Anuncie no Noticias Lusofonas
           As Notícias do Mundo Lusófono
 Notícias de Angola Notícias do Brasil Notícias de Cabo Verde Notícias da Guiné-Bissau Notícias de Moçambique Notícias de Portugal Notícias de São Tomé e Príncipe Notícias de Timor Leste
Ir para a página inicial de Noticias Lusofonas desde 1997 toda a lusofonia aqui
 Pesquisar
 
          em   
 Notícias

 » Angola
 » Brasil

 » Cabo Verde
 » Guiné-Bissau
 » Moçambique
 » Portugal
 » S. Tomé e Príncipe
 » Timor Leste
 » Comunidades
 » CPLP
 
Informação Empresarial
Anuncie no Notícias Lusófonas e divulgue a sua Empresa em toda a Comunidade Lusófona
 Canais


 » Manchete
 » Opinião
 » Entrevistas
 » Cultura
 » Comunicados
 » Coluna do Leitor
 » Bocas Lusófonas
 » Lusófias
 » Alto Hama

 » Ser Europeu

Siga-nos no
Siga o Notícias Lusófonas no Twitter
Receba as nossas Notícias


Quer colocar as Notícias Lusófonas no seu site?
Click Aqui
Add to Google
 Serviços

 » Classificados
 » Meteorologia
 » Postais Virtuais
 » Correio

 » Índice de Negócios
 
Venha tomar um cafezinho connoscoConversas
no
Café Luso
 
  CPLP
«Eduardo dos Santos e o MPLA quererem perpetuar-se no poder»
- 10-Sep-2009 - 11:45


Quem o diz é Alcides Sakala, dirigente da UNITA, principal partido da Oposição em Angola

A UNITA, maior partido da oposição angolana, acusou hoje o MPLA, partido no poder desde 1975, e o Presidente deste partido e da República, José Eduardo dos Santos, de quererem perpetuar-se "monarquicamente" no poder e de estarem a "subverter o jogo democrático" com as propostas para a nova Constituição. Mais uma vez, não basta ter razão. Aliás, a passividade da comunidade internacional prova que para ela o importante não é a democracia mas, isso sim, o petróleo.


Alcides Sakala, porta voz do partido do "Galo Negro", disse hoje à Agência Lusa que o que o MPLA e o seu presidente, e também chefe de Estado, pretendem é "criar uma monarquia em Angola" ao alterar "radicalmente" o método de eleição do Presidente da República para "perpetuar José Eduardo dos Santos no poder".

Ontem, o líder parlamentar do MPLA, Bornito de Sousa, colocou um ponto final nas dúvidas que existiam quanto à sintonia entre o presidente do partido e as suas estruturas, ao defender que o futuro Presidente da República seja o cabeça de lista do partido mais votado nas eleições para a Assembleia Nacional.

Esta moldura eleitoral já fora defendida publicamente por diversas vezes pelo Presidente angolano e foi reforçada durante a recente visita a Angola do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, apontando o modelo do país vizinho como referência, dizendo tratar-se de uma “eleição atípica”.

Comentando, na altura, esta tese, o jornalistas angolano-português Orlando Castro disse que a ideia “é que José Eduardo dos Santos continue no poder, se possivel durante toda a vida”, acrescentando que “para além de as eleições se realizarem apenas e quando Eduardo dos Santos quiser, e se quiser, é preciso que tudo se faça de modo a garantir que tudo ficará na mesma, como aliás acontece desde 1975.”

Para a UNITA, o que está em causa, se esta configuração preconizada pela MPLA vier a impor-se, o que é o mais natural tendo em conta que este partido detém no Parlamento uma maioria qualificada de 191 dos 220 deputados eleitos em Setembro de 2008, é "atirar borda fora os compromissos assumidos em 1991 (acordos de Bicesse) onde era clara a eleição do Chefe de Estado por voto directo, secreto e universal".

“Como noutros tempos, dir-se-ia que o MPLA é o povo e o povo é o MPLA. E se assim é, se calhar nem valeria a pena haver eleições. Com elas ou sem elas, o povo continua a passar fome e o petróleo continua a chegar aos donos do mundo”, afirma Orlando Castro.

"Esta é uma situação muito delicada, que conduz Angola a um profundo retrocesso na sua democracia e que apenas serve os interesses do Presidente da República e do MPLA para se eternizar monarquicamente no poder", acusou Sakala.

Por outro lado, é uma "condenação" dos candidatos independentes que, "com este modelo do MPLA, ficam afastados da possibilidade de concorrerem".

Quanto à questão dos prazos eleitorais, que, depois de aprovado o novo texto constitucional, poderá levar a que o actual Governo caia e sejam realizadas novas eleições de imediato e já sob o novo paradigma ou que estas tenham lugar em coincidência com o final da actual legislatura, em 2012, Sakala recorda "a promessa do Presidente angolano de realizar as eleições legislativas em 2008 (que aconteceu) e as presidenciais em 2009 (o que não irá acontecer)".

Segundo Orlando Castro, “enquanto se faz uma Constituição à medida e por medida, Eduardo dos Santos e os seus súbditos lá continuam a preparar uma democrática eleição que os vai perpetuar no poder, perante a passividade da comunidade internacional”.

Na conferência de imprensa de quarta-feira, o líder parlamentar do MPLA avançou ainda que a proposta do partido, no seu ante-projecto de Constituição, aponta para a criação do cargo de vice-Presidente, cujas funções lhe serão delegadas pelo Chefe de Estado.

O Executivo deixaria, nesse quadro, de contar com a figura do primeiro-ministro.

O dirigente partidário especificou que a oposição não tem razão quando alega que este modelo do MPLA adultera o regime constitucional e o sistema de voto directo, secreto e universal, porque os eleitores terão no boletim de voto a fotografia do cabeça de lista e automaticamente candidato à chefia do Estado.

Bornito de Sousa disse ainda que, ao contrário do modelo sul-africano, em Angola o Presidente não será alvo de uma confirmação parlamentar e que a formalização do cargo passa pela simples cerimónia de tomada de posse.

Sobre a passividade da comunidade internacional, nomeadamente da CPLP, Orlando Castro afirma que “Angola está bem e recomenda-se. E se está assim, o melhor é não fazer ondas... não vá um dia Angola ser um verdadeiro Estado de Direito Democrático!”


Marque este Artigo nos Marcadores Sociais Lusófonos




Ver Arquivo


 
   
 


 Ligações

 Jornais Comunidades
 
         
  Copyright © 2009 Notícias Lusófonas - A Lusofonia aqui em primeira mão | Sobre Nós | Anunciar | Contacte-nos

 edição Portugal em Linha - o portal da Comunidade Lusófona Criação de Sites e SEO Algarve por NOVAimagem