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Como se não bastasse o resto, a malária também ataca na Guiné
- 24-Apr-2010 - 11:29


Em São Tomé a a redução dos casos foi eficaz e é hoje de menos de um por cento. Em Timor-Leste triplicou

A instabilidade que se vive na Guiné-Bissau pode pôr em causa a eficácia das medidas já aplicadas no combate à malária, considerou um responsável do Instituto de Higiene e Medicina Trópical de Lisboa. Em declarações a propósito do Dia Mundial da Malária, que se assinala amanhã, o director Virgílio do Rosário, apontou a Guiné-Bissau como o "caso mais problemático entre os países africanos da CPLP".


Apesar de lembrar que o transmissor existe "em todos os países africanos de língua portuguesa" e que este "obviamente não vai desaparecer", o especialista destaca que a "eficácia dos programas no terreno depende sempre das condições estruturais que os países apresentam".

"Problemas de ordem civil ou catástrofes são problemas em que todo o sistema de saúde é interrompido e afetado, e as pessoas que trabalham deixam de ter acesso ou mobilidade para aplicarem o programa", explica.

A eficiência da aplicação dos programas antimaláricos, refere, "também dificultada" quando o sistema de saúde, a canalização, o tratamento de água e higiene "não são os mais adequados".

Quanto à situação da doença nos restantes países lusófonos da África, o responsável lembra que todos "mantêm programas de controlo à malária", que, na maioria dos casos, são acessíveis às populações, e visam "reduzir o número de pessoas infectadas e interferir com o ciclo".

Como exemplo positivo, Virgílio do Rosário destacou a "eficácia" dos programas aplicados em São Tomé e Príncipe, onde se conseguiu "reduzir visivelmente o número de casos para menos de um por cento".

Sendo um país de pequenas dimensões e com uma população reduzida, é aquele onde é "mais viável o programa mostrar sucesso", refere, explicando que, "tendo-se chegado a fase de pré eliminação da malária, agora a dificuldade passa por garantir a sua sustentabilidade".

Para esse efeito, precisa, existe um "programa de vigilância para impedir o aparecimento de novos casos, que poderão vir do continente com pessoas que emigram ou viajem para São Tomé, ou então devido à existência de reservatórios ou pessoas que, ao não mostrarem sinais de infecção, não são tratadas".

Os progressos alcançados em Angola, que está a "investir em várias frentes simultaneamente" para ganhar terreno à doença, também foram assinalados por Virgílio do Rosário.

"Há um grande investimento nacional como de agências financiadoras no apoio a este trabalho, que inclui o diagnóstico, o tratamento, as mulheres grávidas e os programas de controlo contras os mosquitos", adianta.

O continente africano, especialmente a região da África subsaariana, continua a ser o mais fustigado, mas, em todo o mundo, serão mais de dois mil milhões as pessoas que vivem em zonas de risco.

Por outro lado, a abordagem levada a cabo no Brasil também mereceu elogios por parte de Virgílio do Rosário. "O conhecimento da situação está muito bem graças a aplicação de um enorme programa de controlo: as autoridades sabem muito bem onde existem as maiores concentrações de mortalidade ou admissões hospitalares por regiões", refere.

Casos registados em Timor... triplicaram

A vice-ministra da Saúde de Timor-Leste, Madalena Hanjam, reconhece dificuldades no combate à malária, cujos casos registados triplicaram em 10 anos, mas garante que “o governo está a trabalhar muito na prevenção”.

No dia 25 de Abril, para assinalar o Dia Mundial da Malária, o Ministério da Saúde vai distribuir mosquiteiros, repelentes e outro material de prevenção.

Segundo a vice-ministra da Saúde, em Timor-Leste a malária afecta os 13 distritos, mas são os do Litoral, nomeadamente Manatuto, Covalima, Díli e Baucau os mais atingidos.

