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  Entrevista
Em busca de um sonho: ser jornalista
- 4-Feb-2003 - 12:06

A maioria dos estudantes que frequentam cursos superiores de Comunicação Social, Ciências da Comunicação ou Jornalismo queixam-se de que os programas curriculares são “demasiado teóricos e pouco práticos”, como afirmou José Peixe, jornalista há 15 anos no jornal “A Capital”, no decorrer do 3º Congresso de Jornalistas Portugueses em 1998.


José Peixe é da opinião de que embora saibamos que a teoria também é importante na formação académica dos futuros jornalistas profissionais, convém sublinhar que “a vertente prática faz falta a todos aqueles que pretendem ingressar nas redacções dos jornais, revistas, rádios ou televisões”.

É importante o saber mas o mais importante ainda é o saber fazer, que leva a que muitos estudantes de jornalismo procurem um estágio e enviem os currículos para os órgãos de comunicação social do nosso país.

O jornalista acrescentou ainda que algumas empresas aceitam que muitos alunos finalistas façam o estágio nas suas redacções e que essas mesmas descobriram aqui “a galinha dos ovos de ouro”, pelo facto de não terem quaisquer encargos financeiros com esses estagiários sabendo, ao mesmo tempo, que trimestralmente podem contar com novos candidatos.

Marta Rangel, estudante de jornalismo, esteve a estagiar 7 meses na rádio Horizonte Tejo. “Ao início, era escrever apenas umas noticiazinhas para a directora de informação corrigir. Depois comecei a ir para a rua recolher sons, fazer pequenas entrevistas, pequenas reportagens e um estágio que era para ser de 3 meses passou a ser de 7 meses. Fiquei 7 meses a trabalhar de graça”.

Para a rádio o trabalho desta estagiária era rentável mas para a estudante de jornalismo tornava-se difícil a adaptação a essa nova experiência. “Ninguém me ajudava. O patrão também não ajudava...nem sequer é jornalista...simplesmente é um dos donos da rádio”.

Mas o pior estava para vir. Além das tarefas habituais, Marta acabou também por ficar responsável pela informação aos domingos. “Era da minha inteira e absoluta responsabilidade, até porque ao domingo não estava mais ninguém naquela rádio. Acabei por desistir porque não tinha quem me ajudasse a fazer o trabalho”.

O Dr. Serra Pereira, representante do Gabinete Jurídico do Sindicato dos Jornalistas, é da opinião de que muitas empresas jornalísticas impõe aos estagiários curriculares as “obrigações de um contracto de trabalho de um jornalista profissional” acrescentando que não sendo um emprego remunerado, se trata, por isso, de um “trabalho escravo”.

Segundo o doutor, a solução para este problema residiria na consciencialização do papel social que têm os jornalistas. “A prática de importar um estagiário de jornalismo que não tem conhecimento das regras da profissão nem das suas obrigações e responsabilidades não deve ser aceite”. Na opinião de Serra Pereira, o aprendiz de jornalista poderá praticar jornalismo mas, em regra, “não destinado à publicação directa”.

Contudo, existem, situações em que os estagiários não mostram ter quaisquer razões de queixa, apesar de algumas das dificuldades que encontram na adaptação ao estágio.

É o caso de Joana Santos, estudante no curso de Jornalismo, que estagiou no Diário de Notícias de 15 de Abril a 15 de Julho de 2001.

Começou por adaptar-se bem ao ambiente do jornal. “Meteram-me logo no primeiro dia completamente à vontade. Só conheci o editor e as pessoas da redacção. Disseram que podia ir embora e voltar no dia seguinte”.

No primeiro dia de trabalho, Joana aprendeu a fazer as tabelas das audiências e a mexer no sistema informático do jornal. “Eles ajudavam-me, dizendo o que é que eu tinha feito bem e mal e davam-me conselhos relativamente a questões mais práticas”.

As dificuldades desta estagiária prendiam-se com questões técnicas como a falta de computadores. “Se os computadores estivessem vazios íamos para lá. Caso contrário, se alguém que costumasse trabalhar aí chegasse, tínhamos de sair e ir para outro lugar”.

Mas, num futuro próximo, Joana adoraria poder voltar para o Diário de Notícias porque, no seu entender, “da maneira que as coisas estão, qualquer coisa que venha já é muito bom”.

A pensar assim, muitos estudantes desta área enviam os seus currículos com esperança de poderem ganhar experiência profissional, arriscando-se a saltar de estágio em estágio até serem admitidos no mercado de trabalho. Muita insegurança e falta de apoios legais no acesso à profissão são realidades na vida de quem quer seguir jornalismo em Portugal.

Dinis Miguel Costa

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