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País sem capacidade para projectos à dimensão do crédito chinês
- 20-Nov-2007 - 17:34


Angola mostra-se incapaz de gerar projectos de infra-estruturas suficientes para aplicar a dimensão dos créditos postos ao dispor do país pela China, afirmou hoje o investigador universitário Renato Aguilar.


Para Aguilar, investigador da Universidade de Gotemburgo que falava na conferência "Angola: Que Recomposições e Reorientações", a incapacidade para criar projectos é sobretudo resultado da "escassez de quadros técnicos e capital humano" em Angola, que também tem reflexos ao nível da elaboração de políticas macro-económicas, um dos principais problemas com que o país actualmente se depara.

"Houve dificuldades para criar um número suficiente de projectos a financiar", e Angola vive hoje uma "situação de maior dimensão do crédito disponível do que os projectos existentes", sinal de que "algo não está a correr bem com este crédito", disse Aguilar, na abertura da conferência organizada pelo Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), cuja primeira sessão é dedicada aos aspectos económicos.

O crédito chinês é concedido com uma maturidade de 17 anos, cinco anos de período de graça e juros de 1,5 por cento ao ano, adiantou o mesmo responsável.

De acordo com dados recentemente disponibilizados pelo Ministério das Finanças angolano, a China colocou à disposição de Angola duas linhas de crédito através do Eximbank - no valor de dois mil milhões de dólares cada - e uma outra do Fundo Internacional da China (CIF, na sigla em inglês), que atinge um valor de 2,9 mil milhões de dólares.

Esta última facilidade de financiamento permitiu avançar com os projectos do novo Aeroporto Internacional de Luanda, Caminhos de Ferro de Luanda, infra-estruturas de drenagem também na capital angolana e estudos e projectos da nova cidade de Luanda, além das estradas Luanda-Lobito, Malanje-Saurimo, Saurimo-Dondo e Saurimo Luena.

Segundo Renato Aguilar, os fornecedores chineses a quem se dirige o financiamento estão a "vender mais caro" do que poderiam, "mas mesmo assim conseguem preços mais baixos do que os concorrentes de outros países".

Para o investigador, é reduzido o número de investimentos chineses no comércio e indústria, e não está a confirmar-se o receio de que Angola fosse "invadida" por chineses.

"Houve receio de que houvesse uma invasão chinesa, mas não vejo possibilidades de isso acontecer. Aqueles que chegaram a Angola não são camponeses à procura de terra, mas construtores que mais tarde regressam a casa", afirmou.

Alías, referiu, a única "colónia" chinesa está no extremo sul do país há décadas, dedicando-se ao contrabando de produtos na fronteira com a Namíbia; quando enriquecem tendem a rumar à Europa, em vez de ficarem ou irem para a China, de acordo com estudos recentemente efectuados.

Para Aguilar, o estreitamento deste relacionamento é particularmente propício para a China, dado que Angola "muito provavelmente vai tornar-se o maior produtor petrolífero de África", suplantando a Nigéria, uma vez que as reservas identificadas "estão a crescer mais rápido que a extracção".

Se ao nível dos grandes contratos públicos a China tem uma posição privilegiada, Portugal, graças ao relacionamento directo entre agentes privados, está a conseguir manter a sua posição relativa no comércio externo de Angola, ao contrário de outros parceiros económicos tradicionais, como a África do Sul.

Na sua intervenção, Aguilar alertou ainda para o que considerou a "excessiva especialização económica" angolana no petróleo, sector que representa metade do produto interno bruto e 94 por cento das exportações.

"O resto [das exportações] quase se limita aos diamantes. Há um ano em que encontrei um milhão de euros de exportações de outras coisas que não petróleo ou diamantes", afirmou.

Para o investigador da Universidade de Gotemburgo e consultor do governo da Suécia para políticas africanas, o sector petrolífero é "excepcionalmente bem gerido" graças ao "isolamento político" que durante muitos anos deixou campo aberto às multinacionais, está a captar de forma excessiva o capital humano angolano devido ao seu desenvolvimento, mas também aos anunciados esforços de aumentar o número de quadros angolanos.

"Muitos estão a pensar numa política de angolanização do sector petrolífero, mas, uma vez que praticamente já não há quadros disponíveis, quem é que fica depois para guardar a casa?", questionou.

Juntamente com instabilidade macro-económica, problemas financeiros e pouca diversificação Aguilar identificou ainda como um dos principais problemas económicos angolanos as "relações difíceis com as institituições internacionais de apoio ao desenvolvimento", sobretudo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"A relação com Angola é provavelmente o maior fracasso da história do FMI", afirmou.

Negociações falharam no final da década de 80, seguindo-se várias tentativas de começar um programa monitorizado (SMP, na sigla inglesa), que degeneraram numa "rotina negocial", em que Angola "ia ter com o fundo no final do ano, quando atravessava uma crise económica, o programa era preparado, a meio do ano era abandonado e depois no final do ano, em nova crise, recomeçavam negociações".

Para Aguilar, a "corrupção e transparência" são os elementos mais controversos da relação FMI-Angola.

O governo angolano, adiantou, argumenta problemas contabilísticos, mas esta "é uma razão um pouco débil porque não é difícil contratar contabilistas em Portugal ou no Brasil"; diz também que há outros países em África que são mais corruptos, e isto "até é verdade", bastando olhar para o exemplo da vizinha Nigéria.

A conferência "Angola: Que Recomposições e Reorientações" decorre entre hoje e quinta-feira, estando ainda previstos painéis sobre os aspectos sociais e políticos.


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