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Governo prevê produção de dois milhões de toneladas de cereais
- 16-May-2006 - 13:54
Moçambique produzirá mais de dois milhões de toneladas de cereais na campanha agrícola iniciada no ano passado, num crescimento de 10 dez por cento, comparativamente à campanha 2004/05, estimou o ministro moçambicano da Agricultura.
Segundo Tomás Mandlate, o governo espera atingir, na campanha agrícola 2005/06 uma produção de 1,5 milhão de toneladas de milho, o que corresponde a um aumento de 11 por cento.
Esta meta deverá superar as necessidades internas de consumo, estimadas em 1,4 milhão de toneladas.
Falando na abertura da reunião nacional dos serviços agrários, que decorre até à próxima quinta-feira, em Maputo, Mandlate referiu que a acompanhar os cereais, a produção de leguminosas e da mandioca também vai crescer em 9,6 por cento e 13, 8 por cento, respectivamente.
O encontro visa fazer o balanço das acções realizadas ano passado e programar o trabalho para o próximo ano, perspectivando ainda programas nacionais relativos às áreas de sanidade vegetal, irrigação, fomento de culturas, aviso prévio, produção animal e segurança alimentar.
No geral, a produção pecuária tem vindo a registar "progressos assinaláveis" na última década, em resultado dos diversos programas de repovoamento em curso no país, destacou o titular da pasta da Agricultura de Moçambique.
A título de exemplo, sublinhou que, no ano passado, a produção global de carnes cresceu 12 por cento relativamente ao ano anterior, o que está a permitir uma substituição progressiva das importações de carne de vaca.
Em 2005, Moçambique importou menos 22 por cento de carne bovina para o consumo interno, em comparação com o ano de 2004.
Apesar dos progressos registados, Mandlate reconheceu a existência de obstáculos que dificultam o aumento da produtividade agrária, nomeadamente a falta de equipamento agrícola adequado e a vulnerabilidade do país às calamidades naturais, pragas e doenças.
O sector agrário emprega cerca de 80 por cento da população moçambicana, num universo de 19 milhões de habitantes, contribuindo com mais de 25 por cento para o Produto Interno Bruto (PIB).
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