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Feira Internacional de Luanda terá maior presença portuguesa de sempre
- 16-Jun-2004 - 22:16

A XXI Feira Internacional de Luanda (FILDA), que vai decorrer entre 12 e 18 de Julho nos arredores da capital angolana, terá a maior participação portuguesa de sempre, com cerca de uma centena de empresas.


"Será a maior presença de sempre de empresas portuguesas neste certame", afirmou Fernando Anjos, delegado do ICEP em Luanda, em declarações à Lusa, acrescentando que Portugal, "como é hábito", ocupará um pavilhão próprio na FILDA.

Esta importante representação portuguesa, já tradicional nas anteriores edições do certame, representa a vitalidade das relações económicas entre os dois países, que tem vindo a aumentar de expressão desde o final do conflito armado em Angola.

"Existe claramente um grande interesse das empresas portuguesas pelo mercado angolano e, atendendo aos projectos que já deram entrada na Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP), posso afirmar que o investimento português em Angola vai aumentar este ano", salientou Fernando Anjos.

Na edição deste ano da Feira Internacional de Luanda, o ICEP vai dedicar uma especial atenção ao sector da construção civil e dos materiais de construção, que estarão representados com cerca de duas dezenas de empresas portuguesas.

"Este ano vamos fazer uma aposta no sector dos materiais de construção", frisou o delegado do ICEP em Luanda, salientando que, no âmbito da FILDA, está prevista a realização de um seminário para a apresentação de um estudo sobre o mercado angolano neste sector.

"O estudo permitirá conhecer o que se importa, o que se produz, quais os principais concorrentes de Portugal neste sector e os sub-sectores onde se pode investir, mas também apresentará um levantamento dos custos e apontará as zonas preferenciais para o investimento", antecipou Fernando Anjos.

As empresas portuguesas representam cerca de um quinto do total de expositores da XXI FILDA, que deverá contar com cerca de 500 expositores angolanos e estrangeiros em seis pavilhões, um dos quais será exclusivamente dedicado a Portugal.

A cerca de um mês da abertura das portas, a organização da FILDA, a cargo da Associação Industrial de Angola (AIA), revelou que já estão esgotados todos os espaços disponíveis para os expositores, o que permite antecipar o sucesso do certame.

Na edição do ano passado, a Feira Internacional de Luanda gerou um volume de negócios estimado em cerca de 250 milhões de dólares, valor que a organização espera ultrapassar este ano.

Angola e Portugal são, como vem sendo hábito, os dois países mais representados na FILDA, que este ano terá como novidade entre os participantes estrangeiros a presença da França, da República Checa e da China.

A estreia da China merece uma especial atenção devido à importância da representação que terá na FILDA, com cerca de 50 empresas presentes, o que reflecte o incremento das relações com Angola que tem vindo a ser notório nos últimos meses.

As autoridades chinesas concederam recentemente um empréstimo de dois mil milhões de dólares a Angola para financiar a reconstrução do país, nomeadamente ao nível da reabilitação de pontes, estradas e caminhos de ferro.

Muitas destas empreitadas estão a ser realizadas ou lideradas por empresas chinesas, cuja presença em Angola tem vindo a crescer nos últimos meses.

No certame estarão também presentes países como Espanha, Brasil, Itália, Alemanha, Israel, Rússia, Africa do Sul, Holanda, Roménia, Austrália, Namíbia, Gana, Zimbabué, Botsuana, Cuba, Suiça, Suécia, Noruega e Moçambique, entre outros.

A feira, que contará pela primeira vez com a presença de todos os bancos comerciais que operam em Angola, terá representados os principais sectores da economia, entre os quais os dos petróleos, mobiliário, construção civil, comércio e telecomunicações.


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