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  Entrevista
José Eduardo Agualusa: «Sou a favor da democracia e da inteligência»
- 6-Sep-2011 - 23:01

Filho de um cidadão português, professor dos funcionários do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), com uma brasileira, José Eduardo Agualusa é um dos mais importantes autores contemporâneos da Língua Portuguesa: as suas obras estão traduzidas em mais de 20 línguas e são alvos de estudo em algumas universidades brasileiras. Os trabalhos de José Eduardo Agualusa são fortemente influenciadas pela Música Popular Brasileira (MPB) e dos escritores Jorge Amado e Rubem Fonseca. Quando lança uma obra em Luanda, Lisboa ou ainda no Rio de Janeiro é, à partida, sucesso garantido. E tal sucesso, sobretudo no Brasil, deveu-se ao facto de ter tido como padrinho, enquanto literato, um dos ícones da música deste país tropical abençoado por Deus: Caetano Veloso. Cruzamos – passe a expressão - com José Eduardo Agualusa no Face Book. Daí a ter partido para uma conversa foi um passo. Falamos sobretudo da sua visão sobre o país, tendo como alvos preferenciais a juventude, os dois maiores protagonistas da política angolana (o MPLA e a UNITA) e a situação actual de Angola. É, de resto, uma entrevista que soube a pouco. Mas que vale a pena conferir.


Cruzamos – passe a expressão - com José Eduardo Agualusa no Face Book. Daí a ter partido para uma conversa foi um passo. Falamos sobretudo da sua visão sobre o país, tendo como alvos preferenciais a juventude, os dois maiores protagonistas da política angolana (o MPLA e a UNITA) e a situação actual de Angola. É, de resto, uma entrevista que soube a pouco. Mas que vale a pena conferir.


Por Jorge Eurico *


JEA - As revoltas democráticas no norte de África sobressaltaram o continente inteiro. Em Angola despertaram uma juventude que se move fora dos partidos políticos tradicionais. Isto parece-me algo novo. O regime angolano assustou-se.


NL - Acha mesmo que o regime está assustado?

JEA - Sim, a primeira reacção foi de susto e atrapalhação.
Depois recuperou um pouco. Os regimes totalitários em África, e no mundo, não sabem como reagir face às novas tecnologias de informação. E à revolta da juventude.


NL - O nosso país está preparado para a revolução que se tem servido das novas tecnologias de informação?

JEA - O regime não está. Cada vez há mais jovens angolanos a aceder à Internet. A trocar informação e conhecimento. A partilhar informação com jovens de outros países que conseguiram ter sucesso nas suas reivindicações utilizando métodos de acção não violenta como aconteceu no Egipto.


NL - Aqui há uns tempos você e o activista Fernando Macedo escreveram uma carta aberta....

JEA - ...Sim, aquando da revolução no Cairo. A questão é p conhecimento, a democratização da informação, não se consegue deter esse movimento é impossível
nenhum regime consegue e isso implica a médio prazo um aumento da contestação uma sofisticação dessa contestação regimes totalitários tendem a ser estúpidos devido à sua própria estrutura à sua própria natureza que promove a incompetência e o servilismo e esta é, no fundo, uma luta entre a inteligência e a estupidez. No final a inteligência triunfará como triunfa sempre.


NL - É fácil e cómodo, se mo permite a provocação, falar do regime angolano a partir de fora, pois não?

JEA - Mais fácil do que a partir de dentro, é claro. Mas isso não retira pertinência nenhuma às declarações feitas a partir do exterior uma verdade não é menos verdadeira dependendo da geografia.

NL - Foi afastado dos quadros de colaboradores do jornal A Capital sob que argumento?
JEA - Não sei. Os responsáveis nunca falaram comigo sobre esse assunto.

NL - É um assunto que nunca o preocupou?
JEA – Preocupou, claro. Gosto de atitudes transparentes. Até lhe digo mais, há altos dirigentes do regime que eu admiro porque são transparentes. Assumem as suas atitudes
dão o rosto. E são francos e diretos.

NL - Quem são estes dirigentes do regime?
JEA - Pessoas que sabem aceitar um bom debate. Que não ocultam intenções.Essas pessoas existem. Embora num regime como o angolano a regra seja o oportunismo.


NL - Mas não nomeou estes dirigentes.

JEA - Não nomeio ninguém.

NL - Porquê?
JEA - Porque ao nomeá-los poderia estar a prejudicá-los.

