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Nem Soares nem Cavaco
e muito menos os outros

- 29-Oct-2005 - 17:07


Portugal ganharia mais com um sistema monárquico constitucional do que com este sistema semi-presidencialista (?), afirma Eugénio Costa Almeida

Portugal entrou em pleno na pré-campanha eleitoral para as presidenciais. Neste momento, e confirmadamente, perfilam-se cinco candidatos a Belém: Quatro da zona esquerda e um do flanco centro-direita. Todavia, há uns quantos que ainda sonham poder estar, em 2006, estampados no pequeno boletim que irá ser manuseado por uns quantos milhões e onde será colocada a santa e milagreira cruz que levará o vencedor para as margens do Tejo. Mas são os cinco mais que putativos candidatos que hoje aqui estão em análise.


Por Eugénio Costa Almeida (*)

Em primeiro quero deixar bem claro que não estarei entre os tais milhões que colocarão a cruzinha. Não porque não me identifique com algum dos candidatos – e não me identifico – mas por motivos meramente pessoais que se prendem com a minha posição nacionalista e, porque defendo que Portugal ganharia mis com um sistema monárquico constitucional do que com este sistema semi-presidencialista que ninguém – repito, ninguém – cabalmente esclareceu o que realmente é e o que efectivamente consiste.

Uma coisa é o que se escreve na Lei Fundamental – as delimitações constitucionais de cada entidade político-governativa – outra o que a prática sustenta. E Portugal já tem tido casos do que não é ser presidente e casos do que é ser presidente-rei.

Mas, voltemos aos mediáticos candidatos e o que eu penso, porque é isto o que aqui estou a fazer: dar a minha posição de comentador e analista.

A esquerda apresenta-se fragmentada em quatro candidatos, dois dos quais da mesma família política; a direita – ou centro-direita como alguns se gostam de arrogar – com um único, pelo menos visível, candidato.

Ora, acreditem que sustento a posição anteriormente dita, – apesar de estar numa situação semelhante aos portugueses emigrantes que também não podem votar nos seus candidatos presidenciais e ainda que possa constitucionalmente votar, não o farei, – não me vejo a votar nesta eleições presidenciais e por duas razões a apontar:

Mantenho uma posição de princípio de só colocar um voto “cruzado” em eleições autárquicas; os citados candidatos não me inspiram qualquer tipo de apoio e pelas razões que a seguir enumero:

a. Apesar de respeitar a sua linha interventora que, na maioria das vezes, é bastante clara, correcta e concisa, não me identifico com a esquerda radical muito bem personalizada em Francisco Louça, um economista duro e axiomático;

b. Muito menos me veria a colocar uma cruzinha numa esquerda ortodoxa, decrépita e gravitativa à volta e um simpático e populista operário sindical que, sabemos muito bem que só se candidata – como tem sido sempre timbre do PCP desde Octávio Pato – para manter um canal aberto junto do povo durante as eleições, desistindo sempre à boca das urnas no candidato de esquerda mais próximo ou que melhor se identifique, mesmo que para isso tenha de engolir enormes sapos;

c. Manuel Alegre, independentemente de parecer o melhor aglutinador que a esquerda poderia desejar – e por isso mesmo, porque não sou de esquerda estou à vontade para fazer esta afirmação – carece de uma forte sustentação mediático-partidária. No entanto, é neste antagonismo que o candidato e os seus apoiantes se ampararam. Aparecer como o candidato da surpresa e da união supra-partidária, sem esquecer – e impedir de o fazerem quem assim o desejar –, que é, assumidamente, um candidato de esquerda; aquela esquerda que deseja uma segunda volta para juntar à sua volta os desiludidos e os derrotados da primeira;

d. O candidato da manutenção e o antagonismo – o presidente-rei – aparece aos olhos de muitos não como um candidato do consenso mas como o candidato da desforra e da vingança sem respeito pelas amizades e pelas palavras que, entretanto, terá eventualmente e em tempo próprio proferido. De facto, o candidato oficial – e aqui começa o paradoxo destas eleições, as presidenciais são homo-nominais e não partidário-nominais – do Partido Socialista, mais parece um putativo candidato a ser destruído pelo voto – e com ele toda uma geração e toda uma eventual sucessão soarista – que um aglutinador de opiniões e de unanimidades. É, claramente, uma escolha por falta de candidatos; e Mário Soares, no início, admitiu isso mesmo que não via ninguém que pudesse travar o candidato do tabu, o candidato da direita;

e. E este é a quinta e última razão para também não apostar nas eleições presidenciais portuguesas. Para mim, Cavaco Silva não surge como o candidato natural do centro ou da direita portuguesa mas como alguém que uns quantos querem aproveitar para voltar a uma posição social e político-partidária que perderam. Vêem no candidato um veículo para retomar o galarim que perderam, a oportunidade de poderem ligar para o papai ou para a mamã e dizerem que são ministros. Porque é isto que alguns esperam: que Cavaco ganhe as eleições, demita o Governo e constitua governos de iniciativa presidencial como aqueles que o presidente da sua Comissão de honra protagonizou com os resultados claramente visíveis e recordáveis.

Ou seja, como não sou de esquerda, pelo menos nesta esquerda gravitacional que se conhece, não apoio nenhum dos candidatos; por outro lado não reconheço qualidades presidenciais a Cavaco Silva para que se justifique um eventual volte-face e poder “dar” o meu apoio – que ele bem dispensa, eu sei.

Porque se não vejamos.

As sondagens variam entre uma clara maioria à primeira volta e uma clara vitória à segunda volta. Mas alguém, no seu perfeito juízo, acredita que a direita ganhará, alguma vez, umas eleições presidenciais em Portugal? Mas alguma vez o PSD – que apoia claramente o Professor – obteve, mesmo nas maiorias absolutas e admitindo o somatório dos votos do CDS, uma maioria clara superior aos 49%?

Por outro lado não reconheço Cavaco Silva como o representante do centro e da direita democrática portuguesa, mas um representante do populismo retrógrado e oportunista. E com ele a sensação que muitos têm e terão de… à falta de melhor, engulamos este “sapo”. E aqui compreendo a posição de alguns críticos desta ala política: a necessidade de aparecer uma figura aglutinadora que conglomere e não um representante daqueles que vêem num qualquer candidato uma oportunidade de destaque e de distinção político-social.

Basta ver quem apoia quem.

E isto é igual para a esquerda que parece estar órfã de uma personalidade consensual que junte as tendências, apesar ainda que pareça haver uma que pode fazer a diferença; mas não esqueçamos que é um homem coronariamente debilitado.

(*) Mestre em Relações Internacionais e Doutorando em Ciências Sociais


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