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  Entrevista
É mais difícil ser Presidente do que ser guerrilheiro, diz Xanana
- 14-Mar-2007 - 14:35


O presidente timorense, Xanana Gusmão, admitiu hoje em entrevista à Lusa e RTP que termina o seu mandato "triste" e que foi mais difícil exercer as funções de chefe de estado do que comandante da guerrilha.


"Presidente da República será, talvez, a função mais fácil daqui a 15, 20 anos, mas neste período inicial da construção do Estado, para mim... foi um bocado difícil. É mais difícil", admitiu Xanana Gusmão.

Na sua primeira entrevista de fundo à imprensa portuguesa desde a crise de Abril e Maio de 2006, o Presidente da República disse que "não estaria a falar verdade" se dissesse que não está "triste" com a situação do país e com o seu próprio desempenho na chefia do Estado.

As eleições presidenciais em Timor-Leste estão marcadas para 09 de Abril e o novo chefe de Estado tomará posse a 20 de Maio.

"Eu mentiria se dissesse que estou satisfeito no final do mandato", declarou Xanana Gusmão.

"Desde o início, tentava acorrer a todas as situações que produzissem um bocado de nódoa ou erosão na vida social, desde os eventos de 04 de Dezembro de 2002: eu fui lá, recebi o gás lacrimogéneo".

"Fui a todos os outros acontecimentos que tiveram ou podiam ter impacto na divisão dos timorenses", recordou Xanana Gusmão: "Ofereci a pele".

"Mesmo não se resolvendo os problemas, podíamos estar sossegados porque podíamos pensar que os timorenses não se desmembraram", explicou.

Xanana Gusmão exemplificou com "o último dos 19 dias da manifestação da igreja" em 2005: "Tivemos dores de cabeça mas no fim conseguiu-se" resolver a situação.

"Todo o esforço foi estar naquelas ocasiões para continuar a lembrar aos timorenses que estamos num processo democrático, que temos que consolidar, e que as diferenças não deviam dividir-nos tanto".

"No ano passado, não consegui que isso acontecesse", admitiu o Presidente da República: "Não consegui influenciar num contínuo de estabilidade política e social".

Xanana Gusmão confessou também que, ao longo das várias crises políticas, usou tanto os seus poderes de Presidente como o seu carisma de antigo líder da Resistência.

"Não me despi da consciência de que podia usar pessoalmente de uma influência", afirmou Xanana Gusmão.

"Mas desta vez, em 2006, fracassei tanto num aspecto como noutro", reconheceu.

Xanana Gusmão acha "claro" que a crise política e militar de 2006 "foi o momento mais difícil" do seu mandato.

"Isto continua a ser uma pressão psicológica e política em termos não só pessoais mas de perda de desempenho como Presidente da República", referiu.

"Não esperava que as diferenças nos dividissem tanto", acrescentou Xanana Gusmão, que considera que "a crise ainda não acabou" e que "haverá outras crises no futuro, embora nunca tão graves como esta".

"É preciso que o povo rejeite de uma vez por todas a violência", adiantou o Presidente da República, constantando que "as pessoas já não ouvem" nem mesmo um líder histórico, porque "já não têm receio da lei e da ordem".

"Alguns jovens decidiram que se podia brincar à violência", afirmou Xanana Gusmão.

"Se não há lei e ordem aqui em cima", nas lideranças, "não se consegue impor a lei e a ordem lá em baixo", nas gerações mais jovens, alertou.

"A lei e ordem tem que ser produto dos governantes, um exemplo que vem dos governantes", insistiu o Presidente da República.

"Parte da nossa sociedade perdeu a moral, repentinamente", disse ainda o chefe de Estado: "É uma anarquia de mentalidade. Não é uma questão de gerações".

"Quero vislumbrar um fim para a crise", afirmou Xanana Gusmão, "e estas eleições serão o fim, mas não um fim imediato".

Identificando os factores "económicos, políticos e sociais" da crise, Xanana Gusmão enumerou "o regionalismo, o descontentamento, o descontrolo moral, a criminalidade juvenil e o ressentimento".

"O factor político é o essencial", considerou o Presidente da República, "O Estado não esteve à altura dos problemas que foram surgindo".

Sobre o major Alfredo Reinado, Xanana Gusmão reiterou a posição de que "ele pisou o risco" e que "o Estado não muda de posição" em insistir que o militar fugitivo se entregue à justiça.

"Há segmentos dentro da sociedade que deixaram de acreditar na capacidade do Estado", explicou Xanana Gusmão.

"Esses segmentos estão confusos e usam a noção de direito democrático mais para sacudir a interpretação real da situação", disse.

Xanana Gusmão considerou, no entanto, que "a crise teve lados menos negativos que revelaram as lacunas" que não estavam visíveis.

"Foi uma experiência gratificante", acrescentou Xanana Gusmão, "em que todos adquiriram sentido de Estado.

O Presidente da República não quis, por enquanto, falar do seu futuro político.

Sobre o que fará no seu primeiro dia fora do Palácio das Cinzas, Xanana Gusmão foi conciso: "Até que enfim".


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