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Apoiantes de Kumba Ialá dispersados pela Polícia
- 18-May-2005 - 9:03
Kumba Ialá, bem como cerca de 300 dos seus apoiantes, foram, ontem, obrigado a ficar em casa. A Brigada de Intervenção Rápida lançou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que, a partir da moradia do autoproclamado presidente, pretendiam seguir para o centro de Bissau. Não há registo de feridos nem de prisões, embora o confronto - que envolveu também alguns dirigentes do PRS - tenha feito aumentar o receio da população que, entretanto, abandonou as ruas da capital. A anunciada manifestação de apoio a Ialá foi não só proibida pelo Governo como "desaconselhada" pelo significativo dispositivo de segurança, sobretudo de elementos da Brigada de Intervenção Rápida.
Pacífica foi a marcha de mais de 15 mil estudantes guineenses que, ontem de manhã, percorrerem as ruas de Bissau, numa iniciativa de carácter pacífico e de apelo à concórdia e à tolerãncia. A iniciativa, que teve como objectivo apelar à paz no país, foi considerada como a maior manifestação alguma vez organizada por jovens na Guiné-Bissau.
Entretanto, enquanto em Lisboa o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, garantia que as forças de segurança, incluindo os militares, "não vão permitir que Ialá viole a lei", em Bissau, o presidente Henrique Rosa garantia que o país vai ter eleições a 19 de Junho e que não haverá lugar para golpes ou autoproclamações.
A forte posição do Governo e da Presidência contra as ameaças de Ialá ficou a dever-se, segundo fontes guineenses contactadas pelo JN, à garantia da comunidade internacional de que, caso seja necessário, tomaria as medidas mais adequadas para que o processo político continuasse com normalidade.
Também os países da comunidade lusófona, com quem Gomes Júnior terá tido intensos contactos nas últimas horas, garantiram ao Governo guineense que as forças militares conjuntas da CPLP, que desde 1999 participam nos exercícios "Felino" (que visam dar resposta a conflitos nos países constituintes), poderiam entrar em acção caso fosse necessário.
Do ponto de vista político, Kumba Ialá está igualmente isolado, somando-se as vozes dos que interna e externamente entendem que não é altura para novas aventuras.
Pedra fundamental no desenvolvimento da crise guineense continuam a ser os militares, bem como os países vizinhos, casos do Senegal e da Guiné-Conacri. Todos eles estão, nesta altura, em silêncio. Relevante é igualmente o facto de o Conselho de Segurança da ONU ter manifestado o seu apoio a Henrique Rosa e a CEDEAO ter aconselhado moderação.
Ao que tudo indica, apesar de as Forças Armadas terem uma conhecida simpatia por Kumba Ialá, garantiram que até às eleições vão subordinar-se ao poder civil instituído.
Isso significará, de acordo com os adversários de Ialá, que a crise terá sido apenas adiada. Ou seja, os militares vão ver como decorre a eleição, quem vai ganhar e depois dirão de sua justiça.
"Atentado contra a tolerância"
O porta-voz do Partido da Renovação Social (PRS) guineense qualificou de "flagrante violação das regras do Estado democrático e um atentado contra a tolerância política" a intervenção policial para dispersar apoiantes do ex-presidente Kumba Ialá que pretendiam manifestar-se pelas ruas de Bissau.
"Isto é um perigo. É uma derrapagem da democracia que pode trazer graves consequências para o país", afirmou Joaquim Baptista Correia, em declarações aos jornalistas na Av. 14 de Novembro, onde a Polícia lançou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar cerca de 150 apoiantes de Kumba Ialá que se dirigiam para o centro da cidade para iniciar uma manifestação que não fora autorizada pelo Ministério do Interior.
O porta-voz do PRS acrescentou que a Direcção do partido vai em breve decidir que posição tomar sobre estes incidentes.
Entretanto, membros da direcção do PRS e do Movimento "Kumba a Presidente" montaram o seu quartel-general na residência do autoproclamado presidente, prevendo-se que hoje possam apresentar novas formas de luta.
Fonte; Jornal de Notícias/Orlando Castro

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