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LGDH pede aos militares para não se deixarem manipular
- 5-Sep-2003 - 15:53
A Liga Guineense dos Direitos Humanos exortou hoje as Forças Armadas da Guiné-Bissau a não se deixarem manipular pelas ameaças de "guerra sangrenta" lançadas pelo primeiro- ministro, caso a oposição vencesse as eleições.
Mário Pires, num discurso quinta-feira, em Bissorã, norte de Bissau, afirmou que o país entrará em guerra se a oposição ganhar as eleições legislativas de 12 de Outubro.
O chefe do executivo de gestão e iniciativa do presidente Kumba Ialá, candidato pelo Partido da Renovação Social (PRS) à continuidade no cargo, sublinhou que nesta "guerra" nem os caranguejos estarão a salvo, para dar a ideia de que será um conflito de extrema violência.
Para a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) "a inquietação não poderia ser maior", por constituir uma "ameaça à Nação", que acabou de emergir da trágica guerra de 07 de Junho de 1998, a qual culminou 11 meses depois na deposição do presidente João Bernardo "Nino" Vieira.
"Numa análise ponderada sobre esta situação de crise, provocada pela ausência total de sentido de Estado", a LGDH "responsabiliza o Presidente da República por quaisquer derrapagens que venham a acontecer", ao mesmo tempo que pede a "vigilância" da comunidade internacional.
A Liga exorta ainda as Forças Armadas para que "não se deixem manipular por políticos irresponsáveis".
Entretanto, a oposição em geral criticou hoje as palavras de Mário Pires.
Fonte do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) defende que "nem o próprio - Mário Pires - percebe o alcance trágico do que disse".
As palavras de Mário Pires são o "facto" político do momento em Bissau e as pessoas estão a encarar o seu discurso como uma séria ameaça à paz no país.
O primeiro-ministro está "num estado de medo puro", porque "sabe o que tem feito de mal ao povo guineense", disse o porta-voz do PAIGC, Daniel Gomes.
Para o presidente da Plataforma Unida (PU), Victor Mandinga, "as ameaças de intimidação à população" são um sinal claro de que o Partido da Renovação Social (PRS), que ganhou as eleições em 1999, pensa que vai perder as eleições.
Também o Partido de Unidade Nacional (PUN) afirmou, em declarações à Agência Lusa, que a afirmação de Mário Pires "não é mais do que a denúncia do desespero em que se encontra o poder".
A campanha eleitoral na Guiné-Bissau começa no próximo dia 19 e as eleições estão agendadas para 12 de Outubro.

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