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Governo surpreendido com atitude de Kumba Ialá apela à contenção
- 16-May-2005 - 16:47
O primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, manifestou-se hoje "surpreendido" com a atitude de Kumba Ialá de auto-proclamar-se Presidente da República, e pediu "contenção" a todas as partes políticas a bem do interesse do povo guineense.
Em declarações em Lisboa, onde se encontra em visita privada, Carlos Gomes Júnior afirmou que "não passa pela cabeça de ninguém tomar uma atitude destas quando estão marcadas eleições para 19 de Junho".
"Kumba Ialá é parte interessada neste processo, a sua candidatura foi admitida pelo Supremo e surpreende-me que venha agora com esta atitude", sublinhou o primeiro-ministro guineense, considerando, no entanto, que este facto não vai "influenciar em nada" a realização das eleições.
Kumba Ialá auto-proclamou-se Presidente da República domingo, alegando que a carta de renúncia que assinou três dias depois do golpe de Estado de 14 de Setembro de 2003 "não resultou de um acto de liberdade e de vontade".
"Uma vez decidido o caso no tribunal decidi dirigir-me ao povo da Guiné-Bissau para revogar publicamente a carta e renúncia e, consequentemente, reassumir o cargo de Presidente da República".
Questionado sobre se considera que a aceitação por parte do Supremo da candidatura de Kumba Ialá às presidenciais de 19 de Junho põe em causa a carta de transição, o primeiro-ministro guineense afirmou que não vai "fazer juízos de valor", pedindo apenas "contenção às partes políticas" guineenses.
A carta de transição prevê que, em caso de renúncia, o chefe de Estado não poderá candidatar-se a cargos públicos por um período de cinco anos.
Sobre se considera que esta atitude de Kumba Ialá vai gerar conflitos no país, Carlos Gomes Júnior respondeu que não porque os guineenses "são um povo maduro que já passou por várias convulsões" e está agora "empenhado na realização das eleições" para que "fique completo o ciclo de transição".
"Ninguém vai entrar em novas aventuras. Esta é a última oportunidade para a paz e estabilidade", afirmou o chefe de Governo.
Carlos Gomes Júnior destacou ainda que todos os guineenses devem "responder positivamente ao esforço da comunidade internacional, nomeadamente financeiro" para o processo de estabilização da Guiné- Bissau.
Neste sentido, o primeiro-ministro guineense alertou para o facto de a comunidade internacional estar a condicionar a ajuda ao país à realização das eleições presidenciais de 19 de Junho e afirmou que "é preciso deixar de lado interesses pessoais e pensar nos interesses do colectivo".
Carlos Gomes Júnior pretende cumprir a sua visita privada a Portugal, que inclui encontros com o Presidente e primeiro-ministro portugueses, Jorge Sampaio e José Sócrates, respectivamente, mas que ainda não estão agendados.
Hoje, já se reuniu com o secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Luís Fonseca.
Após a visita a Portugal, Carlos Gomes Júnior tinha previsto partir terça-feira para Moçambique para uma visita oficial.

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