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Jonas Savimbi
- 21-Feb-2003 - 10:00
Há um ano escrevi, a propósito da morte do Presidente da UNITA, o texto que agora volto a apresentar. Depois da publicação dessa opinião sofri, sofro e certamente continuarei a sofrer, represálias, sobretudo profissionais. Há quem não entenda que, afinal, Portugal é (embora cada vez menos) um país que tem liberdade de opinião. Do mesmo modo há quem não entenda que eu sou o que sou e não o que eles querem que eu seja.
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O Povo Angolano, Angola, África e todos os que pugnam pelos ideais de liberdade e democracia no Mundo, estão de luto. Luto por diversas razões.
O Dr. Jonas Malheiro Savimbi, Presidente da UNITA, tombou heroicamente em combate! Tombou heroicamente em combate o meu Presidente.
Tão heroicamente que as Forças Armadas de Angola (ou pelo menos parte delas) tiveram necessidade de O humilhar... mesmo depois de morto.
Trataram o meu Presidente como um cão raivoso, como um trofeu de caça. Até na morte Jonas Savimbi atemorizou os militares de José Eduardo dos Santos. Estivesse João de Matos no comando e nada disso teria acontecido. Os adversários, ou até mesmo os inimigos, merecem respeito. E isso não aconteceu. As FAA não humilharam Jonas Savimbi, humilharam uma grande parte do Povo Angolano.
A África perdeu um dos seus mais insignes filhos, cuja vida e obra O situam na senda dos arautos da História Africana como N'Krumahn, Nasser, Amílcar Cabral, Senghor, Boigny e Hassan II.
O Dr. Jonas Malheiro Savimbi, Presidente da UNITA, o meu Presidente, tombou em combate ao lado das suas tropas e do Povo mártir, apanágio só concedido aos Grandes da História. Deixou-nos como maior e derradeiro legado a sua coragem e o consentimento do sacrifício máximo que pode conceder um combatente da liberdade, a sua Vida.
Fiel aos princípios sagrados que nortearam a criação da UNITA, o Dr. Savimbi, rejeitando sempre e categoricamente os vários cenários de exílios dourados, foi o único dos líderes angolanos que sempre viveu e lutou na sua Pátria querida. A ela tudo deu e nada tirou, ao contrário de outros com contas, palácios e mansões no estrangeiro.
Fisicamente o meu Presidente morreu. Fisicamente o meu Presidente foi humilhado. Mas uma coisa é certa. Não há exército que derrote, mate ou humilhe uma cultura, um povo, uma forma eterna de ser e de estar. Jonas Savimbi, o meu Presidente, continuará a ter quem defenda essa cultura, esse povo, essa forma eterna de ser e de estar.
«Há coisas que não se definem - sentem-se». Foi isto que há 27 anos me disse, no Huambo, Jonas Malheiro Savimbi.
É isto que José Eduardo dos Santos nunca compreendeu. A UNITA não se define - sente-se. Jonas Malheiro Savimbi não se define - sente-se.
Angola não se define - sente-se.
E porque se sente, e não há maneira de matar o que se sente, é que Jonas Malheiro Savimbi, o meu Presidente, continuará vivo. Vivo no esforço pela paz em Angola, vivo pela dignificação dos angolanos, vivo pela liberdade, vivo pela coerência... vivo porque os heróis não morrem nem são humilhados.
Obrigado Presidente
orlando@orlandopressroom.com

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