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Projectos humanitários precisam de 386 milhões de euros
- 26-Nov-2002 - 19:11
As agências das Nações Unidas lançaram hoje em Luanda um apelo para a obtenção de 386 milhões de euros para financiar 166 projectos de assistência humanitária de emergência em Angola em 2003.
O apelo, dirigido às agências das Nações Unidas e organizações não governamentais, visa prestar assistência a dois milhões de angolanos que sobrevivem graças a ajuda externa e a aproximadamente 3,7 milhões de pessoas vulneráveis, que se beneficiarão de programas de promoção de auto-suficiência.
Na cerimônia em que foi enunciado o apelo, o representante especial da ONU em Angola, Ibrahim Gambari, reafirmou o apoio da comunidade internacional à consolidação da paz em Angola, frisando que as actividades desenvolvidas no país constituem uma demonstração de «compromisso continuado» com o povo angolano.
«A comunidade internacional continuará a prestar apoio multi-dimensional para a consolidação da paz em Angola. A este respeito, o lançamento hoje do apelo consolidado inter-agências das Nações Unidas para a assistência humanitária de emergência, constitui mais uma demonstração do compromisso continuado da comunidade internacional com o povo de Angola», salientou Ibrahim Gambari.
«A guerra terminou e segue-se um período de paz, reconciliação nacional e reconstrução. Porém, as perniciosas consequências da guerra permanecerão até que as pessoas, com ajuda da comunidade internacional, encontrem soluções permanentes para os problemas impostos pelo grande número de deslocados, a questão da reinserção social e o reassentamento dos ex-militares da União pela Independência Total de Angola (Unita), suas famílias e refugiados», afirmou Gambari.
Segundo o representante em exercício do Programa Alimentar Mundial (PAM) em Angola, Francisco Roque Castro, que apresentou o apelo, a ONU prevê que a situação humanitária se agrave no primeiro trimestre de 2003, com o isolamento de grande número de pessoas em consequência das chuvas, sendo necessário desenvolver esforços para estabilizar as populações nas áreas onde ainda não existem condições mínimas.
Sobre as características da crise em Angola, o representante do PAM disse que 63% das famílias vive abaixo da linha de pobreza, tendo a pobreza extrema aumentado de 11,6% para 24,7%.
A taxa de mortalidade entre menores de cinco anos é a terceira mais alta do mundo, com 250 mortes por cada mil nascidos vivos, e a mortalidade infantil atinge 150 mortes por mil crianças.
Para a estratégia da acção humanitária, que visa consolidar a paz em Angola, as metas estabelecidas incidem sobre a segurança alimentar, com uma dotação de 248 milhões de euros, saúde pública (37,6 milhões), proteção e educação (13 milhões), acesso e coordenação (44 milhões) e serviços integrados (43 milhões).
O ministro da Assistência e Reinserção Social, João Baptista Kussumua, declarou que o governo já disponibilizou 120 milhões para assistência humanitária, enquanto 80 milhões serão aplicados na execução do programa de reassentamento das populações nas regiões de destino.
«A resposta da comunidade internacional a este apelo poderia contribuir para a mudança progressiva do quadro humanitário em Angola, onde milhões de pessoas ainda dependem da assistência de emergência e a criação de condições para a normalização da vida nas comunidades a curto prazo», salientou o governante.
Nesse sentido o ministro apelou para a colaboração e apoio ao governo angolano, na sensibilização de vontades e mobilização de potenciais ajudas na conferência de doadores, que será realizada no próximo ano.
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