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  CPLP
Mocumbi perdeu corrida
para a Direcção da OMS

- 28-Jan-2003 - 11:24


CPLP deve reflectir sobre o que, como comunidade, não fez para ajudar o primeiro-ministro de Moçambique


O candidato sul-coreano Joon Wook Lee foi hoje eleito em Genebra como próximo director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), tendo vencido na eliminatória final o belga Peter Piot por 17 votos contra 15.
Para trás ficaram os candidatos moçambicano Pascoal Mocumbi, mexicano, Júlio Frenck, e egípcio, Ismail Sallam, derrotados em sucessivas votações. Ruíram as esperanças de todos quantos, em português, se deviam entender. Mais uma vez, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa mostrou que navega à vista e que não passa de um somatório de países. O que é pena.

Actual director do Programa da OMS de luta contra a tuberculose - Stop TB" -, Joon Wook Lee substituirá a norueguesa Gro Harlem Brundtland à frente da organização, a partir de 20 de Julho.

Após terem participado ontem numa sessão de perguntas e respostas, os cinco candidatos submeteram-se à votação dos 32 representantes dos países que integram o Conselho Executivo da OMS, num sistema de eliminatórias.

Na primeira volta da votação foi eliminado o candidato egípcio Ismail Sallam, na segunda o candidato mexicano Júlio Frenck e na terceira o moçambicano Pascoal Mocumbi, que recebeu apenas sete votos dos 32 possíveis.

MOÇAMBICANOS VIBRARAM COM A CANDIDATURA

Contrariamente à habitual indiferença em relação a grande parte dos eventos internacionais, os moçambicanos, principalmente os dos sectores mais esclarecidos, não disfarçaram a sua ansiedade e expectativa sobre a eleição para director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O facto de o actual primeiro-ministro de Moçambique, Pascoal Mocumbi, 62 anos, ser um dos quatro concorrentes ao posto, rompeu com o tradicional alheamento dos moçambicanos a acontecimentos do género.

À parte do natural sentimento patriótico pelo facto de Mocumbi ser um dos candidatos a director-geral da OMS, os moçambicanos viam vantagens numa provável eleição do ainda primeiro-ministro de Moçambique para o cargo.

Era opinião quase unânime entre os moçambicanos que a eventual vitória de Pascoal Mocumbi iria ajudar a consolidar o prestígio de Moçambique na arena internacional, conquistado com a forma tranquila como o país está a introduzir profundas reformas nos campos político, económico e social.

Os moçambicanos acreditavam também que, com Mocumbi naquele cargo, Moçambique, em particular, e a África subsaariana, em geral, poderiam angariar mais meios para fazerem face ao preocupante quadro que apresentam na área da Saúde, caracterizado por elevados níveis de incidência de doenças como o HIV/Sida, malária e cólera.

TAMBÉM UMA (MAIS UMA) DERROTA PARA A LUSOFONIA

Pena é que a motivação dos moçambicanos não fosse, salvo raras e esporádicas manifestações, partilhada por todos os países da CPLP e, até, pela própria organização.

Pascoal Mocumbi nasceu na capital do país, Maputo, tendo aí feito parte dos seus estudos primários que concluiu em Inharime, província de Inhambane, terra natal dos seus pais.

Obteve a licenciatura em Medicina em 1973, pela Universidade de Lausana, Suíça, tendo trabalhado, após a sua graduação, no Hospital Saint Loup, também na Suíça, até 1975, ao mesmo tempo que se especializava em internato geral (cirurgia, obstetrícia, medicina e pediatria).

De regresso a Moçambique, após a independência, em 1975, Pascoal Mocumbi ocupou vários cargos de direcção no campo da saúde, nomeadamente os de director-geral nos hospitais Central de Maputo, o maior do país, e José Macamo, também da capital.

Pascoal Mocumbi foi ainda director provincial de Saúde em Sofala, centro do país, ministro da Saúde (1980/86) e ministro dos Negócios Estrangeiros (1987/94).

No seguimento das primeiras eleições gerais e multipartidárias na história do país, realizadas em 1994, ganhas pelo seu partido, a Frelimo, Pascoal Mocumbi foi indicado para primeiro-ministro, cargo a que foi reconduzido na sequência da segunda vitória eleitoral em 1999.

Pascoal Mocumbi fala, lê e escreve fluentemente português, francês e inglês e entende facilmente espanhol, bem como txopi e changane, duas das mais de 16 línguas moçambicanas.

A derrota de Pacoal Mocumbi é, convém dizer e nunca esquecer, também uma derrota da Lusofonia. Uma das muitas que se vão seguir, caso não se dê a volta a tudo isto a que chamam Lusofonia mas que, de concreto, passa ao lado dos 220 milhões de cidadãos que em todo o Mundo falam português.

MANUEL GILBERTO

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