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Governo defende importância do papel do cooperativismo
- 26-Oct-2006 - 14:13
O primeiro-ministro angolano, Fernando Dias dos Santos "Nandó", salientou hoje a importância que o cooperativismo pode desempenhar na resolução dos problemas socioeconómicos que afectam a população angolana, defendendo a necessidade de retomar esta cultura destruída pela guerra.
"O cooperativismo é uma cultura que está bem enraizada em Angola, mas foi destruída pela guerra, o que não permitiu que conhecesse um grande desenvolvimento", afirmou o primeiro-ministro angolano, no discurso que proferiu na sessão de abertura do VII Encontro Cooperativo dos Países de Língua Portuguesa.
Para Fernando Dias dos Santos, "numa altura em que é vital revitalizar todos os sectores da economia, o cooperativismo é uma das soluções para minimizar os problemas socioeconómicos dos cidadãos".
"Com a paz, já são visíveis os resultados dos esforços conjuntos de cidadãos, com o surgimento de vários tipos de cooperativas", acrescentou.
Nessa perspectiva, recordou que, nos últimos anos, têm surgido em Angola várias cooperativas de habitação, numa tentativa de resolver o problema da falta de casas.
O primeiro-ministro reconheceu, no entanto, que "são necessários mais apoios para a consolidação e expansão das cooperativas em todos os segmentos, já que as perspectivas do desenvolvimento do cooperativismo são evidentes".
Na sua intervenção, Dias dos Santos defendeu ainda que a actividade cooperativista nos países lusófonos "precisa de ser fortalecida com um quadro legal para reger a constituição, funcionamento e a promoção das cooperativas".
"Todos os esforços devem ser mobilizados para que os níveis de crescimento se reflictam o mais rapidamente possível na melhoria das condições da vida das nossas populações, sobretudo rurais", frisou.
Por seu lado, o secretário-geral da Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa, (OCPLP), Manuel Canaveira de Campos, defendeu a importância do sector cooperativo, mas salientou que os resultados dependem da honestidade dos seus membros.
"Só uma cooperativa de homens e mulheres dedicados ao trabalho, honestos nos seus procedimentos e solidários com o seu semelhante pode atingir os verdadeiros resultados do cooperativismo", afirmou.
Manuel Canaveira de Campos recordou que "é antiga a história das cooperativas que falam português", citando a existência de exemplos em Portugal e no Brasil que remontam ao século XIX, salientando a força que este sector tem actualmente nos países lusófonos.
"Contam-se por milhares as cooperativas existentes nos países de língua portuguesa", frisou, salientando que o trabalho cooperativo manifesta os seus resultados "não só na melhoria das condições de vida do indivíduo, mas também do grupo a que pertence".
"A cooperativa melhora a qualidade de vida das famílias e as condições de vida das comunidades em que se integra", afirmou.
Por seu lado, o presidente da União Nacional dos Camponeses Angolanos (UNACA), Paulo Wime, referiu que o movimento cooperativo em Angola, apesar de ainda ser "emergente", demonstra "vontade de progredir".
"Esperamos que a realização deste evento em Angola possa influenciar a concretização dos propósitos já manifestados, nomeadamente a implementação de uma escola de formação profissional dos quadros cooperativos e a existência de um órgão público que regule o funcionamento do sector cooperativo", afirmou Paulo Wime.
O encontro que hoje começou em Luanda, subordinado ao tema 'As cooperativas no futuro de Angola', decorre até sexta-feira no Palácio dos Congressos, sendo a sessão de encerramento presidida pelo ministro angolano da Agricultura, Gilberto Lutukuta.
Durante os trabalhos será analisada a actual situação do cooperativismo no espaço lusófono, mas também o papel que as cooperativas podem desempenhar no desenvolvimento local, na educação, na formação profissional e no desenvolvimento social.

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