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Cavaco Silva quer contribuir para restaurar a imagem de Portugal
- 10-Dec-2005 - 20:12
O candidato à Presidência da República Aníbal Cavaco Silva defendeu hoje em Paris a necessidade de restaurar a imagem de Portugal no estrangeiro, tarefa para a qual deseja contribuir com a experiência adquirida no passado.
Numa entrevista hoje à rádio Alfa, emissora portuguesa na região parisiense, Cavaco Silva prometeu "dedicar algum tempo à questão da imagem de Portugal no estrangeiro", caso seja eleito no próximo dia 22 de Janeiro.
O ex-primeiro-ministro acredita ter o perfil certo para ajudar o país neste campo, valendo-se da sua experiência à frente do governo, entre 1985 e 1995, quando se encontrou com os dirigentes internacionais da época.
"Fui recebido cinco vezes na Casa Branca por três presidentes [Ronald Reagan, George Bush e Bill Clinton) e fui o único que se encontrou com [o então presidente chinês] Deng Xiaoping na China", recordou.
Considera igualmente ser "o candidato na melhor posição" para desenvolver relações com os países africanos de língua portuguesa (PALOP), frisando o papel que teve no "desbloqueio" das negociações para a paz em Angola em 1991.
Ainda sobre a diplomacia, Cavaco Silva afirmou que "a União Europeia (UE) é o eixo fundamental da nossa política externa", mas defendeu as "relações transatlânticas" com o "importante parceiro" que são os EUA.
"Espero que Portugal nunca tenha de escolher" entre a Europa e os EUA, disse, excluindo, no entanto, uma "subserviência" a Washington.
Como exemplo de resistência à Casa Branca, revelou que contrariou por duas vezes os EUA quando não autorizou o transbordo de armas para Israel e quando quis renegociar o acordo sobre a Base das Lajes, nos Açores.
"Portugal não ganha nada com as tensões fortes entre os Estados Unidos e a Europa", frisou, e prometeu ser "uma voz que defende o estreitamento de relações" entre os dois lados do Atlântico.
Sobre as actuais negociações sobre o orçamento europeu, Cavaco Silva disse ver "com grande insatisfação" a proposta do governo britânico, que ocupa actualmente a presidência da UE.
O ex-primeiro-ministro criticou também o chamado "cheque britânico", modalidade que permite ao Reino Unido reaver parte das suas contribuições financeiras para a UE e que considera não fazer sentido actualmente.
Londres já anunciou que irá apresentar uma nova proposta esta semana e Cavaco Silva mostrou confiança no governo de José Sócrates para defender os interesses de Portugal.
O apoio ao governo socialista foi manifestado noutra altura da entrevista, que será transmitida na íntegra na próxima terça-feira, quando evocou o bom funcionamento do consulado de São Paulo, que visitou recentemente.
"Tudo o que este governo faça de bem tem o meu apoio", garantiu, ao elogiar o fim das filas de espera e o uso da Internet para combater o "problema de organização" que antes existia.
Cavaco Silva reiterou o desejo de dar especial atenção aos portugueses residentes no estrangeiro, para os quais prometeu criar uma "assessoria política" e efectuar uma visita "pelo menos uma vez por ano só para falar com as comunidades" no estrangeiro.
Questionado sobre a questão dos ex-combatentes portugueses residentes no estrangeiro, que reivindicam o direito de contagem do tempo de serviço para efeitos de reforma, confessou "falta de informação" sobre o assunto e recusou opinar.
Todavia, defendeu que "o Estado deve tratar com dignidade os seus ex-combatentes".
O candidato a Belém declarou que "tem sido gratificante" ver tantas pessoas a apoiá-lo e revelou ter recebido encorajamento de portugueses que votaram antes no Bloco de Esquerda, no Partido Comunista ou no Partido Socialista.
Rejeitou ainda "entrar na chicana política" de maldizer os seus adversários, mas disse compreender porque é alvo de ataque dos outros candidatos.
"Todos eles atacam o Cavaco porque há falta de argumentos melhores", observou.
Contestou ainda a ideia de que o resultado das eleições será decidido a 20 de Dezembro, no debate televisivo que em que irá ter pela frente Mário Soares.
"Não acredito", disse.
"Eu não discrimino os outros candidatos", acrescentou.
à saída da entrevista, Cavaco Silva recebeu do proprietário da rádio, Armando Lopes, uma camisola do Créteil Lusitanos, equipa de futebol da segunda divisão dirigida pelo empresário português, com um número "simbólico", o 22, dia das eleições em Janeiro.
A visita de Cavaco Silva a Paris termina hoje com um jantar com alguns apoiantes num hotel da capital francesa.

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