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Comunicados
Sindicato admite boicote dos jornalistas às falsas conferências de imprensa


O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas admitiu hoje a possibilidade de os profissionais de comunicação social poderem boicotar as informações divulgadas em falsas conferências de imprensa onde não exista o direito a perguntas.


Numa recomendação hoje divulgada e intitulada "Falsas Conferências de Imprensa", o organismo admite que os jornalistas presentes neste tipo de evento podem decidir "colectivamente não dar notícia do facto nos respectivos órgãos de informação".

"Fontes convocam os jornalistas para conferências de imprensa que se resumem à leitura de uma declaração, finda a qual não há lugar à formulação de perguntas", refere o conselho, acrescentando que os jornalistas "devem exigir o direito de questionarem e obterem respostas da entidade ou personalidade que convocou a conferência de imprensa".

Para o organismo, estas falsas conferências de imprensa representam "restrições no acesso à informação" e são "tentativas de limitar a liberdade de expressão e o direito a informar".

Os profissionais e respectivos órgãos de comunicação não devem "ser complacentes com actos ilusórios", reforça.

Na mesma recomendação, o Conselho Deontológico realça que a "prática jornalística pressupõe questionar e obter respostas", pelo que um "jornalista a quem seja vedado o esclarecimento dos factos não pode informar os seus leitores, ouvintes e espectadores".

O número crescente deste tipo de conferências de imprensa ou declarações tem sido alvo de críticas por parte de responsáveis de alguns dos principais órgãos de comunicação social portugueses.

Apesar de poucos demonstrarem vontade de se unir ou até de boicotar estas situações, alguns dos responsáveis contactados pela Lusa, no início deste mês, revelaram um descontentamento profundo em relação a estas convocatórias.

"Nós devíamos boicotar este tipo de conferências de imprensa, mas só com o entendimento com outras rádios, porque caso contrário não tinha qualquer efeito", afirmou a sub-directora da Rádio Renascença (RR), Raquel Abecassis.

Para esta responsável, não há dúvida de que os "jornalistas estão a ser manipulados" e que "é necessário tomar uma posição de força".

Para o director-adjunto do Correio da Manhã (CM), Eduardo Dâmaso, a "ida a uma conferência de imprensa sem direito a perguntas é praticamente inútil", sendo aceitável apenas em "situações excepcionais".

O director-adjunto do CM referiu na mesma altura que "há uma propensão para o individualismo e que é difícil o consenso entre órgãos de comunicação", impossibilitando assim qualquer boicote total.

José Manuel Fernandes, director do Público, considerou "legítimo" que os jornalistas sejam chamados para leituras de comunicados, quando à partida são informados que não haverá lugar à colocação de perguntas, mas alertou que estas falsas conferências de imprensa podem provocar um efeito perverso.

Esta prática "é contraproducente a prazo. Irrita os jornalistas, que inconscientemente pode levar a uma má vontade do jornalista a escrever", justificou.

"É um jogo desleal e que a prazo só prejudica o interessado, porque o jornalista pode desistir de ir às conferências de imprensa", concluiu então José Manuel Fernandes.


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