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Líder do crime conta tudo a partir de cela da prisão
- 19-May-2006 - 19:17
Aviolência em São Paulo, para além do número de mortos e dos estragos materiais, continua a servir para mostrar que algo vai mal no Brasil. Ao mesmo tempo que o governador estadual, Cláudio Lembo, garantia que o líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, Marcola, estava incomunicável, este dava uma entrevista, via telemóvel e a partir da prisão de segurança máxima, ao "Jornal da Noite", da TV Bandeirantes. Se a isso se juntar o facto de o PCC ter comprado a cópia da gravação de uma sessão, supostamente secreta, da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Tráfico de Armas, fica tudo mais claro.
Segundo a Polícia de São Paulo, terá sido o conhecimento dessa sessão o fósforo que acendeu o rastilho que culminou com a maior onda de violência da história do Estado.
A revelação foi feita pelo técnico de som Arthur Vinicius Silva que disse ter vendido as cópias aos advogados Maria Cristina de Souza Rachado e Sérgio Wesley da Cunha, que se apresentaram como defensores de líderes da organização criminosa.
Na audiência da CPI, os delegados Godofredo Bittencourt e Rui Fontes, ambos do DEIC (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), mencionaram o plano de transferir para cadeias de segurança máxima os principais líderes da facção, pois havia a possibilidade de uma megarrebelião. O PCC, perante esta revelação, antecipou-se à transferência pondo os seus operacionais a espalhar o caos em São Paulo.
Quanto à entrevista de Marcola as autoridades ainda não sabem como é que ele tinha um telemóvel. Na conversa, o criminoso mais temido do Brasil explica que os ataques justificaram-se porque "os direitos dos presos não foram cumpridos".
"As autoridades transferiram diversos presos, feriram a lei e retiraram-nos todos os direitos. Por isso a única solução era a que foi tomada", explicou Marcola, garantindo que "não fez qualquer acordo com as autoridades policiais para pôr fim aos ataques".
Recorde-se que, na véspera da entrevista, o Tribunal de São Paulo determinou a imediata suspensão do funcionamento de telemóveis na região dos seis principais presídios do Estado .
Desde sexta-feira já foram registados 281 ataques, 55 autocarros foram incendiados, 44 polícias e civis mortos e 94 suspeitos de envolvimento nos ataques mortos pela polícia. Ontem, apesar da permanente e intensa vigilância da Polícia, mais sete autocarros foram incendiados, embora sem fazer vítimas.
Entretanto, o Senado a aprovou, com carácter de emergência, 11 projectos que visam combater o crime organizado.
Por serem considerados polémicos, ficaram de fora as propostas que obrigam o Governo a gastar obrigatoriamente parte dos impostos com segurança e que impede o Ministério do Planeamento de distribuir os recursos destinados a esse fim.
Fonte: Jornal de Notícias/Orlando Castro

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