NL – Decididamente, você não pode com o regime angolano.
JEA - Eu sou a favor da democracia e da inteligência. Sou a favor de um desenvolvimento mais justo, não gostaria de ver miséria em Angola. Aflige-me a situação de extrema miséria em que vivem tantos angolanos num país com tantas riquezas naturais.É disso que eu não gosto. Acredito nas pessoas. Acredito que num regime mais justo e democrático, mesmo as pessoas que hoje estão no poder seriam mais felizes.


NL - Você é considerado um sucesso da literatura lusófona. A que se deve?

JEA - Um livro, qualquer livro, só tem sucesso se responder a uma necessidade
dos leitores. Um escritor leva tempo a fazer-se. Levei bastante tempo até conhecer algum sucesso. Trabalhei muito. Trabalho muito todos os dias. Um bom livro faz-se de uma combinação entre muita paixão e muito trabalho.

NL - Tem obras traduzidas em mnais de vinte línguas estrangeiras. É disso que vive?
JEA - Sim, vivo em exclusivo dos meus direitos de autor. Não ganho muito, seria difícil para mim sobreviver numa cidade tão cara quanto Luanda.


NL -Luanda, acrescente-se, Rio de Janeiro e Lisboa.

JEA - Em Lisboa é possível, o Rio de Janeiro ficou bastante mais caro. Mas ainda há restaurantes baratos. O importante é que me pagam para realizar uma paixão.Sou uma pessoa feliz.

NL - Que paixão é essa?
JEA - A paixão da escrita, claro.


NL - Qual é a sua obra mais aclamada?
JEA - Não sei responder. A mais traduzida é até agora "O Vendedor de Passados". Creio que a aquela que vendeu mais, no espaço de um ano, Em Portugal, foi "As Mulheres do Meu Pai". Mas todos os outros livros continuam a vender. Felizmente.

NL - Sei que aqui no Brasil, há universidades que têm estudado as suas obras.
JEA - Sim, várias. Em Portugal também.

NL - E em Angola?

JEA - Em Angola não sei.

NL - Ou é um santo que não faz milagres em casa (risos)?

JEA - Tenho muitos leitores em Angola. Não me posso queixar. Não tenho mais porque, infelizmente, os livros são caros. E a percentagem de angolanos que consomem livros com regularidade é muito baixa. Em quase todos os países onde apresento os meus livros surgem angolanos. Aqui no Facebook (FB) recebo dezenas de mensagens todos os dias. Não me posso queixar. Sinto-me muito acarinhado pelos leitores angolanos.

NL - Arrepende-se do que disse, aqui há uns tempos, relativamente à poesia de Agostinho Neto, o poeta-maior?

JEA - Não há nada de que me arrepender. É uma opinião literária. Sou um leitor de poesia muito exigente. Agora estou a reler a poesia da Ana Paula Tavares, uma compilação publicada no Brasil, que comprei ontem (quarta-feira, 31 de Agosto). A Ana Paula, sim, é um nome relevante na poesia angolana. Há outros: Ruy Duarte de Carvalho, (João) Maimona, David Mestre. Agostinho Neto não chegou sequer a ser poeta. Os versos que publicou são extremamente frágeis. Aquilo não tem valor algum de um ponto de vista estritamente literário.


NL - como é que o filho de um cinéfilo torna-se escritor?

JEA - Os meus pais são grandes leitores. A minha mãe era professora de português, aliás bem conhecida no Huambo. Cresci entre livros. Os meus pais tinham uma excelente biblioteca.


NL - Mas o seu paiera um cinéfilo inveterado, os trabalhadores do CFB que o digam.
JEA - Sim, e um grande leitor também. Ah, e um grande desportista (risos). Ele foi professor de natação.


Sou perseguido desde que tenho voz pública

NL – Sente-se perseguido em Angola? Desde quando concretamente e porquê?
JA - Desde que tenho uma voz pública. Seja como for, sou muito pouco relevante. Sou um simples escritor.

NL – Simples?! Está a exercitar a modéstia?
JEA - Não. Não tenho ambições políticas, nem trabalho com materiais sensíveis como, por exemplo, o Rafael Marques. Aliás, desde essa altura que nunca mais ninguém me incomodou. O poder (político) tem mais com que se preocupar. A juventude contestatária, o descontentamento da população mais desfavorecida. As denúncias de corrupção. Isso, sim, preocupa o regime.

NL – Não tem ambição político-partidária.
JEA - Não, de todo. A mim apenas me interessa uma Angola mais democrática e mais justa, na qual as pessoas possam falar sem medo. A literatura pode ajudar as pessoas a reflectir.

