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Força Aérea de Angola é um exemplo no âmbito da CPLP
- 21-Jan-2007 - 22:55
A modernização da técnica e a formação permanente dos pilotos e técnicos da Força Aérea Nacional (FAN) foram realçados hoje, em Benguela, como tarefas prioritárias deste ramo das Forças Armadas Angolanas (FAA).
Esta avaliação foi feita pelo Chefe do Estado Maior General das FAA (CEMGFAA), General de Exército Francisco Pereira Furtado, durante o acto central do 31º aniversário da Força Aérea Nacional, realizado hoje na Escola Militar de Formação Aeronáutica do Lobito, província de Benguela.
Apesar da Força Aérea Angolana ter cumprido com o seu papel na conquista da paz, em 4 de Abril de 2004, o general Furtado defende o recrutamento de novos quadros, por forma a permitir que se transmitam as tradições militares de bravura e heroísmo do povo angolano.
"Hoje temos uma Força Aérea pronta e capaz de cumprir com as grandes missões que lhes são reservadas, no quadro das missões genéricas das FAA. Temos uma Força Aérea que pauta pelo aperfeiçoamento e formação permanente dos seus homens na manutenção da técnica, domínio das tecnologias e pela elevação da disciplina militar", esclareceu o CEMGFAA.
Para exemplificar o que disse, o general Pereira Furtado realçou os êxitos alcançados pela Força Aérea Nacional em participações de nível internacional, nomeadamente no Exercício Militar Felino (realiza-se todos os anos), no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e no MEDFLAG que contou com a participação de forças norte-americanas.
Realçou igualmente a presença deste ramo no Exercício Blue Ruvuma, realizado na Tanzânia em 2006, no âmbito da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Numa análise mais geral, o general Furtado apontou a necessidade de elevação do estado de prontidão das unidades militares e a melhoria das condições de vida dos efectivos e seus familiares.
Como no dia 17 de Dezembro de 2006, por ocasião das comemorações do 14º aniversário da criação do Exército Nacional, realizadas em Kapanda, província de Malanje, o CEMGFAA voltou a referir-se à problemática das promoções no ramo castrense.
Deste modo, o general garantiu que o Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas vai reorientar, em breve, a política de promoções e graduações dos seus efectivos.
"Vamos procurar outra forma de estimular o militar, mas não pela via de promoções de patente. Vamos produzir e levar à aprovação das instâncias de direito as leis e normas de condecoração e outros estímulos que dignifiquem e prestigiem também os militares e as suas instituições.
Acrescentou que a direcção central das FAA tem de criar as condições reais para o soldado, sargento, oficial e o general, assim como imprimir uma nova visão dos recursos humanos, com a identificação do pessoal militar, para que se possa gerir de forma mais adequada as quotas financeiras disponíveis.
"Os critérios de promoção, na óptica da lógica, não se apresentavam como os mais acertados. As razões são evidentes e os resultados são palpáveis. Em suma, é necessário a aprovação urgente da lei das carreiras militares e outras legislações que regulamentam a gestão correcta das FAA", esclareceu Pereira Furtado.
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