As Notícias do Mundo Lusófono
Notícias de Angola Notícias do Brasil Notícias de Cabo Verde Notícias da Guiné-Bissau Notícias de Moçambique Notícias de Portugal Notícias de São Tomé e Príncipe Notícias de Timor Leste
Ir para a página inicial de Noticias Lusofonas desde 1997 as notícias da lusofonia
Pesquisar

em
Airbnb
Notícias

» Angola
» Brasil

» Cabo Verde
» Guiné-Bissau
» Moçambique
» Portugal
» S. Tomé e Príncipe
» Timor Leste
» Comunidades
» CPLP
Informação Empresarial
Anuncie no Notícias Lusófonas e divulgue a sua Empresa em toda a Comunidade Lusófona
Canais


» Manchete
» Opinião
» Entrevistas
» Comunicados
» Coluna do Leitor
» Bocas Lusófonas
» Lusófias
» Alto Hama

» Ser Europeu

Siga-nos no
Siga o Notícias Lusófonas no Twitter
Receba as nossas Notícias


Quer colocar as Notícias Lusófonas no seu site?
Click Aqui
Add to Google
Serviços

» Classificados
» Meteorologia
» Postais Virtuais
» Correio

» Índice de Negócios
Venha tomar um cafezinho connoscoConversas
no
Café Luso
Colunistas
Serafim Marques



Os Agitadores

A democracia é uma doutrina política, por oposição a outras, assente numa forma de governação em que os “gestores da coisa pública” são mandatados pelos cidadãos eleitores, gozando da soberania democrática. Se para muitos cidadãos a sua intervenção demovrática cinge-se às eleições, muitos outros e não só os políticos e governantes, vão expressando opiniões que, assentes no valor da pluralidade, podem ser muito divergentes.


Contudo, se todos podem opinar sobre a vida pública, no exercício do direito à diferença, nem todos terão o saber e o talento para o fazer, para não dizer “terem moral”.

No exercício da democracia todos são iguais? Pura utopia, porque no estado actual de desenvolvimento da humanidade tal igualdade não existe.
Muitas são as diferenças e se assim é, as opiniões serão sempre o reflexo do desenvolvimento intelectual e cívico de cada um, para alem dos seus interesses partidários, corporativos ou classistas de quem as emite.

Em período de crise como aquela que vivemos e que ainda se agravará mais com as medidas de austeridade para 2012, adquire especial importância a informação e o esclarecimento à população, quer da situação (herdada do passado e com reflexos no presente e no futuro) e também das medidas escolhidas para combater a crise.
Se assim não for, os portugueses sentem que os sacrifícios exigidos são uma “vingança” deste governo e que, afinal, são piores do que o governo anterior. Ironia do nosso destino.

Infelizmente e como é próprio das democracias, logo surgem os “fazedores de opinião” que em vez de esclarecerem e unirem os portugueses em torno dos sacrifícios que nos libertem, no futuro, destas crises estruturais, acabam por nos dividir com as suas opiniões que embora sejam fruto da sua liberdade de opinião, são, muitas delas, envenenadoras e agitadoras.
Face às duras medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, de todos os quadrantes surgiram agitadores, muitos deles com enormes responsabilidades passadas ou actuais, pelos cargos que desempenham ou exerceram.Temos assistido, assim, a uma catadupa de críticas, incluindo também o incitamento a acções de contestação e protesto.

Se nos surpreendem as opiniões públicas divergentes vindas de figuras da área dos partidos do governo, já aquelas vindas de responsáveis do PS deveriam encher de vergonha os seus autores, porque esquecem-se que este partido tem muita responsabilidade pelo estado a que o nosso país chegou e que exigiu deste governo que tomasse estas medidas tão impopulares e que, garantidamente, não o fez por vingança.
Falam para contentar os seus militantes, sendo nesse aspecto pouco diferentes dos partidos mais à esquerda (PCP e BE) e agora ainda mais depois da “ajuda” dada pelo senhor Presidente da República, por este ter criticado, pública e inoportunamente, uma das medidas do Governo, enfraquecendo-o e acabando por “dar razão” a estes e aos outros agitadores.
Dos sindicatos e centrais sindicais, não seria de esperar outras atitudes, porque estas instituições precisam deste tipo de acções, para se manterem vivas, mesmo que essas reivindicações não sejam oportunas e muito menos as greves que se anunciam.
Afinal, se o país está mal, as greves ainda agravarão mais a nossa economia, como são os tristes exemplos e imagens que nos têm chegado da Grécia.

Se os responsáveis da Igreja católica têm sido prudentes nas críticas, mas sem esquecer as chamadas de atenção para as consequências nos mais desprotegidos, já o Bispo das Forças Armadas D. Januário Torgal Ferreira tem assumido, em público (e em pleno altar no dia do exército, por exemplo) e através da imprensa, afirmações e atitudes de apelo e quase incitamento à agitação social. Ficou-lhe muito mal a linguagem utilizada (por exemplo “terrorismo político”)!
Contudo, a mais radical crítica e atitude partiu dum “capitão de Abril (Vasco Lourenço) que não se coibiu de usar termos (por exemplo chamar “bando de mentirosos” aos governantes democraticamente eleitos) e dizer que o país está a viver um “PREC de direita” (lembrando-se, talvez do PREC de 1975, de má memória para os portugueses!) e incitar à desobediência das forças armadas (“se as manifestações de protesto forem reprimidas, os militares devem pôr-se ao lado das populações” – disse). É (muito) preocupante quem ainda pense assim, decorridos estes anos todos desde o 25 de Abril!

Que responsabilidades têm todos estes (tipos de) agitadores, muitos deles que tiveram o poder para evitar que o nosso país tenha chegado a este estado e nada fizeram? Contudo, a “autoridade” das suas palavras (não diria moral), veiculadas pelos canais de comunicação de grande audiência, exerce uma forte influência no povo que ouve e lê essas críticas e opiniões divergentes e, porque é menos entendido nestas questões de défice, dívida, endividamento, etc., fica confuso e revoltado. Ande-se pela rua e oiça-se o “zé povinho”, aquele que de tudo sabe e de tudo gosta de opinar, em vez de fazer um esforço para aprender.
É, por isso, facilmente influenciável por tudo que vai ouvindo ou lendo, muitas vezes de forma avulsa e, sem a preparação necessária para entender a gestão pública, sente-se desconfortável com os políticos, mesmo com aqueles que elegeu.

Os verdadeiros homens (sejam políticos, sindicalistas, etc) distinguem-se pela grandeza das acções que praticam, mas também pelas palavras que proferem e a sua oportunidade. Sem a coragem para resolver os problemas dos país, com medidas que, infelizmente , são muito duras, mas sem alternativas, o nosso futuro continuará adiado e ameaçado, mas só unidos, num grande consenso nacional que o País necessita neste período da nossa história, nós portugueses, venceremos os enormes desafios que temos pela frente.

Que cada um cumpra a sua missão!

Serafim Marques
Economista



Marque este Artigo nos Marcadores Sociais Lusófonos

Voltar

Ver Arquivo




Ligações

Jornais Comunidades

Copyright © 2009 Notícias Lusófonas - A Lusofonia aqui em primeira mão | Sobre Nós | Anunciar | Contacte-nos

edição Portugal em Linha - o portal da Comunidade Lusófona design e programação NOVAimagem - Web design, alojamento de sites, SEO