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«Alto Hama» foi apresentado
na Casa de Angola em Lisboa

- 24-Sep-2006 - 17:15


Vice-ministro das Finanças do Governo de Angola, Arlindo Sicato, foi uma das individualidades presentes na sessão de lançamento

Com a presença, entre muitos ilustres convidados da Lusofonia, do vice-mnistro das Finanças de Angola, Arlindo Sicato, decorreu ontem na Casa de Angola, em Lisboa, a apresentação do livro «Alto Hama – Crónicas (diz) traídas» de que é autor o jornalistas e escritor angolano.português Orlando Castro. É uma obra editada pela Papiro com o apoio da Casa de Angola e que foi prefaciada pelo Mestre Eugénio Costa Almeida. São crónicas publicadas aqui no Notícias Lusófonas na secção Alto Hama.


«Poderia começar por apresentar o autor, Orlando Castro – quem é, o que fez e o que faz – mas como o presidente da Casa de Angola o fez sucintamente, começo já na obra presente e naquela que a esta levou mas, com a vossa condescendência, vou principiar por uma frase/pergunta retirada de um blogue e que diz muito da cultura, ou falta dela, que prolifera em Portugal: “Porque carga de chuva a imprensa portuguesa, no seu mais lato sentido, não fez (espero que ainda) nenhuma referência ao teu livro que amanhã será apresentado na Casa de Angola, em Lisboa?” Esta pertinente questão foi feita por um amigo do autor face às omissões que se verificam na generalidade da comunidade jornalística portuguesa, sendo Orlando Castro um conceituado e laureado jornalista em Portugal.

Estranho? Talvez não se nos debruçarmos na sua resposta: “O Jornalismo faz-se (ou deve fazer-se) de notícias e não de pedidos, de favores. Se eu fosse ao “colega” X pedir, então sim, o lançamento do livro seria notícia. Mas como não fui, não vou e nunca irei...”

Uma resposta típica de quem prefere, mesmo que venha a ter uma crise reumática profunda, manter a sua coluna vertebral, como diria um conhecido professor exotérico, eréctil e firme. Orlando Castro, apesar de ter um canídeo, não pensa morder no dito para ser notícia.

Orlando Castro quer manter a notícia nas pontas dos seus dedos e transmiti-la com a seriedade e a agudeza que o caracteriza aos seus fiéis leitores sem se sentir subjugado pelos ditames de um qualquer capataz que terão promovido a chefe e a quem a nova legislação portuguesa parece querer dar o direito de “mexer” – leia-se adulterar sempre que isso lhe possa convir – as notícias dos seus colaboradores.

Será, talvez por isso, que esta sua obra que hoje é lançada tenha tido destaque em sites informativos da Lusofonia (destaque-se o Luanda Digital), no portal dos jornalistas, num jornal português, O Primeiro de Janeiro – órgão onde Orlando Castro já trabalhou – que não noutros, nomeadamente nos do Grupo empresarial onde, diariamente, presta a sua colaboração, os quais primaram pela omissão; ressalve-se que o Jornal de Notícias, edição de Lisboa, colocou uma pequena informação deste lançamento.

Já no Diário de Notícias, que hoje fez um destaque das obras deste trimestre que vai entrar, nem uma linha. Surpresa? Não! todos os que, como nós, prestam colaboração sem esperar endeusamentos já estamos habituados.

Mas como dos ausentes não reza a história falemos da obra que aqui nos trouxe e do autor que está por detrás dela.

“Alto Hama crónicas (diz)traídas” é uma pequena – que se espera venha ter continuidade – colectânea de artigos e crónicas publicadas por Orlando Castro no primeiro grande site informativo da Lusofonia “Notícias Lusófonas”.

Infelizmente, e a crer nas últimas notícias, deverá ter pouco mais tempo de vida.

E eu explico, em muitas poucas palavras, porquê.

Há dias, e após umas pequenas férias, verifiquei que alguém tinha acedido a um dos meus blogues – tenho dois, um de análise de política internacional, e outro de cultura – através de um motor de busca com a seguinte questão “os 5 países africanos que falam a língua do Brasil”.

Surpresa? Naturalmente fiquei surpreendido, até porque a pergunta/busca tinha como origem a cidade de Bahia, no Brasil? Isto levou-me a colocar um pequeno apontamento no blogue e um artigo de opinião que foi publicado Notícias Lusófonas e que mereceu alguns reparos de brasileiros onde diziam, genericamente, que um brasileiro não correspondia à opinião de todo um povo. Aceita-se.

Só que, ontem a mesma busca e com palavras quase rigorosamente iguais, nomeadamente, “língua do Brasil” foi colocada noutro motor de busca, desta feita a partir de França.

Ora isto pode inferir – forçadamente, admito – que o português deixou de ser a língua lusófona e caminhamos para uma brasilofonia.

Questionável? Sim; uma imbecilidade deste vosso opinador; talvez se… O jornal gratuito “Metro”, citando o semanário “Sol” que hoje o deverá ter publicado, trazia ontem na página 5, um título que dizia assim: “30% querem união Portugal/Espanha e Juan Carlos desejado como Chefe de Estado”. O corpo da notícia era claro; 30% dos portugueses preferia que os dois Estados fossem um só país.

Se considerarmos que em Portugal um qualquer referendo ou eleição menor raramente atinge os 50% de participação, poderemos chegar à triste conclusão que a maioria absoluta quer ser espanhola pelo que a Lusofonia tão defendida por Orlando Castro deixa de fazer sentido e as questões colocadas nos motores de busca estão correctas.

