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União Africana defende exclusão de Kumba Ialá
- 26-May-2005 - 22:39
«Quem quer que seja que aja de forma contrária à democracia tem de levar uma lição», afirma Olusegun Obasanjo
O presidente da União Africana (UA) afirmou hoje que Kumba Ialá devia ser "excluído" das eleições presidenciais de Junho na Guiné-Bissau por ter tentado, sem sucesso, dar um golpe de Estado na madrugada de quarta-feira. A posição de Olusegun Obasanjo, que é também chefe do Estado da Nigéria, foi revelada numa entrevista que concedeu à Rádio França Internacional (RFI), em Paris, e retransmitida pelos serviços portugueses desta estação captada em Bissau. (Todos os desenvolvimentos na secção Guiné-Bissau)
Na entrevista, Obasanjo foi claro ao afirmar que, pelo que Kumba Ialá fez, uma tentativa abortada de golpe de Estado, este devia simplesmente ser "banido" da corrida presidencial.
O chefe de Estado nigeriano frisou que, no entendimento da UA, a data das presidenciais deve ser mantida.
As declarações de Obasanjo contrariam as que têm sido defendidas publicamente pelo chefe do Estado do Senegal, Abdoulaye Wade, que preconiza o adiamento do escrutínio por "dois ou três meses" devido a uma alegada "falta de condições técnicas".
Na entrevista, o líder da UA lembrou que, quando esteve em Bissau, no passado sábado, aconselhou Kumba Ialá que não fizesse o que acabou por fazer, ou seja "a ocupação das instalações da Presidência da República" guineense.
Obasanjo sublinhou que não pretende voltar a encontrar-se com Kumba Ialá, pois argumenta que já lhe disse tudo o que havia para dizer, sobretudo no que toca ao posicionamento da UA em relação às suas pretensões políticas.
"Não sei se Kumba Ialá se apresentará às eleições, mas espero que ele seja castigado e aprenda a lição", disse Olesegun Obasanjo, tido ultimamente, na zona oeste africana, como o "guardião da democracia".
Sábado último, numa cimeira em Bissau, Obasanjo e Kumba Ialá mantiveram uma acesa discussão em frente de dezenas de personalidades, com o líder da UA a referir-se ao ex-chefe de Estado como "candidato", ao que o segundo respondia sempre que era "presidente".
A discussão terminou com Obasanjo claramente contrariado a levantar-se da mesa de negociações e a abandonar de imediato Bissau, sem prestar as tradicionais declarações à imprensa, deixando a Wade a tarefa de convencer Kumba Ialá a desistir da ideia.
Segundo o líder da UA a atitude de Kumba Ialá é contrária à democracia, pelo que, defendeu, o ex-chefe de Estado guineense devia ser punido, "mesmo judicialmente".
"Quem quer que seja que aja de forma contrária à democracia tem de levar uma lição", afirmou Obasanjo.
Ainda hoje, em conferência de imprensa na sua residência privada, na capital guineense, Kumba Ialá, manteve que é o chefe de Estado da Guiné-Bissau, mas assumiu-se também como candidato às presidenciais de 19 de Junho.

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