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Governo apresenta projecto para relançar produção de café em Amboim
- 5-May-2006 - 17:26
O governo angolano apresentou hoje um projecto-piloto de produção de café no município do Amboim, província do Cuanza Sul, que espera que venha a relançar o sector em Angola, que já foi o quarto maior produtor mundial.
"Esperamos que este projecto sirva como catalizador para o relançamento da produção de café em Angola, que já foi significativa no passado", afirmou o ministro da Agricultura angolano, Gilberto Lutukuta.
Na intervenção que proferiu na cerimónia de apresentação, o ministro assegurou que o governo angolano "tudo fará para assegurar o êxito do projecto", que envolve um investimento de 8,5 milhões de dólares.
A iniciativa prevê o cultivo de café robusta numa área com cerca de 17 mil hectares no município do Amboim, onde se espera que possa ser atingida uma produção de 40 mil toneladas anuais.
Actualmente, a produção de café no município do Amboim é de cerca de 900 toneladas por ano, estando cultivados apenas 1.900 hectares de terrenos.
No total, o projecto hoje apresentado envolverá cerca de quatro mil famílias camponesas da região, num total de 30 mil pessoas.
O financiamento será assegurado em partes iguais pelo governo angolano e pelo Fundo Comum para os Produtos de Base, estando a execução do projecto a cargo do Instituto Nacional do Café (INCA), sob supervisão da Organização Africana do Café.
"O município do Amboim foi escolhido para este projecto-piloto devido ao seu potencial. Nesta região, qualquer investimento neste sector produz efeitos rápidos e satisfatórios", salientou Manuel Dias, director-geral do INCA.
Com este projecto-piloto, as autoridades do sector pretendem também elevar o nível de qualificação dos técnicos do INCA, tendo em vista aumentar a produção, a produtividade e a qualidade do café angolano, o que terá como consequência a melhoria dos rendimentos das famílias envolvidas.
A promoção da extensão rural, proporcionando condições para o reassentamento de populações deslocadas e para a reinserção social e profissional de ex-militares, é outro dos objectivos deste projecto, que envolve a reabilitação de antigas plantações, a investigação agrícola e a comercialização do café.
A província do Cuanza Sul produz actualmente cerca de duas mil toneladas de café por ano, um valor muito reduzido face às 80 mil toneladas que produzia antes da independência de Angola.
O lançamento deste projecto-piloto deverá permitir uma melhoria substancial da produção de café, cujo relançamento tem sido fortemente prejudicado pelas dificuldades de acesso ao crédito bancário e de escoamento do produto, devido à ausência de um circuito de comercialização.
As autoridades angolanas têm vindo a desenvolver esforços para o relançamento da produção nacional de café, tendo o director-geral do INCA revelado que os valores obtidos nos últimos anos têm "crescido de forma paulatina".
Segundo Manuel Dias, como reflexo desse aumento gradual da produção, estão também a crescer as exportações deste produto, especialmente para o mercado europeu, nomeadamente para Portugal e Espanha.
"As exportações anuais de café angolano rondam actualmente cerca de duas a três mil toneladas", afirmou, acrescentando que Angola possui "potencial agrícola" e um "factor climático" que lhe permitirá regressar dentro de alguns anos ao nível de produção que tinha no início da década de 70.
"Uma grande parte das plantações estão intactas, necessitando apenas de ser reabilitadas e renovadas", salientou o director-geral do INCA.
No início da década de 70, Angola produzia anualmente mais de 200 mil toneladas de café, sendo o quarto maior produtor a nível mundial.
As principais regiões produtoras de café situavam-se nas províncias do Cuanza Norte, Cuanza Sul, Uíge e Bengo.
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