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Um «mês horrível» que apagou o Partido Socialista na oposição ao Governo
- 22-Jun-2003 - 19:53

Um mês depois da prisão preventiva do porta-voz socialista, Paulo Pedroso, por suspeita de crimes de abuso sexual a menores, o PS vive uma das mais profundas crises desde a sua fundação.


Paulo Pedroso foi preso preventivamente no dia 22 de Maio, depois de, na véspera, a Assembleia da República ter votado o levantamento da sua imunidade parlamentar pedido pelo juiz de instrução criminal, no âmbito do processo da pedofilia na Casa Pia.

Na sequência da prisão de Paulo Pedroso, foram ainda envolvidos indirectamente no seu processo o secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, e o líder parlamentar socialista, António Costa, que se queixaram de ser alvo de escutas telefónicas no âmbito da investigação a Pedroso e acabam ambos por ser ouvidos como testemunhas neste processo.

Ferro Rodrigues foi ouvido no Departamento de Investigação e de Acção Penal (DIAP) no dia 04 de Junho, tendo prestado depoimento durante mais de seis horas, e na terça-feira será a vez de António Costa ser ouvido pelo Ministério Público.

O secretário-geral socialista foi ouvido pelo DIAP na sequência de escutas efectuadas ao seu telefone e também pelo facto de o próprio Ferro Rodrigues ter anunciado, horas antes da detenção de Pedroso, saber de tentativas de envolver o seu nome no escândalo Casa Pia.

O procurador-geral da República, Souto Moura, veio depois a público dizer que o líder do PS não era suspeito, mas este acabou por insistir em ser ouvido pelo magistrado que dirige o inquérito.

Esta semana é a vez de António Costa ser ouvido após ter revelado dispor de pistas e de provas sobre o processo que levou à detenção do "número dois" do PS e também em resultado de escutas feitas ao seu telefone, nomeadamente conversas que manteve com Souto de Moura, e com o presidente do Parlamento, Mota Amaral, sobre a situação de Pedroso.

Dirigentes do PS como Ferro Rodrigues, António Costa e Manuel Alegre reagiram à prisão preventiva de Pedroso com declarações controversas, insinuando que se tratava de uma "maquinação" política para atingir o partido.

O facto de o juiz do processo de pedofilia, Rui Teixeira, ter alegadamente fundamentado a prisão preventiva na existência de perigo de perturbação do processo agravou o sentimento de revolta e de desconfiança da direcção do PS em relação ao caso.

Logo no dia em que Paulo Pedroso foi indiciado como suspeito de crimes de pedofilia, Ferro Rodrigues referiu-se a uma hipotética montagem de provas contra o seu "braço direito" e acrescentou que o seu próprio nome estava a ser envolvido no processo por difamadores.

As críticas foram secundadas por Manuel Alegre, que avisou que os socialistas estavam dispostos a defender-se na rua, tal como aconteceu a seguir ao 25 de Abril de 1974.

Ainda no dia em que Pedroso foi preso, António Costa deixou uma advertência ao procurador-geral da República dizendo não lhe passar pela cabeça que Souto de Moura se recusasse a recebê-lo e a ouvir as provas e pistas de que disse dispor sobre o caso.

Só na sequência de uma reunião entre António Costa e Souto de Moura, a 26 de Maio, os ânimos começaram a serenar no PS, ensaiando-se as primeiras tentativas no sentido de se reatar a estratégia de oposição ao Governo.

O que não impediu que no último mês, o papel do PS de oposição ao Governo tenha sido apagado e os principais dirigentes socialistas tenham tido relevo público essencialmente pelo seu envolvimento em casos de justiça.

Na maioria dos casos, os ensaios de "regresso à oposição" acabaram por ser sempre mal sucedidos, porque o PS se viu envolvido em novas polémicas, principalmente com as primeiras declarações no Brasil da ex-presidente socialista da Câmara de Felgueiras, Fátima Felgueiras, fugida à justiça, a responsabilizar dois ex-colaboradores seus pelo controlo de esquemas ilegais de financiamento do partido.

A pronúncia pelo Tribunal de Sintra da ex-presidente da Câmara Edite Estrela, a 05 de Junho, por quebra dos deveres de neutralidade e de crime de abuso de poder, durante a campanha autárquica de 2001, também não ajudou a estratégia da direcção socialista de afastar o partido dos casos mediáticos da justiça.

A direcção do PS não escondeu o seu desagrado com as posições assumidas pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, desde a prisão preventiva de Paulo Pedroso.

O "verniz" nas relações entre o PS e Sampaio estalou quando o Presidente da República, em presidência aberta nos Açores, remeteu para o Parlamento a responsabilidade de ter sido aprovada, por unanimidade, em 1999, um perdão de pena que incluiu o crime de abuso sexual a menores.

Numa reunião da Comissão Política do PS, a 11 de Junho, o ex- ministro Armando Vara acusou Jorge Sampaio de "cobardia política" por não assumir a sua responsabilidade política como impulsionador da amnistia de 1999.

Nessa mesma reunião, Ferro Rodrigues demarcou-se do tom das declarações de Vara contra Sampaio, mas não deixou de se referir de forma crítica "às omissões" do Presidente da República.

Nas últimas Jornadas Parlamentares do PS, no Funchal, os socialistas fizeram um esforço para virar a página e centrar o debate político nas questões económicas e sociais, secundarizando "os casos mediáticos".

Mesmo assim, no discurso de encerramento das Jornadas, Ferro Rodrigues não conseguiu ignorar completamente esses casos, advertindo que tenciona criticar o funcionamento do sistema de justiça sempre que o entender.

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