Mas se relembrarmos as palavras de Orlando Castro, recordadas pelo jornalista angolano Jorge Eurico, “Portugal está adormecido com o sonho europeu, esquecendo que a sua História está também e sobretudo em África” não me parece que deva parecer estranho estas buscas e esta sondagem.

E perguntar-me-ão porquê desta divagação pela antropologia social quase histórica.

Muito naturalmente porque Orlando Castro, embora jornalista de profissão, é um historiador de formação.

E é devido a esta formação que fui buscar aquela cacha – é assim que se diz a uma notícia originária e forte? não é? – noticiosa. Segundo a História, Portugal mais não é que uma República espanhola, República espanhola de Portugal, na linha das regiões autonómicas espanholas, como Catalunha, Galiza, Andaluzia.

Dúvidas? Como chamavam os romanos a esta península? Hispânia!!!

Daí que considere incorrecto chamar aos vizinhos do leste Reino de Espanha, como passou a ser chamado, salvo erro, pelo imperialista e expansionista Carlos I de Espanha, e V do Sacro Império Romano, e não Reino de Castela e Aragão como deveria ser reconhecido. Mas isto fica para outros desenvolverem e para outra altura.

Fica aqui um desafio ao jornalista de investigação e ao historiador um trabalho sobre esta questão: a Lusofonia e a Hispanidade.

Voltemos ao tema que aqui nos trouxe.

Como já referimos atrás, Orlando Castro, além de historiador e jornalista – um jornalista que não tem medo das palavras que redige nem de as assumir na plenitude, apesar destas nem sempre serem bem aceites ou digeridas por aqueles a quem o verbo se torna incómodo e indigesto – é um poeta, um contista e um ensaísta.

Como historiador, e aqui divergimos, tem analisado a questão de Simulambuco e as consequências para a integridade territorial angolana, facto que já lhe tem trazido dissabores, mas com a integridade que o caracteriza não o demovem.

Como historiador. Orlando Castro. considera Simulambuco um Tratado enquanto eu, como especialista em Relações Internacionais considero-o como um Acordo e, como tal, sem a consistência que lhe seria devida se tratado fosse, já que este é assinado entre personalidades/Estados e não entre indivíduos isolados.

Como jornalista, Orlando Castro passou por diferentes órgãos informativos. Começou na sua mui amada Angola, no Huambo, no jornal “A Voz dos Mais Novos”, órgão de informação do Liceu Nacional General Norton de Matos, (tentei ver como se chama hoje este liceu mas não o consegui, talvez não tivesse procurado como deve ser), onde fez o tirocínio em jornalismo onde se diplomou; mais tarde, entre 1973 e 1975, foi redactor d’ “A Província de Angola” , hoje o Jornal de Angola, chefe de Redacção da revista “Olá! Boa Noite”, bem como colaborador da Rádio Clube do Huambo, da Emissora Comercial do Huambo e do bissemanário «O Planalto».

Em Portugal, para onde chegou em finais de 1975, colaborou com os jornais “Pontual”, “O País”, foi Chefe da delegação do Porto, “Templário”, “Jornal de Ramalde”, “Vida Social”, “Voz do Barreiro”, “O Primeiro de Janeiro”, onde foi editor da secção de economia, e ainda na “RIT – Revista da Indústria Têxtil”. Integra, desde 1991 o “Jornal de Notícias” onde chegou a ser coordenador da secção de Economia.

Depois de ter escrito obras como “Algemas da Minha Traição” (1975), “Açores – Realidades Vulcânicas” (1995), Ontem, Hoje… e Amanhã” (1997) e “Memórias da Memória” (2001) – com prefácio do antigo ministro e eurodeputado Arlindo Cunha –, Orlando Castro lança hoje o “Alto Hama, Crónicas (diz)traídas”.

Tal como refiro no prefácio, esta colectânea, e espero que não levem a mal, nomeadamente o autor, que o chame assim, de crónicas transmite-nos os 3P’s necessários para uma correcta e efectiva compreensão da moderna sociedade de informação que quase abafa esta nossa actual confraria de consumo: pensar, pesar e ponderar.

Uma obra onde se analisa alguns casos de Portugal, Angola – a sua mui amada Angola para raiva de uns quantos –; a Lusofonia (aquela que já começa, imbecilmente, a ser questionada na sua essência) e toda a vertente que a envolve, como a CPLP; a africanidade e alguns sectores não-africanos; e o Jornalismo; aquele jornalismo que Orlando Castro continua, teimosa e combatentemente, a querer que não seja uma prima do mestre-de-obras mas uma Obra-prima do Mestre que Orlando Castro, inequivocamente o é como comprovam os prémios já recebidos; daquele Jornalismo onde se fale da árvore, mas nunca se esqueça da floresta; de um Jornalismo que não acoite o obscurantismo, a servilidade e a bajulação.

Ou seja, a defesa de um Jornalismo vivo, prenhe e vibrante, mas justo e frontal. Um jornalismo ao serviço da Verdade, da Democracia e da Liberdade.

E “Alto Hama, crónicas (diz)traídas” tudo isto engloba.

E por isso, “Alto Hama, crónicas (diz)traídas” é uma obra para se comprar, ler, meditar e ser, também, um princípio para ler as crónicas de Orlando Castro no Notícias Lusófonas onde muitas outras que aqui poderiam ter sido incluídas esperam pela vossa visita.

Um obrigado a Orlando Castro e à Papiro Editora pela coragem em me convidar para a apresentação deste livro, e a Orlando Castro por me considerar amigo e pela suprema ousadia e descaramento em me convidar a prefaciar a mesma».

Nota: Este texto corresponde à apresentação da obra e do autor feita por Eugénio Costa Almeida, Mestre em Relações Internacionais e Doutorando em Ciências Sociais


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