NL - Como é, no seu imaginário, uma Angola mais democrática, mais justa, onde se possa falar livremente?
JEA - Com eleições para o Parlamento, presidente da República e poder local. Com uma imprensa livre e plural, onde ninguém se sinta ameaçado, onde todos os negócios sejam transparentes. Onde a política não sirva para enriquecer alguns, mas para servir o povo

NL - O país está, mesmo depois da guerra, muito aquém desta realidade?
JEA – Infelizmente está. Muitíssimo. O país está muito aquém de tudo aquilo, afinal, porque lutou o MPLA de Mário Pinto de Andrade, por exemplo. Mas acredito que vá mudar. Há uma juventude a exigir mudança. Não é possível combater a juventude. A juventude triunfa sempre.

NL- Tem alguma receita para inverter esta situação?
JEA - Determinação, esperança, amor. Não se combate a violência com violência. A violência só se combate com inteligência e amor. Não estou a dizer nada de novo. Cristo já afirmava isso. Luther King, Ghandi, etc. A violência é sempre uma rendição da inteligência.


NL - Os Métodos de Mahatma Ghandi e Martin Luther King teriam lugar neste processo em Angola?
JEA – Certamente. Resistência não violenta. É preciso confrontar o nosso adversário com os seus próprios erros. Defendo o exemplo sul-africano, o de debater tudo, discutir tudo
e finalmente perdoar.


NL - A sociedade angolana tem esta capacidade de tolerância?
JEA - Não somos mais estúpidos do que os sul-africanos - porque não? Testemunhei em Angola grandes exemplos de amor ao próximo, de dedicação, histórias extraordinárias de pessoas simples. Temos de conseguir vencer o ódio, temos de conseguir afirmar uma cultura de inclusão. Só assim venceremos de facto a Guerra Civil. Veja bem, quando a selecção angolana joga, estamos todos unidos. É esse espírito que temos de trazer para dentro, para o conjunto das nossas actividades.

NL - Para si, a Guerra Civil, caso não ultrapassemos o ódio que alude e afirmar-se a cultura da inclusão, não estará terminada?
JEA - Sim, a Guerra (Civil) só termina quando formos capazes de nos abraçar e chorar em conjunto. Temos de fazer um grande komba. Repare: a sociedade angolana tem, em si, já todas essas estratégias. Nem é preciso inventar nada.


NL - Acha que, em função da Guerra Civil que tivemos, ainda há feridas que sangram e cicatrizes que doem?
JEA – Sim, sem dúvida.


NL- Ainda há muita exclusão no nosso país?
JEA – Sim, a todos os níveis. Contra os mais pobres. Contra os estrangeiros. Contra todos aqueles que, de uma forma ou de outra, são, ou parecem ser, um pouco diferentes.

NL - De que forma se traduz esta exclusão?
JEA - Pobreza extrema de uma grande parte da nossa população, enquanto uma pequena minoria não se envergonha de ostentar a sua riqueza. Xenofobia, etc.

NL – Tem algum exemplo concreto de casos de xenofobia que tenha tido lugar no país?
JEA - Basta ler os jornais. Pior: as caixas de comentários dos jornais on-line: estão cheias de declarações de ódio contra os trabalhadores chineses, contra os muçulmanos, etc. Pessoas que, na sua esmagadora maioria, estão a contribuir para desenvolver Angola. O ódio contra os homossexuais é outro exemplo.

NL - Mas já ouvi muitos estrangeiros a dizerem que se sentem muito bem em Angola e que são bem tratados.
JEA - Sim, claro. Existe uma tradição de bom acolhimento em Angola. Creio que a guerra, tudo o que a guerra trouxe, corrompeu essa tradição, mas não a matou. Só temos de a revitalizar. Por exemplo, a política de vistos. A Namíbia, país vizinho, belíssimo país, não pede vistos a ninguém. Porque é que nós dificultamos tanto a entrada de estrangeiros? Creio que essa é também uma herança da guerra e do tempo da ditadura marxista. Moçambique está bem mais avançado do que nós a esse nível.

NL - Há resquícios do marxismo no nosso país?
JEA - Há alguns. Comportamentos que permanecem, políticas que ainda vigoram. Até os nomes das ruas. A letra do Hino Nacional. Embora isso, a meu ver, seja irrelevante. O importante, sim, são as políticas. Pena é que algumas boas políticas do tempo do regime marxista não se mantenham. Por exemplo, o apoio ao livro. Lembro que o meu primeiro romance teve uma tiragem inicial de 15 mil exemplares. Um número incrível, porque nessa época as edições eram apoiadas. A ideia era que o povo lesse. Uma ideia generosa. Isto para dizer que nem tudo era mau no tempo do regime marxista. Mas só ficou o que era mau. Porque é que nós dificultamos tanto a entrada de estrangeiros? creio que essa é também uma herança da guerra e do tempo da ditadura marxista Moçambique está bem mais avançado do que nós a esse nível.

