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Brasileiros apoiam preparação de currículo para ensino primário
- 14-Apr-2003 - 13:15
Uma equipa de seis especialistas em educação brasileiros começou esta semana a apoiar equipas timorenses no desenvolvimento do primeiro currículo ampliado para o ensino primário em Timor-Leste.
O ministro da Educação, Cultura, Juventude e Desporto, Armindo Maia, disse esperar que o primeiro esboço do currículo, abrangendo "sete ou oito disciplinas", possa estar pronto até final de Agosto.
"Isso permitirá que a versão final esteja concluída antes do início do próximo ano lectivo, em Outubro", explicou, afirmando que os currículos serão todos em língua portuguesa.
Actualmente, Timor-Leste tem mais de 200 mil alunos no ensino primário, espalhados por cerca de mil escolas, sendo que até ao quarto ano, o ensino é feito numa mistura de tétum e português, as duas línguas oficiais.
Apesar disso os docentes continuam a ter que recorrer a currículos ditos "tradicionais" e aos indonésios adaptados, sem referências específicas - no caso da história e geografia - ao ex-ocupante.
"Estamos a falar de preparar um programa que tocará nas vidas de cerca de um quarto da população do país", explicou Armindo Maia.
Armindo Maia mostra-se também esperançado que já em Outubro o ensino em português possa ser ampliado ao quinto ano, numa luta progressiva de reintroduzir o português, proibido em Timor-Leste durante um quarto de século.
A preparação do currículo faz parte da lista de "prioridades máximas" do governo para o sistema educativo timorense, que inclui ainda a formação dos professores e a preparação de leis-quadro para o sector.
Kywal de Oliveira, embaixador do Brasil em Timor-Leste, explicou que os seis técnicos brasileiros apoiarão também nessas duas outras facetas, no âmbito de um acordo firmado com as autoridades timorenses.
Segundo Oliveira, o programa de apoio brasileiro neste sector soma cerca de US$ 200 mil, financiado da dotação orçamental destinada a assistência técnica a países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
Os técnicos brasileiros permanecerão em Timor-Leste cerca de um semestre.
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