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FpD exige solução pacífica para Cabinda
- 18-Aug-2005 - 22:24
«O luto, o clima de terror, a opressão são os aspectos dominantes da situação em Cabinda. É o que a governação consegue aplicar num espaço económico rico, incapaz de dar solução ao penoso "caso Cabinda", onde a guerra persiste. As questões de natureza económica agravam-se de tal modo que apenas sob ameaça conjunta da Polícia de Intervenção Rápida, PIR, de atirar os trabalhadores para o mar (!!!), as ameaças de despedimento dos dirigentes do Ministério dos Petróleos e da acção judicial intentada pela Chevron Texaco no Tribunal Provincial a requerer a ilegalização da greve, a greve dos trabalhadores da CABGOC pode ter sido paralisada.»
«Quanto a questão política, contrariamente ao que o Presidente da República defendia há três anos nos Estados Unidos da América, “o programa da pacificação e a ampliação do diálogo” nem sequer chegaram a tomar forma no papel, pois, a aposta na guerra, na operação “Cobra e Vassoura”, orientou a visão e o pensamento do nosso “arquitecto da paz”, que vem implementando uma acção militar de tipo colonial, com cerco à populações inteiras.
Ao Governo do partido da situação só interessa o assalto às riquezas naturais, para enriquecimento do seu grupo, com desprezo para a necessidade de desenvolvimento e progresso sócio-cultural da região. Essa política do "P" que só significa "Petróleo" e não "pessoas, povo ou população" só sobrevive através do poder ditatorial do partido da situação, o que tem significado para as populações civis, mais terror, intimidações no trabalho e até de trabalhar, fome, detenções ilegais, torturas e tratamentos desumanos e degradantes, abusos sexuais, enfim, violações sistemáticas dos direitos humanos e crimes contra a humanidade, onde mulheres e crianças não são poupadas.
Por isso, a FpD vai continuar a apelar as partes em conflito, em Cabinda, para cessarem imediatamente as hostilidades e encetarem com todas as outras forças políticas, cívicas, religiosas e autoridades tradicional um diálogo político sério, conducente ao desarmamento e à paz. Neste sentido a FpD considerou positivo a criação, no ano passado, do Fórum Cabindês para o Diálogo e o seu mandato de engajar-se nas negociações de paz a todo o momento com o Governo de Angola e encoraja o Governo a engajar-se igualmente na busca da paz, bem como a cumprir estritamente a Declaração Universal dos Direitos Humanos e as suas obrigações enquanto parte do Protocolo Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos. Só a Paz dá luz verdadeira a todo povo para traçar o verdadeiro caminho da emancipação.
A FpD quer a mudança em Cabinda, quer ser força de mudança no País. Por isso,. a FpD pensa que o povo firme de Cabinda não deve dar o "ouro ao bandido” permitindo que só os partidários da situação votem. Deve afirmar, através do voto, uma vontade política de mudança! A FpD vai continuar a lutar ao lado de todas as forças e individualidades que em Cabinda defendem a Democracia, o Estado de Direito Democrático, a República, o Desenvolvimento e Progresso Sócio-Cultural o Direito à Expressão Regional e se demarquem da política de assalto, enriquecimento individual e repressão promovida pelo poder do partido da situação.
A FpD deplora profundamente os incidentes que vêem ocorrendo em Cabinda com a nomeação de D. Filomeno Vieira Dias para bispo da diocese de Cabinda e que já levam ao encerramento da Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e à suspensão do seu pároco, o Padre Jorge Casimiro Congo, e expressa a sua veemente condenação pelos actos de violência, frustrados ou perpetrados, contra D. Damião Franklin, Arcebispo de Luanda e presidente da CEAST, D. Ângelo Becciu, representante da Santa Sé em Angola, D. Eugénio Del Corso, administrador da diocese de Cabinda e ainda do Padre Jorge Casimiro Congo, pároco da Igreja da Nossa Senhora da Imaculada Conceição. A justiça social, capaz de emancipar um povo, conquista-se através de uma luta cívica persistente, coerente, corajosa, com recurso ao diálogo, e através de lideranças incorruptíveis e com visão de desenvolvimento. O caminho certo é o Mpalabanda, a luta das mulheres e dos grevistas da Chevron.
A FpD apela à CEAST e ao Clero de Cabinda a agirem com prudência e ponderação no sentido de solucionarem com sabedoria esta situação que atinge não apenas os católicos e os residentes em Cabinda, mas de um modo geral todos nós, e que contribui de sobremaneira para o agravamento da situação política em Cabinda, expresso, quer pelo aumento de efectivos do PIR nas ruas e junto das principais instituições religiosas, quer no estado de prisão quase domiciliar que impende sobre todo o clero de Cabinda, quer ainda nas detenções e espancamentos que têm sido alvos jovens suspeitos de estarem ligados aos incidentes, desenvolvendo uma atmosfera tendente a fazer retroceder as conquistas de liberdade alcançada pelo povo impondo medo e a tristeza.»

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