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  Entrevista
As respostas de Samakuva à entrevista de Joffre Justino ao NL
- 13-Mar-2006 - 17:12


A UNITA faz 40 anos de existência. Nestes anos ela viveu já várias fases, a que se desenvolveu até ao 25 de Abril de 1974, a que decorreu entre esta data e o 11 de Novembro de 1975, a fase entre guerras civis, até 2002, e a actual. Teremos tido sempre a mesma UNITA, em cada uma delas?


Por Joffre Justino

É pouco provável.

A primeira fase correspondeu a um aliança entre 3 grupos de membros – a dos que se encontravam no exílio, com os que do interior aderiram à guerrilha e os que do interior se predispuseram a apoiar essa guerrilha.

Já na altura, enquanto frente política, o que unia as várias componentes era o Nacionalismo e não um programa ideológico.

A segunda fase, poderia ter permitido que a aliança entre o espaço rural e o urbano se tivesse consolidado, mas tal não sucedeu por inequívoca falta de tempo para que tal sucedesse…

A terceira fase correspondeu a um período com vários momentos – o primeiro de isolamento nas matas, um segundo de estabelecimento de uma aliança externa, com a África do Sul e depois com os EUA e a África do Sul, um terceiro momento de alargamento às comunidades rurais do interior do país, em fase de guerrilha, um quarto de estabilização local em algumas regiões do país, um quinto de ofensiva e conquista, um sexto momento de negociação com Bicesse como pano de fundo, um sétimo de perca de alianças externas e de busca de reforço de posições internas, um oitavo de negociação e conflito, com o protocolo de Lusaka, um nono momento de tentativa de Resistência face a uma globalização que a abandonou e um décimo momento de refluxo e derrota militar com o Memorando de Entendimento como pano de fundo.

Esta última fase, previsivelmente, seria a mais complexa de todas…

Uma guerra civil perdida é um enorme handicap e implica uma grande factura a pagar.

No entanto, ela seria ultrapassável, se conduzida com precaução e sem pressupostos divisionistas. Expus, em tempo certo, as minhas opções sobre tal.

Não é o que está a suceder. E, como usualmente, a actual direcção da UNITA mascara, com o lema da Unidade, as medidas de afastamento que tem feito e continuará a fazer, em nome de nada, diga-se.

Assim, apesar do lema da sua última reunião da Comissão Política ter sido "UNITA 40 anos depois, unida e fiel à sua identidade e firme na defesa dos seus valores e ideais", de facto, a tendência para a divisão, nessa mesma reunião, tendeu a reforçar-se.

Assim, essa mesma comissão política da UNITA, conforme noticia o Noticias Lusófonas, “decidiu … por maioria, expulsar do partido o ex-ministro angolano do Turismo, Jorge Valentim, e suspender de toda a actividade partidária por um ano o ex-líder da denominada UNITA/Renovada, Eugénio Manuvakola.”, numa nota quase divertida sobre a ideia que terá esta direcção da UNITA sobre o que será a Unidade…

Não serei eu que irei defender quer Valentim quer Manuvakola, mas não me coíbo de recordar que Samakuva deve a vitória no último Congresso da UNITA precisamente a Jorge Valentim… tão amigos que nós éramos então.

Claro que já nos habituámos, em outros momentos históricos, e em outros países, a estas concepções de unidade.

Por isso não nos espantamos que Samakuva entenda que “"A UNITA não está dividida, nem será dividida", afirmou o líder da organização do "Galo Negro", que apelou aos 250 membros da Comissão Política a unirem-se em torno dos ideais de "Muangai", que resultaram na fundação da organização em 13 de Março de 1966. “, talvez recordando-se da entrevista que dei a 22 de Fevereiro precisamente ao Notícias Lusófonas, onde pré anunciei o sucedido.

A verdade é que está.

Se Samakuva o assumisse, talvez que nem fosse de todo negativo.

Tal permitiria que esta divisão fosse minorada tendo em consideração os erros que ambos os expulsos já cometeram contra a UNITA.

Assim, fica no ar a ideia que estes expulsos foram úteis enquanto o foram e, tendo deixado de o ser, toca a afastá-los, sem mais.

De facto, não basta dizer que “devemos reflectir sobre os problemas internos do partido e do país", como fez o Presidente da UNITA.

Quando se expulsa alguém de um partido tal faz-se assumindo que de tal expulsão está a nascer um foco de divisão, grande ou pequeno, com muito ou pouco impacto, não se faz negando o óbvio.

Caminhamos portanto, nesta última fase da vida da UNITA para um momento de tendencial esfrangalhamento.

Como de costume, estes momentos iniciam-se com pequenos gestos e comportamentos, como estes, de expulsar os “desnecessários”, os incorrectos.

O problema está no momento seguinte.

O da constatação do que sucede após uma expulsão.

Não querendo ser agoirento, mas recordando mais uma vez a entrevista que dei ao Noticias Lusófonas, eis aqui a primeira linha de divisão no seio da UNITA.

Seguir-se-ão as próximas.

Sem que Muangai tenha algo a ver com o que se vive hoje, diga-se.


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