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Cabo-verdianos sofrem exclusão social em Portugal, diz Jorge Santos
- 21-Mar-2009 - 19:11
A exclusão social de que a comunidade cabo-verdiana é alvo em Portugal foi uma das preocupações apontadas hoje no Seixal pelo líder da oposição em Cabo Verde, Jorge Santos, numa visita a bairros sociais na Margem Sul.
Numa visita ao bairro clandestino de Santa Marta do Pinhal, em Corroios, o líder do Movimento para a Democracia (MpD) contactou moradores cabo-verdianos que lamentaram a situação “precária” em que se vivem, sem água, luz nem saneamento, e que se queixaram de lhes ser “dificultada” a legalização dos documentos.
“Tivemos oportunidade de cumprimentar os cabo-verdianos e de nos apercebermos da exclusão social em que vivem. Muitas das situações que pude constatar hoje chegam a ser infra-humanas, sem condições de saneamento e sem condições urbanas”, afirmou à Lusa Jorge Santos.
Quatro paredes em tijolo, um tecto em chapa e uma porta de plástico improvisada compõem a casa onde vive uma mulher - que não se quis identificar - com os seus quatro filhos e o marido.
A mulher apela aos políticos que intercedam pelos cabo-verdianos que, afirma, estão “postos de parte”.
Em declarações à Lusa, a habitante afirmou que não pode legalizar os seus documentos por não ter o exame da quarta classe.
A integração da comunidade cabo-verdiana é, para Jorge Santos, uma questão “humana” e “política”.
Jorge Santos defendeu ser prioritário “definir políticas” para as comunidades que permitam uma melhor integração dos cabo-verdianos.
No entanto, também existem casos de sucesso, como é o caso de Etanislau Brito, que vive há 11 anos em Portugal e que não pretende deixar “este cantinho” e abdicar do bom tempo e do sol.
Proprietário de um restaurante na Cruz de Pau (Seixal), este cabo-verdiano é um “benfeitor”: além de ser cozinheiro, jogador de futebol e federado na modalidade de ténis, promove torneios e oferece “patuscadas” aos amigos.
“Este é um espaço de convívio. Toda a gente que vem de fora passa aqui no meu café, eu trato bem toda a gente, e faço as coisas que as pessoas gostam. Quando faço os torneios de futsal chamo os miúdos aqui da rua para participarem e no fim do jogo ofereço o almoço ou o jantar”, descreveu.
O “senhor Brito”, como é conhecido, diz que desta forma, os mais novos, em vez de “andarem a roubar” ou a “provocarem distúrbios”, quando chegam a casa estão “cansados” e ficam “sossegados”, não têm vontade de arranjar “confusão”.
Apesar de ser bem sucedido, Etanislau Brito, também sente os efeitos da crise e admite que tem “menos clientes” no seu estabelecimento.
"Ir lá para fora" é a solução para quem quer ganhar algum dinheiro e foi isso que fizeram muitos dos seus “conterrâneos”, contou.
No fim da visita ao concelho do Seixal, o líder da oposição do MpD alertou para a necessidade de entender o “porquê” da existência de bairros como o de Santa Marta do Pinhal e “encontrar soluções”, acrescentando que isto só “será possível” através do diálogo aberto entre Portugal e Cabo Verde.
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