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«Decisão do Supremo foi tendenciosa, mas respeito-a», afirma Sanhá
- 20-Aug-2005 - 22:00
Malam Bacai Sanhá, candidato derrotado nas presidenciais guineenses, considerou hoje que a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) quanto ao recurso que apresentou naquela instância foi tendenciosa, embora "a respeite em nome da paz, democracia e sossego".
Em declaração à imprensa e perante cerca de cinco centenas dos seus apoiantes, Bacai Sanhá afirmou que o Supremo Tribunal de Justiça teve uma actuação tendenciosa na apreciação do seu recurso, beneficiando "interesses estranhos aos guineenses".
"Somos legalistas, somos democratas e respeitadores dos órgãos da República, vamos acatar a decisão tendenciosa do Supremo Tribunal, mas jamais reconheceremos Nino Vieira como o vencedor destas eleições", disse Malam Bacai Sanhá.
O candidato apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder) afirmou ainda que o Acórdão divulgado sexta-feira pelo STJ "é o culminar de uma conspiração" contra os "verdadeiros anseios" dos guineenses.
Denunciando os argumentos de extemporaneidade e improcedência evocados pelos juízes do STJ para chumbar o recurso de Bacai Sanhá, o candidato do PAIGC afirmou que quando decidiu avançar para este órgão não estava à espera de "ganhar a qualquer preço, mas sim que a justiça seja feita".
Mesmo com a decisão do supremo, Bacai Sanhá afirma-se com a convicção reforçada de que foi o verdadeiro vencedor da segunda volta das presidenciais.
"Por isso, não reconhecemos, nem hoje e nem amanhã, o general Nino Vieira como o presidente eleito nas urnas pelos guineenses", indicou Bacai Sanhá, prometendo a continuação da "luta democrática".
"É esta a nossa decisão. Mas, também apelamos aos nossos apoiantes, que sabemos serem muitos, a que tenham confiança em nós de que tudo faremos pela irreversibilidade da democracia" na Guiné-Bissau, frisou.
Depositando esperança numa justiça divina, Bacai Sanhá sublinhou que "Deus um dia fará justiça" em relação ao processo eleitoral na Guiné-Bissau, para que se saiba o que, realmente, se passou na Comissão Nacional de Eleições (CNE) e no STJ.
Por fim, Bacai Sanhá agradeceu aos partidos políticos que apoiaram a sua candidatura e à comunidade internacional (CEDEAO, União Africana, União Europeia e a CPLP) pelos apoios prestados ao processo de transição no país, que culminou com a realização de eleições presidenciais de 24 de Julho.
No entanto, sublinhou não admitir imposição, ameaça ou chantagem de ninguém, mostrando-se, contudo, aberto ao diálogo para a busca de soluções perante o que definiu como "crise pós-eleitoral" na Guiné-Bissau.
Por seu lado, Carlos Gomes Júnior, líder do PAIGC e primeiro-ministro guineense, convidou os juízes do STJ a se demitirem "imediatamente" das suas funções, alegando que "traíram a esperança do povo".
"Se não, somos levados a crer que afinal Kumba Ialá (ex- presidente guineense entre 2000 a 2003) tinha razão quando destituiu os juízes que lá estavam, alegando que não serviam os interesses deste povo", afirmou Carlos Gomes Júnior.
O líder do PAIGC disse ainda que, por tudo o que se passou até a "eleição fraudulenta" de Nino Vieira, este jamais será considerado pelo partido que dirige como presidente da Guiné-Bissau.
"O nosso presidente e presidente eleito dos guineenses é e será o camarada Malam Bacai Sanhá", afirmou Carlos Gomes Júnior, para quem é preciso cerar fileiras contra "os perigos" que disse Nino Vieira e "os seus lacaios" representam para o país.
"Estão aí com dinheiro para corromper a consciência dos guineenses. É uma perspectiva de retrocesso para o nosso país que aí vem", concluiu Carlos Gomes Júnior, debaixo de um forte aplauso das cerca de cinco centenas de militantes do seu partido que assistiam à conferência de imprensa no salão Amílcar Cabral, na sede nacional do PAIGC, em Bissau.

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