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SIDA e África unem-se na morte e na desgraça
- 30-Jun-2003 - 23:58
A doença matará 70 milhões de pessoas em todo o mundo até 2020 se não for descoberta uma vacina
Cerca de sete milhões de agricultores de 25 países africanos morreram com SIDA desde 1985, pondo em risco o direito a alimentos de milhões de pessoas, afirma a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) da ONU. Nos países afectados, verificou-se uma redução no consumo de alimentos em cerca de 40 por cento, sublinhou o director da FAO, Jaccques Diouf, alertando que mais 16 milhões de agricultores vítimas do vírus da SIDA poderão morrer até 2020.
"Quando os camponeses e as suas famílias ficam doentes, cultivam menos terra e produtos, que não exijam tanta mão-de-obra, diminuindo a produtividade, ao mesmo tempo que aumenta a fome e má nutrição", disse Diouf. "Muitas crianças ficam órfãs antes de aprender a cultivar as terras, preparar os alimentos e a sustentar-se a si próprios", referiu o director da FAO, adiantando que nas zonas mais afectadas os jovens já sofrem de má nutrição.
Nesse sentido, a FAO e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre a SIDA/HIV (ONUSIDA) apelaram num comunicado divulgado em Genebra, para que os Ministérios da Agricultura e as instituições agrícolas dos países africanos intensifiquem os seus esforços de luta contra o aumento da SIDA e a criar programas básicos sobre a implicação que a doença tem na agricultura.
A FAO e a ONUSIDA salientam também, num relatório, o impacto que a doença tem nos Ministérios da Agricultura, revelando que no Quénia 58 por cento dos funcionários morreram vítimas da SIDA e que no Malawi 16 por cento são portadores do vírus.
O relatório alerta ainda que a doença e a morte de funcionários dos ministérios e instituições agrícolas comprometem a capacidade dos governos para criar condições para lutar contra a epidemia.
O EXEMPLO DE MOÇAMBIQUE
O presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, afirmou em Maputo que a propagação da SIDA está a reduzir a mão-de-obra qualificada e a comprometer o desenvolvimento do país.
Chissano, que falava no lançamento da iniciativa das Nações Unidas "Pacto Global", exortou os agentes económicos moçambicanos a um maior envolvimento na redução do impacto do HIV/SIDA, e no combate à exclusão social e à pobreza.
"A propagação do HIV/SIDA tem-se reflectido na redução da mão-de-obra qualificada, comprometendo a produção e a produtividade dos sectores produtivos da economia nacional", frisou o Presidente.
Se não "agirmos para reduzir a propagação, corremos o risco de vermos comprometido o almejado desenvolvimento deste país", acrescentou Chissano, dirigindo-se a todos os moçambicanos.
O chefe de Estado moçambicano sublinhou que a doença conduzirá a uma queda da produtividade no país, a um aumento do absentismo dos trabalhadores e à carência de quadros qualificados, além do "pesado" custo financeiro resultante da assistência médica e medicamentosa aos doentes.
Face a esta preocupação, Joaquim Chissano apelou à intervenção de todas as forças da sociedade moçambicana de modo a contribuir para a construção de uma sociedade "assente no respeito pelos direitos humanos, livre da pobreza e de doenças que põem em perigo a vida do cidadão".
Foi por essa razão que o seu governo decidiu aderir ao "Pacto Global", que visa, entre outros aspectos, a promoção dos direitos humanos, a protecção ambiental e normas laborais por parte das empresas.
Moçambique é o segundo país da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), depois do Brasil, a aderir a esta iniciativa, lançada pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em Julho de 2000.
"Ao aderirmos a esta iniciativa, queremos criar uma consciência comum de compromisso na promoção dos direitos e valores fundamentais, na criação de um ambiente favorável, com base nos direitos fundamentais do Homem, e ao uso sustentável dos recursos naturais", disse.
Cerca de 860 empresas de 55 países já subscreveram a iniciativa, que pretende ainda estabelecer parcerias entre as empresas e os organismos das Nações Unidas, nomeadamente a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o gabinete de promoção dos Direitos Humanos e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
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