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Portugueses salientam potencial do sector do mobiliario
- 15-Nov-2002 - 19:25
A indústria de carpintaria e de móveis brasileira está a «a agitar-se», afirmou hoje José Manuel Fernandes, presidente do Grupo português Frezite, especializado na produção de ferramentas de corte de alta precisão.
O empresário, que é também vice-presidente da Confederação da Industria Portuguesa (CIP), falou o «grande pólo da indústria de mobiliário» de Santa Catarina, para onde o Grupo Frezite transferiu as suas instalações em 2000, e onde tem actualmente os principais clientes da fábrica brasileira.
Esse pólo industrial brasileiro «está a impor-senos mercados internacionais», disse o presidente da Frezite, acrescentando que o sucesso do sector deve-se a uma forte «vocação exportadora» e a uma competitiva política de preços baixos, ganhando, desta forma, acesso aos mercados europeus e norte-americanos.
«Até para a China já exportam», ressalta o empresário.
Foi nestas unidades industriais de matérias-primas ligadas ao mobiliário e à carpintaria que a Frezite encontrou mercado para as suas ferramentas de alta precisão.
Entre os seus clientes está uma empresa do grupo português Sonae, a Tafisa. Embora «não seja dos clientes mais significativos», acrescenta.
Mesmo tendo em conta um promissor potencial industrial, a depreciação do real desaconselha actualmente investimentos no Brasil, sustenta o empresário.
«Não estamos disponíveis para realizar investimentos proximamente», disse o presidente, que actua no Brasil desde 1996. A desvalorização cambial tem «desequilibrado os investimentos» da empresa no Brasil, frisa.
Segundo José Manuel Fernandes, os projectos numa perspectiva industrial com uma forte componente tecnológica, como o da sua empresa, são especialmente penalizados quando se desvaloriza a moeda local, como aconteceu com o real ao longo deste ano.
No futuro, a unidade brasileira deverá ser capaz de ter auto- capacitação, auto-gestão e auto-financiamento, disse ainda.
«Temos que caminhar para a autonomia. É impossível depender de Portugal na actual conjuntura», sublinha.
Dentro desse esforço de «autonomização», o grupo iniciou a produção local em 2000, com a transferência das instalações para São Bento do Sul (Santa Catarina).
Até aí, a actividade da Frezite era inicialmente vocacionada para a exportação, a partir das unidades do grupo instaladas em Espanha e em Portugal.
O investimento global da Frezite no Brasil ronda 2 milhões de euros. A empresa caminha agora para o retorno do investimento.
De há oito meses para cá, a exploração começou a ser positiva, acrescenta, sempre muito cauteloso em adiantar dados que possam servir à «agressiva» concorrência brasileira.
Em Portugal, a Frezite produz ferramentas para as indústrias de metalomecânica de precisão, aeronáutica e automóvel, incluindo alguns construtores de Fórmula 1.
Além da desvalorização do real, o empresário destaca a competitividade dos concorrentes, como uma das maiores dificuldades encontradas no Brasil.
«A concorrência emerge de todo o lado», afirma o presidente da Frezite, salientando que os métodos são, às vezes, pouco leais: «Eles não medem os meios», lamenta.
Essa concorrência aguerrida exacerba a importância do fator preço dos produtos comercializados, salienta. A tal ponto que «as performances acabam por nem sempre serem tidas em conta», acrescenta.
A distribuição, vector fundamental de empresas como a Frezite, seria outro problema, sobretudo devido aos elevados custos praticados e à grande dimensão do país.
A burocracia também não tem ajudado. «O Brasil é um país onde as alfândegas são autênticas barreiras de protecção», afirma.
A Frezite viveu também «dificuldades em encontrar mão-de-obra especializada».
A solução encontrada foi enviar trabalhadores para Portugal destinados a acções de especialização em determinadas áreas.
Quanto aos atractivos resultantes da experiência no mercado brasileiro, José Manuel Fernandes destaca, além do dinamismo da indústria de mobiliário, a «excelente política das autoridades para acolherem o investimento estrangeiro».
Para o presidente da Frezite, a chave do crescimento do Brasil está no crescimento sustentado. Este empresário confia no recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva para essa tarefa: solucionar os problemas sociais do país.
Sobre o futuro da empresa no Brasil, pede crescimento, «sem surpresas na componente cambial».
O grupo Frezite possui ainda duas fábricas em Espanha, país onde actua desde 1997. Segundo o presidente do grupo, a actividade tem sido «muito bem sucedida».
A empresa espera alcançar este ano uma facturação de 10 milhões de euros. A confirmar-se este valor, representará um crescimento de mais de 8% face ao montante alcançado em 2001 (9,2 milhões de euros).
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