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«Portugal tem de ultrapassar cooperação concentrada na lusofonia»
- 28-Apr-2006 - 16:41
Portugal tem de ultrapassar o modelo de cooperação concentrado na lusofonia para dar uma dimensão multilateral às relações com o continente africano, defendeu hoje o ministro da Defesa português.
Luís Amado - que discursava no encerramento do seminário internacional "Cooperação Portuguesa em África" - propôs, nomeadamente, um incremento do diálogo com a União Africana (UA).
A cooperação portuguesa com África tem de passar de bilateral para multilateral com um incremento do diálogo com os parceiros da UA, tendo em conta a nova arquitectura do continente africano, precisou.
A dinâmica da UA, uma instituição que se preocupa com o desenvolvimento e cuja criação representou a ascensão de novas elites africanas e um "virar de página" no seio do continente africano, tem de ser percebida por Portugal, disse.
Nesse sentido, Portugal tem de assumir um papel mais activo no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), União Europeia (UE) e da NATO no âmbito da política de cooperação com o continente africano, declarou Luís Amado, acrescentando que o país tem andado "arredado" da cooperação multilateral, pelo que importa valorizar o "activo" português no continente africano.
Para o ministro da Defesa Nacional, Portugal tem de ter voz activa no âmbito da política de cooperação multilateral com agenda e opiniões próprias sobre o continente africano.
Luís Amado, que defendeu uma reorientação da cooperação técnico-militar de Portugal em África, afirmou que a prioridade dessa actuação inclui os países magrebinos, o diálogo "5+5" e da NATO com os países da bacia mediterrânica, além da África Subsaariana.
Por outro lado, Amado considerou que as missões das Forças Armadas de Portugal, de que o país tem razões para se orgulhar, têm dado visibilidade ao Estado português e têm de ser valorizadas.
O continente africano foi desvalorizado em tempos, mas desde o início do século subiu ao topo da agenda internacional, despertando o interesse de novos actores na cena internacional, adiantou.
Numa intervenção no seminário, Rui Machete, presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), defendeu que no continente africano, tendo em conta que "a língua é um modo de pensar", Portugal deve apostar na "irradiação" da sua cultura.
Defendendo que a CPLP é mais um projecto do que uma realidade, Rui Machete afirmou que a política de cooperação não deve ser um campo de acção exclusivamente do sector público.
Referindo-se à acção da FLAD no continente africano, Rui Machete precisou que esta se centra sobretudo nas áreas do Ensino Superior e da Saúde.
Por seu turno Medeiros Ferreira, ex-deputado do PS, que também interveio hoje no seminário, propôs que Portugal aproveitasse a presidência rotativa da EU, no segundo semestre de 2007, para promover uma cimeira África-Europa, visando intensificar a cooperação com os países africanos.
O seminário internacional "Cooperação Portuguesa em África, vectores de dinamização da política de segurança e defesa nacional", que começou quinta-feira, em Lisboa, foi organizado pelo Instituto de Estudos Superiores Militares.

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