Quase toda a população não usa medidas preventivas, como os mosquiteiros, pelo que qualquer pessoa pode ter malária. Por isso, nós estamos a trabalhar muito para a prevenção. O que o Governo está a fazer é a distribuir insecticidas para as pessoas pulverizarem a vegetação junto às casas e distribuir mosquiteiros a todas as famílias”.

Segundo a vice-ministra, prosseguem também campanhas de limpeza, bem como de sensibilização para os sintomas e distribuição de medicamentos, através programa de Sistema Integrado Saúde Comunidade Ambiental (SISCA).

“Todos os timorenses têm que entender bem os sintomas básicos. Por exemplo, se têm dores de cabeça, febre, ou vómitos devem ir imediatamente ao hospital, porque o tratamento é rápido. Os profissionais de saúde estão prontos para ajudar as pessoas com malária”, disse Madalena Hanjam.

De acordo com fonte das Nações Unidas, a generalidade da população timorense (cerca de um milhão de habitantes) tem alto risco de contrair malária, mas 80 por cento dos casos são relatados a partir de quatro dos 13 distritos: Díli, Viqueque, Covalima e Lautem.

As crianças com menos de cinco anos representam aproximadamente 35 por cento do total de casos, que passaram de 15 212 em 2000, para 45 973 em 2008.

As Nações Unidas admitem que esse aumento possa em parte ser atribuível a um maior esforço no diagnóstico.

Mesmo com essa explicação, o panorama do país não é animador, como reconheceu a vice-ministra da Saúde, e estão identificados vários factores que o explicam.

A resistência à cloroquina, com 67 por cento de falhas nos casos diagnosticados, é uma das razões. Outra é a falta de articulação e de adesão das comunidades aos programas de controlo, que demoram a avançar por dificuldades de financiamento.

Deficiências ao nível do diagnóstico microscópico dos parasitas, dado existirem ainda poucas instituições de Saúde com serviços de laboratório, e a escassez de analistas, são também apontadas.

O bom exemplo de São Tomé

A malária deixou de ser a principal causa de mortalidade e de morbilidade em São Tomé e Príncipe onde se registam actualmente três óbitos por ano contra mais de 160 em 2005, disse o director do Centro Nacional de Endemias.

Um “decréscimo considerável” conseguido como resultado de “esforços conjugados dos parceiros e de uma estratégia integrada das intervenções”, disse Herodes Rompão.

O governo são-tomense, com apoio financeiro de Taiwan, Banco Mundial, Organização Mundial da Saúde (OMS), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) lançou a partir de 2004 a pulverização inter domiciliar, que “foi aquela que de facto teve impacto bastante significativo”.

Uma primeira avaliação dos resultados epidemiológico e económico desta estratégia foi feita em 2007 e os dados foram bastante positivos.

“Conseguimos reduzir de 160 óbitos em 2004 para 3 óbitos em 2007 e também houve uma redução financeira de oito milhões de dólares/ano para apenas 84 mil dólares como custo indireto”, acrescentou o director do centro são-tomense de endemias.

No entanto, em 2009 a morte por paludismo subiu para 16, facto que foi justificado com o atraso na chegada de materiais e equipamento para a aplicação “em tempo real” do ciclo seguinte de pulverização inter domiciliar.

“Em 2009 tivemos um pequeno embaraço. O país beneficiou da sétima ronda de fundo global que está a ser gerido pelo PNUD. Como são financiamentos provenientes de cooperação multilateral, há muitas tramitações e isso implicou a chegada tardia de alguns materiais, que influenciou a subida do índice de mortalidade, devido à não realização em tempo real da pulverização que deveria ser feita em 2008”, explicou.

“Mas actualmente já conseguimos entrar no nosso ritmo de descida progressiva de casos de óbitos”, sublinhou.

Herodes Rompão disse, entretanto, que ainda existem no arquipélago “pequenas bolsas” de pessoas que resistem à aplicação da pulverização em suas casas, facto que impede o país de partir definitivamente para a erradicação da endemia.


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