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Guebuza recebe enviados de Mugabe para troca de informações
- 17-Jun-2008 - 22:16


O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, recebeu hoje em Maputo uma delegação de representantes do seu homólogo do Zimbabué, Robert Mugabe, num encontro destinado a "trocar informações" sobre a situação no país vizinho.


No final do encontro de mais de uma hora, o ministro da Habitação Rural zimbabueano, Emerson Mnangagwa, assegurou que a segunda volta das eleições no Zimbabué, prevista para 27 de Junho, vai realizar-se.

"O processo eleitoral está em curso. Estamos a 10 dias da votação e não há nenhuma intenção de a adiar. As eleições terão lugar a 27 de Junho. Por isso, foquem-se nessa data e nos resultados que serão divulgados nesse dia", afirmou o governante zimbabueano, que é membro da comissão política da ZANU-PF, partido liderado por Mugabe, no poder no Zimbabué há 28 anos.

Manifestando-se confiante numa "vitória expressiva" do actual Presidente zimbabueano na segunda volta das eleições - na primeira, a 29 de Março, foi derrotado pelo líder do principal partido da oposição, Morgan Tsvangirai -, Emerson Mnangagwa refutou depois todas as acusações e relatos de violência sobre membros do Movimento para a Mudança Democrática (MDC, na sigla em inglês).

Várias organizações, entre as quais a ONU, têm relatado o ressurgimento de ataques políticos no Zimbabué a poucos dias da votação de 27 de Junho.

O MDC garante que 66 dos seus apoiantes foram mortos, 200 estão desaparecidos, três mil estão hospitalizados e 25 mil estão deslocados devido à campanha de intimidação e de retaliação lançada pelo regime, depois da derrota nas eleições gerais de 29 de Março.

"Nós na ZANU-PF repudiamos a violência e denunciamo-la. Todos os incidentes de violência que aconteceram foram, pelo contrário, protagonizados por membros do MDC, que andam à noite a entrar em casas e a matar membros da ZANU-PF", disse Emerson Mnangagwa.

"Muitos activistas do MDC foram presos e permanecem na prisão por causa disso", assegurou o político zimbabueano afirmando que, ao contrário de todos os relatos, Morgan Tsvangirai "nunca foi detido" mas apenas interpelado pela polícia por "circular num carro sem matrícula".

"Muitas vezes foi parado pela polícia porque andava num carro sem matrícula. Ele faz isso para atrair atenções, para que a CNN, a Sky News e a BBC noticiem isso. Ele está livre e a fazer campanha diariamente", assegurou.

Da mesma forma, Mnangagwa desmentiu também que existam zimbabueanos que abandonem o país em consequência do actual colapso económico.

"Recentemente, zimbabueanos foram vítimas de xenofobia na África do Sul. E quando isso aconteceu eles voltaram para onde? Para o Zimbabué. Portanto, é ao contrário: as pessoas estão a voltar para o Zimbabué", disse.

No final da audiência, que decorreu no edifício da Presidência moçambicana, o governante e dirigente partidário zimbabueano fez ainda questão de esclarecer em que qualidade se deslocou a Moçambique.

"Esta é uma visita normal de uma delegação da ZANU-PF ao presidente da Frelimo, o nosso irmão Presidente Guebuza", esclareceu.

Emerson Mnangagwa manifestou estranheza face a perguntas sobre o assunto já que, em sua opinião, nada distingue uma delegação do partido no poder de outra enviada pelo Presidente zimbabueano.

"Não vejo nenhuma diferença entre ser um enviado do Presidente Mugabe ou da ZANU-PF. Vimos aqui como uma delegação da ZANU-PF enviada pelo nosso Presidente Mugabe para falar com o presidente da Frelimo, Armando Guebuza. Não sei como é que estão a querer separar as coisas. É tudo muito simples", considerou.

Além de Emerson Mnangagwa, a comitiva era composta pelo Ministro da Defesa, Sydney Sekermayi, e pelo Chefe da Segurança do Zimbabué, Happton Bonyonhgwe.


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