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  Comunidades
Quase... genocídio linguístico
- 5-Jul-2003 - 19:28

Nos Açores, assiste-se agora a um encontro de Professores de Português dos Estados Unidos e Canadá. Se nos derem licença, havemos de os considerar quase "heróis". A eles e aos pais que, mensalmente, pagam para que os seus filhos aprendam Português.

E tanto assim é que partimos, às vezes, da ideia de que o Governo Português - este e os que o antecederam - deveriam, de facto, ser acusados de "genocídio linguístico", para não falarmos, até, em "genocídio cultural". "Genocídio", aqui e além, com laivos de discriminação atroz e com consequências gravíssimas para os povos que se deveriam entender pela Língua.

Se atentarmos nos montes de milhares de contos que o Governo Português - este ou os outros - atira para os países da Europa onde hácomunidades portuguesas e traçarmos um paralelo com os montantes que se atribuem aos países fora da Europa - Canadá, Venezuela, África do Sul, Estados Unidos, entre outros - veremos logo as tais discriminações de que tanto se fala e ninguém é capaz de calar. É que, de facto, os Governos de Lisboa parecem apostados em preservar, para a Língua e para a Cultura Portuguesas, as comunidades portuguesas que vivem na Europa, esquecendo as comunidades que vivem no resto do mundo.

E mesmo quando se atira com a "resolução" do problema do Ensino de Português para os "ombros" dos chamados países de acolhimento... é por mera atitude de pôr algodão nos ouvidos... para não ouvir. É que os governantes portugueses sabem - e se não sabem deveriam saber - que os Governos do Canadá(onde o ensino é de âmbito Provincial) e dos Estados Unidos da América têm outras prioridades. E que, por muito que se lhes diga que um aluno esclarecido... é um cidadão útil e de peso, ninguém lhes poderá dizer que devem injectar mais dinheiro no sistema educacional para ensinar uma Língua diferente do Inglês e do Francês. No Canadá, há até a particularidade de haver mais umas quantas dezenas de outras Línguas que também teriam de ser ensinadas.

O Ensino! A aprendizagem! A Língua da Lusofonia... que, pelo menos nos 3 ou 4 milhões de Portugueses que vivem nos países fora da Europa se vai perdendo... era bem capaz de ser o Português!

Só que, ao longo dos tempos, e com a falta de dinheiro e, especialmente, de vontade de estudar os problemas que se põem ao ensino de Português, o Governo de Lisboa vai matando essa mesma Língua. Os luso-descendentes que ainda a falam - ainda que estropiada e com "nuances" muito "sui generis" - são aqueles a quem os pais quase obrigaram a aprender. São aqueles com os quais os pais gastaram rios de dinheiro. Sim, porque o Pai-Governo - neste caso, Padrasto-Governo - não dá um tostão, nem que seja para um livro. Não manda um professor nem que seja para fazer um curso de reciclagem aos que por cá estão. Pratica "genocídio" de Língua. Faz guerra de "terra queimada" para que, daqui a 50 anos, os tais luso-descendentes falem o Inglês e o Francês, o Espanhol e talvez o Afrikander.

Portugal, pelos vistos, descansou no entusiasmo dos pais. A Portugal, pelos vistos, interessa, apenas, um X de milhões de contos de remessas. O resto... é, de facto, com os pais. Ah, e agora, com os Governos dos países de acolhimento... A Portugal basta-lhe as remessas dos (ainda) chamados emigrantes (com i...), atéporque sabe que eles vão continuar - pelo menos por agora - a levantar a Bandeira de Portugal e a fungar saudades pelo país de origem. E continuarão, também, pois claro, a cantar vivas ao Benfica e ao Sporting e aos sucessivos Presidentes que se deslocam quando énecessário "levantar a alma da Pátria".

No Canadá e nos Estados Unidos - e decerto noutros países do resto... do mundo - lembraram-se, não hámuito, de enviar uma Coordenadora-Geral do Ensino. Como se fosse possível coordenar um Ensino que Portugal não paga. Como se fosse possível interferir no eventual ensino das Línguas de Origem que os Governos locais (ainda) vão dando! Como se fosse possível um Coordenador-Geral do Ensino substituir-se a umas boas dezenas de professores, a umas quantas toneladas de livros. Quando, a propósito, entrevistámos a então secretária de Estado Ana Benavente... a senhora foi-nos dizendo que "coordenar" não significa "só" coordenar. E que às vezes um bom levantamento das situações... pode ajudar a resolver problemas.

Pois. No Canadá, a senhora já está háum ror de anos, mudou-se o Governo... e, pelos vistos, ainda não teve tempo de fazer o tal levantamento. Mudar a senhora? Acabar-lhe com a tal mordomia (ou quase)? Nem pensar nisso.

Ao invés, terminam uma comissão a uma leitora de Português do Instituto Camões colocada na Universidade de Toronto que, mesmo cumprindo em grande as suas missões naquele estabelecimento de Ensino Superior, fazia "milagres" no dia-a-dia das suas horas vagas para que, pelo menos, a Cultura Portuguesa fosse visível, en várias das suas componentes. E a presidente do Instituto (patrão) de Camões sabia. Em público, em Novembro, foi avisada. Em conferência onde se estudava... também isso.

Não dá para entender.

Não. Algo está, de facto, mal. E para nós que, de longe, vamos anotando o que se faz na Europa e nos países de língua oficial portuguesa (Angola, Moçambique, Timor, etc), ficamos a procurar nos dicionários uma palavra mais doce do que "genocídio" para explicar o descaso que o Governo Português faz das comunidades portuguesas espalhadas por este resto do mundo... Mas, de facto, não encontramos!

F.C.G.
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