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«Não sou candidato de oposição à Fretilin», afirma Ramos Horta
- 24-Feb-2007 - 17:52
O primeiro-ministro timorense José Ramos Horta afirmou hoje à agência Lusa que a sua candidatura às eleições presidenciais não é contra a Fretilin.
Por Pedro Rosa Mendes
da Agência Lusa
"Não sou candidato de oposição à Fretilin", afirmou o primeiro-ministro na sua primeira entrevista enquanto candidato à presidência.
Ramos Horta lança oficialmente domingo a sua candidatura em Laga, uma aldeia dos arredores de Baucau onde cresceu e viveu entre os 11 e os 17 anos de idade.
Outra das razões porque decidiu apresentar a sua candidatura em Laga prende-se com o facto de ser uma das regiões mais pobres do país.
"É uma candidatura de milhares de timorenses que vêm de muitos partidos, incluindo da Fretilin. Não faço oposição à Fretilin, nunca o fiz e nunca o irei fazer", adiantou.
"Estas eleições deste ano são mais personalizadas porque a comunidade internacional assim como o povo timorense estão muito mais elucidados sobre quem é quem". O povo, segundo Ramos Horta, são pessoas e sabem "que, afinal, o país avança ou recua conforme a qualidade de lideres que tem".
Ramos Horta disse que em 2001 nas eleições para a constituinte, ganhas pela Fretilin, "os timorenses votaram em partidos, em bandeiras e não em caras". Agora, concluiu, "já estão atentos e vão escrutinar um por um os nomes das listas de cada partido".
José Ramos Horta considera-se um candidato livre e independente nas eleições presidenciais. "Felizmente não devo grandes favores a nenhum partido politico. Não estou comprometido com ninguém, apenas com este povo".
O primeiro-ministro timorense disse ainda que decidiu candidatar-se quando regressou de nova Iorque há uma semana. "Quando cheguei a Díli fui informado que uma comissão informal já tinha recolhido alguns milhares de assinaturas, sem a minha luz verde".
José Ramos Horta referiu a titulo de exemplo que "só em Baucau num dia recolheram mil assinaturas quando bastavam 100".
O primeiro-ministro sublinha que é um candidato reticente às eleições de 9 de Abril e "não é por recear a campanha e o possível desfecho negativo, pelo contrário". Diz Ramos Horta: "Devo ser o único líder do mundo em campanha eleitoral desejando vir a ser rejeitado".
José Ramos Horta explica que, no caso de não ser eleito, ficará "de consciência tranquila" uma vez que a sua candidatura "é em primeiro lugar uma questão de consciência". E afirma: "Se eu não me candidatasse seria severamente critica do por muitos timorenses e amigos internacionais na Indonésia, na Comissão Europeia, em Washington, no Conselho de Segurança e na Austrália".
Frisando que tem vários apoios internacionais José Ramos Horta considera que os dois governos constitucionais de Timor-Leste "beneficiaram de apoios através dos seus contactos pessoais". Em relação às condições de segurança para a campanha eleitoral, Ramos Horta confirmou que a existência de um acordo entre o procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro, e o major Alfredo Reinado.
O militar, principal rosto da critica politico-militar de 2006 fugiu de uma prisão em Díli a 30 de Agosto. Segundo revelou o primeiro-ministro, o procurador Longuinhos Monteiro esteve com o Major Reinado há três semanas em Gleno. "Houve uma acordo explíctio, assinado pelos dois, em que Reinado pela primeira vez se compromete a ser ouvido no caso das armas" entregues a civis.
Alfredo Reinado ter-se-á comprometido também "a comparecer perante a Justiça no caso da troca de tiros a 23 de Maio de 2006, na qual, alegadamente, pelo menos um membro das F-FDTL foi morto por ele".
Quanto a Xanana Gusmão, José Ramos Horta insiste que o falado novo partido inspirado pelo presidente da República de Timor-Leste continua, para ele, um "mistério".O primeiro-ministro salienta, no entanto, que Xanana Gusmão poderá ter um futuro político depois de abandonar a chefia do Estado.
"Ele é novo, com muito dinamismo e é um homem bom. Não há nenhum político que seja tão respeitado como ele", disse.

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