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Comissão de inquérito quer entender as forças armadas
- 14-May-2006 - 15:18
A comissão de inquérito criada em Timor- Leste para ouvir as queixas dos militares contestatários pretende ver até que ponto a formação militar corresponde às necessidades do país, disse hoje a sua presidente, a ministra de Estado Ana Pessoa.
A denominada Comissão de Notáveis integra representantes dos quatro órgãos de soberania, Igreja Católica e sociedade civil e foi criada para apurar a veracidade das alegações referidas numa petição subscrita em Janeiro passado pelos ex-militares, iniciativa que espoletou a actual crise político-militar em Timor-Leste.
Além dos inquéritos que vão ser feitos à maioria dos 595 peticionários (como são chamados os subscritores do documento), a comissão pretende acompanhar a vida no interior dos quartéis para melhor se entender a instituição Falintil-Forças de Defesa de Timor- Leste (F-FDTL).
"Nós iremos procurar ver também o dia-a-dia dos nossos militares nos quartéis, ver o que fazem desde de manhã até ao anoitecer, para entendermos a própria instituição, até que ponto é que a formação dada tem em conta a nossa realidade, mesmo em termos de mentalidade, em termos de nos adequarmos àquilo que é demandado pelo militar profissional", acrescentou Ana Pessoa.
"Para nós é essencial entender a instituição e, na medida do possível, se tivermos dados bastantes, fazer recomendações para a melhoria da instituição F-FDTL", precisou.
Segunda-feira, os 10 membros da Comissão de Notáveis deslocam- se a Maliana, no distrito de Bobonaro, para ouvir 51 peticionários.
"Em princípio, terça-feira iremos ao distrito de Liquiça, onde há também um número razoável de peticionários dispostos a falar.
Depois temos também alguns dispostos a falar no distrito de Covalima e outros no de Oecussi", adiantou.
O elevado número de peticionários concentrados nos distritos de Ermera e Aileu está a ser encarado de forma diversa. A comissão está a trabalhar no sentido de eles poderem ir primeiro para os respectivos distritos e só depois ouvi-los, referiu Ana Pessoa.
"O trabalho está a ser feito. Demora algum tempo", assinalou.
O mandato da Comissão de Notáveis, empossada pelo primeiro- ministro Mari Alkatiri no passado dia 05, é de três meses e, para além das entrevistas, visitas a quartéis e audição ao comando das F-FDTL, o seu trabalho contempla a leitura e análise de vários documentos, designadamente os relativos a outras comissões de inquérito às forças armadas, processos disciplinares existentes e dados do recrutamento.
Os 595 militares contestatários, que correspondem a cerca de 40 por cento do total de efectivos das F-FDTL, são considerados civis desde o passado dia 01 de Março pelo comandante das F-FDTL, brigadeiro- general Taur Matan Ruak, por terem abandonado as respectivas unidades.
Maioritariamente naturais dos 10 distritos mais ocidentais do país, pelo que se auto-denominam "loromonu", por oposição aos "lorosae", nativos dos três distritos da zona leste, aqueles ex- militares realizaram a 24 de Abril passado uma manifestação que cinco dias depois degenerou em confrontos violentos na capital timorense.
Na base da convocação da manifestação, e no texto da petição que subscreveram, figuram queixas de alegada discriminação de natureza étnica, com reflexos no acesso a promoções.
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