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ICS reúne investigadores para debater estudos antropológicos em África
- 25-Sep-2009 - 12:16
O Instituto de Ciências Sociais (ICS-UL) vai reunir na próxima segunda-feira, dia 28 de Setembro, em Lisboa, diversos investigadores nacionais e internacionais no seminário “Ethnography as Tradition in Africa”, organizado por João de Pina-Cabral. Trata-se de uma ocasião única para fazer uma apreciação de algumas das tendências que se têm vindo a manifestar na África das últimas décadas.
A antropologia tem estudado África desde os dias em que os missionários e os agentes coloniais começaram a sentir necessidade de entender as pessoas com quem se confrontavam. No caso de Moçambique, Henri-Alexandre Junod já andava a estudar o povo do sul do país na altura em que os portugueses aí instalaram uma administração colonial.
A sua obra Usos e Costumes do Bantus, saída nos anos 20, é uma das peças mestras da antropologia mundial que tem agora uma nova edição em português do Brasil que reflecte a nova atenção que este país está a dirigir a África. No seminário estarão dois especialistas brasileiros que poderão falar dessa nova “viragem africana” do governo brasileiro.
Meio século depois da obra de Junod sair a público, David Webster escreveu Sociedade Chope, um estudo sobre uma aldeia do sul de Moçambique com especial atenção para as relações familiares. A sua obra, que estava inédita devido à trágica morte do autor às mãos de sequazes do regime do apartheid, é agora publicada em português pelo ICS e constitui um marco importante para a história de Moçambique. David Webster é uma figura de grande nomeada na África do Sul pelo seu papel como opositor e mártir da luta contra o apartheid – o seu nome acaba recentemente de ser atribuído a uma das praças públicas centrais de Joanesburgo. Entre nós estará a Prof. James que é uma especialista sobre a África do Sul e o processo de mudança social e política que aí se vive actualmente.
Mais recentemente, Harry West (professor em Londres) escreve uma obra sobre como é que os Maconde do planalto de Mueda vivem no dia-a-dia com as suas crenças sobre bruxaria. Este, afinal, é um dos aspectos da sociedade moçambicana que mais estranheza cria a quem lá chega vindo de fora. A visão deste autor sobre as mudanças sociais no Moçambique pós-Guerra Civil poderá ser do maior interesse. Sobre esta matéria teremos o contributo do Prof. Omar Ribeiro Thomaz que tem realizado inúmeros trabalhos de terreno no sul do país.
Durante a tarde, o simpósio vai focar sobre três outras obras: o livro de Deborah James (Prof. no London School of Economics) sobre a Reforma Agrária na África do Sul; o livro de Mike McGovern (prof. na Univ. de Yale) sobre a recente guerra civil na Costa do Marfim; o livro de Ramon Sarró (membro do ICS) sobre a conversão ao islamismo de um povo da costa da Guiné-Konakry. McGovern escreve sobre uma das guerras civis recentes mais violentas de África. Já Ramon Sarró, que tem vindo nos últimos anos a trabalhar sobre emigrantes africanos em Lisboa, tem uma visão virada para a forma como estão a emergir novos fenómenos religiosos nos dias que passam.
Estarão entre nós ainda três africanistas de renome: John Peel (School of Oriental and AFrican Studies, Londres e do International African Institute) – uma das mais destacadas figuras do africanismo contemporâneo; Omar Ribeiro Thomaz (professor Unicamp) cujo trabalho sobre Moçambique lhe tem vindo a trazer destaque internacional; Wilson Trajano Filho (U. Brasilia), notável especialista sobre Cabo Verde e Guiné-bissau.
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