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Governo admite «penúria alimentar» e pede ajuda internacional
- 21-Apr-2006 - 16:07
O governo guineense admitiu hoje a existência de "penúria alimentar" no sul do país, devido a dificuldades que as populações estão a enfrentar e lançou um pedido de ajuda internacional.
Em conferência de imprensa, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Sola N'Quilin, disse que a situação de penúria alimentar se verifica nas regiões de Bolama/Bijagós, Quinara e Tombali, todas situadas no sul do país.
Segundo o ministro da Agricultura guineense, 32 mil agregados familiares das três regiões estão "sem comida e meios de produção", podendo enfrentar "situações mais gravosas" se não forem apoiados nos próximos tempos.
O fecho natural dos diques condutores de caudal de água doce que "rega" as "bolanhas" (arrozais), o que favorece a salinização, bem como as pragas e doenças nas culturas, são os factores apontados por Sola N'Quilin para justificar a "penúria alimentar" nas três regiões.
"Das constatações efectuadas pelos técnicos do serviço de protecção vegetal nas três regiões, calcula-se que cerca de 70 por cento de áreas cultiváveis foram prejudicadas por factores como falta de chuva, pragas, invasão das 'bolanhas' pela água salgada e doenças", nas culturas, indicou o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural que, recentemente, efectuou um périplo pelas zonas de maior produção agrícola do país.
A zona sul da Guiné-Bissau, que abrange as três regiões agora declaradas com escassez de alimentos, é tida como o "celeiro" do país, devido a quantidade da produção agrícola, nomeadamente do arroz.
No entanto, Sola N'Quilin afirmou hoje que a situação "é extremamente grave" por aquilo que pôde verificar, pois falta comida e utensílios de lavoura em quase todas as "tabancas" aldeias das três regiões que visitou, numa área em que vivem cerca de 32 mil famílias.
Nos cálculos "por alto" e em situação normal, as três regiões produzem cerca de 62 mil toneladas de arroz, principal produto da dieta alimentar dos guineenses, mas neste momento não conseguem nem metade desse montante.
O governante lançou, em nome do governo, um apelo direccionado, sobretudo, aos doadores internacionais, nomeadamente ao Programa Alimentar Mundial (PAM) no sentido de ajudar as populações, devido ao aproximar da época do trabalho agrícola.
Por outro lado, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural anunciou que o governo vai apresentar aos doadores um Programa de Emergência para a recuperação de campos agrícolas no sul do país, solicitando, ao mesmo tempo, que seja accionado o programa do PAM "Comida para Trabalho".
É a primeira vez que o governo admite a situação de "penúria alimentar" numa zona do país, embora, em várias ocasiões, algumas populações tenham já pedido ajuda alimentar.
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