência.
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