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  Brasil
A Lusofonia está grata
a Sérgio Vieira de Mello

- 23-Aug-2003 - 19:39


Ramiro Lopes da Silva assume o lugar do malogrado diplomata brasileiro. A lusofonia continua de alma e coração no Iraque


O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, elogiaram o trabalho pela paz realizado pelo diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto na última terça-feira num atentado no Iraque. Numa última homenagem ao representante-especial da ONU no Iraque, os dois líderes fizeram discursos emocionados durante o velório do diplomata, no Palácio da Cidade, na zona sul do Rio de Janeiro.


No seu discurso, o secretário-geral da ONU falou da sua amizade com Vieira de Mello, a quem se referiu como um homem que "deu a vida pela paz e a reconciliação", "um herói da ONU".

O secretário-geral da ONU disse ainda que o amigo será lembrado "não só pelo povo brasileiro, mas por todos os países dos continentes que ajudou", nomeadamente em Timor-Leste, país que Vieira de Mello ajudou a fundar.

Depois do velório o caixão com o corpo de Vieira de Mello irá ser transportado para a cidade francesa de Thonon-les-Bains, na fronteira com a Suíça, por vontade da viúva e dos dois filhos.


Ramiro Lopes da Silva no lugar de Vieira de Mello


O português Ramiro Lopes da Silva, indigitado para representante do secretário-geral da ONU no Iraque, afirmou-se hoje "honrado" com a escolha, mas disse ter «a humildade suficiente» para saber aquilo que pode fazer.

Em declarações a jornalistas da SIC e da TVI, Ramiro Lopes da Silva disse não ter intenção de deixar o Iraque e manifestou a sua «total disponibilidade» a Kofi Annan para substituir o diplomata Sérgio Vieira de Mello.

Em declarações à SIC, Lopes da Silva salientou que se trata de «uma responsabilidade por um período interino» até se «encontrar a pessoa adequada para representar o secretário-geral da ONU», no Iraque.

"Ficarei até que Kofi Annan considere que seja útil a minha presença», afirmou à TVI.

«Tenho a humildade suficiente para saber aquilo que posso fazer e quais são as minhas fraquezas», acrescentou aos jornalistas, adiantando estar disposto a trabalhar para restabelecer «a normalidade possível» nas operações da ONU, nos próximos dias.

Ramiro Lopes da Silva era o "número dois" da missão da ONU no Iraque até terça-feira.

Engenheiro, com uma especialização em linhas de transmissão de alta voltagem, Ramiro Armando de Oliveira Lopes da Silva nasceu em Moçambique, filho de um português e de uma cabo-verdiana, a 16 de Janeiro de 1949.
Director-geral dos Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique, em Fevereiro de 1985, foi convidado para o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas para uma missão de três meses, e acabou por aceder ao cargo de director da Divisão de Transportes e Logística daquela organização.

Entre outros cargos, foi também Coordenador das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários em Angola, de 1996 a 1998.

Em 31 de Maio de 2002, foi nomeado por Kofi Annan coordenador das Nações Unidas para as operações humanitárias no Iraque.


Timorenses lançam flores


Cerca de um milhar de pessoas concentraram-se hoje em frente do Palácio do Governo em Díli, numa vigília de homenagem a Sérgio Vieira de Mello que terminou com o lançamento ao mar de centenas de coroas de flores.

A cerimónia assumiu especial significado já que o lançamento de flores ao mar era tradicionalmente usado para homenagear vítimas da ocupação indonésia, como ocorreu, por exemplo, a 7 de Dezembro do ano passado, aniversário da invasão.

Reunidos em frente do Palácio e do gabinete em que Sérgio Vieira de Mello trabalhou enquanto chefiou a administração transitória da ONU, milhares de timorenses, entre anónimos e líderes do país, acenderam velas e rezaram em memória do diplomata brasileiro morto em Bagdade.

"Obrigado, Sérgio de Mello. Os teus sonhos para Timor-Leste nunca serão esquecidos pelo povo de Timor-Leste", lia-se, em português e inglês numa faixa. Em som de fundo alguns temas musicais de Sarah Brightney e Andrea Bocelli, entre os favoritas de Vieira de Mello.

Falando aos presentes, José Ramos Horta, ministro dos Negócios Estrangeiros, lembrou que foi neste edifício que Vieira de Mello "trabalhou" com toda a liderança timorense, considerando que "nem a morte" o separa hoje de Timor-Leste.

"O seu espírito vive entre nós, o seu trabalho, a sua personalidade, a sua coragem, deixaram uma marca profunda em Timor- Leste, nas nossas mentes, nos nossos corações, neste país", disse. "Não partiu, continua entre nós e por isso está vivo", sustentou.

Depois de uma curta oração, D. Ximenes Belo, ex-administrador apostólico de Díli, manifestou "profundo pesar" pela perda de um homem "que, como as árvores, morreu de pé, a lutar pela dignidade e pelos valores mais altos.

"Perdemos um homem que trabalhou pela paz, mesmo que nunca tenha recebido o Prémio Nobel da Paz", disse o agraciado com essa distinção em 1996.

"Lamentamos, em especial, que tenha estado quatro horas a sofrer, a enfrentar a morte", disse apelando aos iraquianos para que construam a paz no seu país.

Depois, em tétum, atacou aqueles jovens timorenses que têm aparecido, pontualmente, no local, com t-shirts com o retrato de Bin Laden.

"Pergunto a esses senhores, a esses jovens, se ouviram Bin Laden na televisão a dizer abertamente que era contra a independência de Timor-Leste, contra a saída de Timor-Leste como província da Indonésia", questionou.

"Se estão, então não vistam essas t-shirts que semeiam ódio, violência, terrorismo. Modifiquem as atitudes e vistam antes camisolas com os rostos dos que trabalham pela paz, como Gandhi, como Sérgio Vieira de Mello", disse.

A presença de Vieira de Mello em Timor-Leste assumiu uma importância tão significativa na vida de todos os timorenses que se sucedem as histórias e as referências ao brasileiro.

Emilia Pires, do ministério das Finanças e Plano, disse à Lusa que num e-mail que recebeu de Sérgio Vieira de Mello a 4 de Agosto último, o diplomata dava conta das saudades que tinha de Timor-Leste, manifestando-se "honrado" por poder ter trabalhado no país.

Foto: AFP PHOTO/ANTÓNIO SCORZA/LUSA


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