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Literatura portuguesa «vive muito pouco de contar histórias»
- 12-Dec-2007 - 15:32


A literatura portuguesa "vive muito pouco de contar histórias", considerou hoje o escritor Carlos Vale Ferraz, a propósito do lançamento do seu sétimo romance "Fala-me de África", marcado para quinta-feira em Lisboa.


"O drama é que a literatura portuguesa vive muito pouco das histórias e vive mais da literatura como exercício linguístico", sustentou.

Carlos Vale Ferraz, pseudónimo literário de Carlos Matos Gomes, nasceu em 1946, em Vila Nova da Barquinha e foi oficial do exército, cumprindo comissões durante a guerra colonial em Angola, Moçambique e Guiné nas tropas especiais "Comandos".

Autor dos romances "Nó Cego", "ASP", "De Passo Trocado", "Os Lobos Não Usam Coleira", "O Livro das Maravilhas", "Flamingos Dourados" e da novela "Soldado", Carlos Vale Ferraz tem mantido a par da produção literária a escrita de argumentos e guiões.

O romance "Os Lobos Não Usam Coleira" foi adaptado ao cinema por António-Pedro de Vasconcelos com o título "Os Imortais" e Vale Ferraz é autor do argumento do filme "Portugal SA", de Ruy Guerra, além de ter colaborado com Maria de Medeiros no guião do filme "Capitães de Abril".

O romance que vai ser lançado na quinta-feira, "Fala-me de África", editado pela Casa das Letras, começou a ser escrito em 2004 e com base na ideia original escreveu o guião da série de televisão "Regresso a Sizalinda".

"Começou a ser escrito em 2004. Eu queria fazer este romance sobre África e depois de ter falado com o meu amigo (e realizador) Luís Filipe Rocha, ele disse que isto dava uma excelente série de televisão. A partir daí o romance desenvolveu-se como uma série de televisão, e foi depois da série já estar praticamente acabada, toda escrita, que escrevi o romance", disse.

Completamente reescrito, "Fala-me de África" e "Regresso a Sizalinda" têm finais diferentes.

Quanto às diferenças de escrita que identifica na literatura portuguesa, Caros Vale Ferraz defende que existem dois tipos de escritores.

"Se entendermos que há dois tipos de escritores: os que escrevem literatura, porque entendem que a linguagem na forma em si mesma é aquilo que lhes interessa, eu entendo que a essência é contar uma história, ter personagens e ter dramas", manifestou.

"Nesse sentido, a minha literatura é mais visível, mais filmável do que eventualmente a de outros escritores. Mas não escrevo para ser filmado", garantiu.

"Fala-me de África" vai ao encontro da ideia que tinha para um romance tipo "África Minha", disse.

"É a ideia que existe em muitas literaturas de países que foram potências coloniais e existe na mente das pessoas que por lá estiveram. A tal ideia do mito do eterno retorno, a ideia de uma África mítica", acrescentou.

"Em África esteve muita gente. Voltou e tem essa ideia de uma África que já não existe. No fundo este romance é uma saga familiar, com pessoas divididas entre Portugal e Angola. Passa-se na segunda metade do século XX. A parte mais intensa do romance é a que diz respeito ao tempo da guerra civil, depois da independência de Angola", salientou.

Passado em Benguela, "Fala-me de África" conta a história de uma família que saiu de Portugal para o Brasil e depois vai do Brasil para Angola, quando os holandeses ocuparam o Brasil, no século XVII.

"É um pouco a história daqueles que retornaram a Portugal sem nunca cá terem estado", explicou.

Quanto à tendência nas mais recentes edições em Portugal o tema de África ser recorrente, Carlos Vale Ferraz acredita tal se deve a haver uma nova geração de escritores que passou pela experiência da guerra colonial.

"Há uma nova geração de escritores, que passou por essa experiência, uns ainda enquanto jovens na guerra colonial e outros mais jovens ainda como viajantes do mundo e foram a África ou Brasil", considerou.

"Escrevem sobre esses espaços, com grande à vontade, ao contrário da geração anterior, formada por grandes escritores, como José Saramago, Virgílio Teixeira, Fernando Namora, que como ficou encerrada aqui em Portugal não teve essa experiência. Não escreveu nem reflectiu minimamente, porque não passou por África", considerou.

"A minha geração é a primeira que o faz. Que viveu, veio, esteve envolvida nos processos de libertação, sobreviveu e há a geração a seguir que também o fez", adiantou.

A opção pelo tema África não tem a ver com qualquer tipo de ajuste de contas.

"Não tem nada a ver com traumas que eu penso, aliás, nunca existiram muito aqui em Portugal - há determinadas elites que têm -, mas de resto hoje em dia as pessoas estão a escrever à vontade, contam todo o tipo de histórias que passam por África e há uma nova geração que fala, que conta histórias à volta disso", vincou.


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