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Para o Governo português a Lusofonia é igual a zero
- 27-Jun-2005 - 0:19
Sócrates faz o que Soares fez com o socialismo: meteu na gaveta algo que respeita a 220 milhões de cidadãos
Talvez porque, como diz o Ministro da Defesa e antigo Secretário de Estado da Cooperação, Luís Amado, "a governabilidade do país e a própria independência nacional correm perigo”, o Governo de José Sócrates mandou a Lusofonia para o mesmo sítio onde, em tempos, Mário Soares guardou o socialismo: a gaveta. Contactado pelo NL, o Executivo socialista respondeu em 28 de Março dizendo: “Acusamos a recepção da sua mensagem e informamos que a mesma foi reencaminhada para o Ministério dos Negócios Estrangeiros”. Até hoje foi tudo quanto conseguimos saber. Se a incompetência pagasse impostos, a equipa de Sócrates tinha o problema do défice resolvido.
Por Jorge Castro
Portugal escolheu a via europeia e, sem que a isso fosse obrigado, esqueceu outra solução que, podendo não ser alternativa, seria com certeza complementar: a Lusofonia. Agora não se pode queixar. É claro que ainda não perdeu o mercado lusófono, sobretudo em África, mas tudo indica que a noção estratégica de Lisboa se limita a procurar uma luz ao fundo do túnel... europeu.
A cruzada socialista contra o défice parece mais a reacção do mau perdedor do que a de um consciente vencedor. Ou seja, tudo estará bem enquanto o mal só estiver na casa do vizinho. Que fizeram, ou o que fazem, os socialistas para contrariar a perda de influência junto dos países da CPLP? Que saída apontam, sem ser a de querer um lugar cativo debaixo do guarda-chuva de Bruxelas?
No contexto europeu, Portugal está condenado a ser derrotado por quase todos os parceiros. Resta-lhe, para evitar um «KO» no primeiro assalto, não comparecer ao combate... por razões de força maior. É que aos portugueses, esse nobre povo que em tempos (recordam-se?) ajudou a dar novos mundos ao Mundo, interessa mais a qualidade e o preço do que o patriotismo do rótulo.
Serão, aliás, muito poucos os que reparam se as cebolas, batatas e similares são «made in Portugal». E mesmo que reparem, fazem contas. E essas são, diga-se sem temor, favoráveis a todos os outros.
E não foi isso que Portugal escolheu? O mercado é livre e o resto são cantigas. Não é possível ser europeu para receber fundos e, agora, querer ser simplesmente português porque chegou a altura de pagar a factura.
A transversal hipocrisia
Não se pense, contudo, que só os socialistas são oportunistas. Veja-se o caso de Luís Filipe Menezes, actual presidente da Câmara de Gaia (cidade junto ao Porto), e candidato derrotado à liderança do PPD/PSD.
Há quase um ano Menezes defendeu que o Governo português deveria criar um Ministério para a Lusofonia, independente do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Defendeu e depois fechou-se em copas.
"Espero que o próximo primeiro-ministro tenha a atitude de criar um Ministério para a Lusofonia. Qualquer cidadão que viva em Portugal e fale português é português, pelo que devemos assumir a grandeza da lusofonia", afirmou o camaleónico autarca.
Falando, na altura, ao lado de Eusébio da Silva Ferreira, Menezes garantia que “a nossa pátria é a lusofonia” e que Portugal não começa nem acaba na Europa, pelo que o futuro do país passará por assumir a lusofonia em termos políticos e sociais, defendendo por isso "a naturalização de todos aqueles que queiram ser portugueses".
O silêncio a que se remeteu depois destas afirmações, mesmo quando instado a desenvolver a ideia, leva a crer que Menezes se arrependeu, apesar de nobreza da ideia, de mais uma vez ter passado um atestado de menoridade aos lusófonos.

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