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Cena Lusófona forma actores de teatro guineenses
- 15-Dec-2005 - 15:46
A Cena Lusófona, organização que reagrupa e promove o movimento cultural nos países de língua oficial portuguesa, está a levar ao cabo uma série de acções de formação com os diferentes intervenientes do teatro guineense.
O encenador português António Augusto Barros, fundador e presidente da Cena Lusófona, é o grande impulsionador deste intercâmbio que agora tem envolvido os actores do ainda embrionário movimento teatral guineense.
"Potencialidades há neste país a nível do teatro, falta são as condições e a formação", sintetizou António Barros, fazendo o retrato do panorama teatral na Guiné- Bissau.
Para ajudar a melhorar o nível dos actores e técnicos de apoio guineenses, a Cena Lusófona aproveitou a presença do actor português Filipe Crawford para montar uma "oficina", dando "alguns dias de formação a alguns grupos" guineenses.
Filipe Crawford esteve em Bissau no início deste mês para apresentar o monólogo a "História do Tigre" do italiano e Dário Fo.
Aproveitando também a presença em Bissau de técnicos integrados na equipa de Crawford, a Cena Lusófona montou uma outra "oficina" dando formação na área da iluminação a guineenses.
No âmbito da missão liderada por António Barros, a Cena Lusófona deu formação, ofereceu material de iluminação para teatro e incrementou a criação, em Bissau, do Centro de Intercambio Teatral (CIT), tal como já fez em todos os restantes países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), excepção feira a Timor-Leste.
Espaço por excelência de dinamização de acções culturais, com ênfase no teatro, o CIT de Bissau, situado no bairro de Quélélé, arredores da capital guineense, possui uma sala de espectáculos e uma biblioteca com cerca de 300 livros de "grandes vultos" da escrita e encenação do teatro mundial.
"Hoje, em Bissau, qualquer operador do teatro pode consultar à vontade uma biblioteca com mais de 300 volumes de literatura sobre o teatro, desde Shakespeare a Gil Vicente, até aos contemporâneos", precisou António Barros.
Tal como nos restantes países da CPLP, a Cena Lusófona estabeleceu parcerias com grupos locais para desenvolver as suas actividades.
Na Guiné-Bissau, a companhia Os Fidalgos e a organização não governamental (ONG) Acção para o Desenvolvimento foram parceiros privilegiados da Cena Lusófona.
Questionado sobre o objectivo das acções em Bissau, António Barros respondeu que pretende ver "valorizado" o que existe como potencialidade teatral nos guineenses, além de "apurar a expressão" dos fazedores desta arte.
Os grupos da música, dança e teatro local, os chamados "mandjuandadi" (agrupamentos de pessoas com os mesmos valores culturais) são, segundo António Barros, uma das expressões culturais mais significativas da Guiné-Bissau.
"Tal como em quase toda a Africa, os 'mandjuandadis', acabam por representar o teatro local, embora com peças musicais", disse.
Em colaboração com o encenador polaco Andjei Kovalski, António Barros tem também o projecto de gravar em DVD um trabalho sistematizado de recolha das narrativas dos contadores de estórias guineenses.
Se tudo correr como o previsto, o DVD estará pronto em finais de 2006 ou início de 2007, prometeu António Barros.
O presidente da Cena Lusófona desde a fundação, em 1996, António Barros é também presidente da companhia teatral Casa da Noite, com sede na cidade portuguesa de Coimbra.

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