NL - Tinha-se, apesar de tudo, a ideia de que o país deveria ser construído com homens, livros, etc. Hoje parece que ideia é a de construir o país com música indecorosa e cerveja, pois não?
JEA - Ah! Ah! É um pouco verdade. Se bem que a cerveja nunca faltou.

NL - Mas também nunca esteve tão massificada, acessível como agora.
JEA - Sim, seria bom conciliar a cerveja, a festa, com a cultura. Isso é possível. Estou envolvido na organização de um festival de música no Rio de Janeiro. Música e cultura de matriz africana, o B2B. Sou o responsável pelas mesas. A ideia é ter festa uma festa belíssima, mas também pensamento, debate, dscussão e ideias. Ou seja: é possível juntar as duas coisas. A festa e a inteligência. O pensamento e a alegria. A cultura e o divertimento.

NL – Hoje temos uma juventude oca do ponto de vista intelectual e político....?
JEA - Não concordo consigo. Acho que há jovens com grande pobreza intelectual, mas também conheço jovens muitíssimo interessantes, cultos, inteligentes, educados e que gostam de beber cerveja e de festejar. Como disse antes, acredito sobretudo nessa juventude. São esses jovens que vão mudar o pais.

NL - Já militou em algum partido político ou sentiu-se tentado a tal?
JEA - Não, nunca. Não tenho a menor vocação para militante. Sou um livre pensador e além disso detesto reuniões.

NL - Já foi apontado como sendo próximo da UNITA.
JEA - Nunca estive próximo da UNITA.

NL - E do MPLA, já esteve?
JEA - Do MPLA de Mário PInto de Andrade, sim. Estive com ele no Grupo de Reflexão para a Paz em Angola
há muitos anos. É um homem que faz muita falta a Angola, uma pessoa excepcional inteligentíssimo, generoso, profundamente bom.

NL - Qual é a diferença entre o MPLA de Mário Pinto de Andrade, de Agostinho e de José Eduardo dos Santos?
JEA - Já o disse algumas vezes: O Presidente José Eduardo dos Santos (JES) teve o mérito imenso de libertar os presos políticos e de acabar com a pena de morte. O MPLA original era um movimento um tanto ingénuo, mas generoso. Não tem nada a ver com a estrutura que existe hoje. Penso que até os militantes mais antigos no MPLA estão de acordo comigo.

NL – O que lhe faz dizer isso?
JEA - Não há nada em comum, em termos de ideais, entre o movimento que o Mário Pinto de Andrade ajudou a fundar e aquele que existe hoje com esse mesmo nome. Eu escuto o que dizem na intimidade alguns desses velhos militantes. Também eles estão desiludidos.

NL - Dizem o quê, por exemplo, na intimidade?
JEA - Há anos que os ouço repetir a mesma frase: “não foi para isto que fizémos a independência”. Algumas dessas pessoas cometeram erros terríveis, mas acredito que, ao menos no início, eram sinceros. Seguiam ideais.

NL - Sãos os da “Geração da Utopia” que dizem isso?
JEA – Sim. Bem, muitos até já romperam com o MPLA.


NL - Olhe, e a UNITA é ou não alternativa para o partido no poder?
JEA – Não. Não ficaria muito feliz com a UNITA no poder. Mas penso que há na UNITA pessoas muito sérias e competentes.

NL – Porquê que não ficaria muito feliz com a UNITA no poder?
JEA - A UNITA não parece ter ideias. Nunca explicou como pretenderia governar e tem um passado assustador. Também a UNITA era, não sei se ainda é, um partido totalitário. A UNITA de Jonas Savimbi sempre me pareceu uma coisa monstruosa. Eu preferia um Governo com pessoas competentes, da UNITA, do MPLA, do Bloco Democrático (BD), independentes, etc. Gente séria, sem ligações à corrupção e à violência. Seria possível formar um bom Governo em Angola.

NL - Há partido em Angola que seja impoluto, se o assunto for corrupção?
JEA – Sim, nunca ouvi nenhuma história sobre corrupção de gente ligada ao BD. É só um exemplo. Mesmo na UNITA o problema principal não me parece ser a corrupção. Vamos ter de terminar a entrevista, ok? Lamento muito.

NL – Soube a pouco (risos).
JEA - Quando sabe a pouco, é bom (risos). Abraço grande


Fonte: Semanário Angolense (SA)


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