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ONGs exigem esclarecimentos sobre acordos com o Zimbabué
- 30-Mar-2007 - 15:52
Várias organizações não governamentais angolanas condenaram hoje em Luanda a violação dos direitos humanos no Zimbabué, exigindo que o governo angolano esclareça a natureza do acordo policial e de segurança recentemente assinado entre os dois países.
Esta posição foi divulgada no final de um encontro, convocado por cinco organizações da denominada sociedade civil, para reflectir sobre a situação actual naquele país africano.
Os participantes no encontro pediram à Assembleia Nacional que interpele o governo de Angola para que este se pronuncie sobre o envolvimento angolano na situação do Zimbabué.
Durante o encontro, foram denunciadas as práticas de violação dos direitos humanos do governo zimbabueano, contrárias à carta africana dos direitos do homem e dos povos, aos princípios da União Africana (UA) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
"As organizações da sociedade civil angolana denunciam a 'diplomacia do silêncio' dos Presidentes da SADC, apelando a que pressionem o governo do Zimbabué a dialogar com a oposição política e a sociedade civil", indica o comunicado final do encontro.
O documento final defende ainda a criação no Zimbabué de espaços para a promoção e defesa dos direitos humanos, ao mesmo tempo que se solidariza com a actividades das organizações que naquele país procuram defender esses direitos, bem como com o povo zimbabueano.
À União Africana solicita-se que tome todas as medidas com vista a banir as violações dos direitos humanos, prestando todo o apoio ao processo de democratização do Zimbabué.
Durante os debates, um dos intervenientes, o advogado João Pinto, considerou a situação no Zimbabué como uma "vergonha africana" que põe em risco a existência do povo e cultura daquele país.
"É preciso que os africanos reflictam para onde querem ir em termos de futuro", salientou João Pinto.
Por seu lado, o reverendo Ntony Zinga, secretário executivo do Comité Inter-Eclesial para a Paz em Angola (COIEPA), disse que a instabilidade do Zimbabué poderá afectar os países africanos, sobretudo os vizinhos Moçambique e Zâmbia, onde se assiste à chegada de um elevado fluxo de refugiados proveniente do país vizinho.
"São precisas mudanças profundas na governação do Zimbabué, cujo executivo não quer saber de mudanças", afirmou Ntony Zinga.
O docente universitário Mário Pinto de Andrade considerou, na sua comunicação, que a democracia no Zimbabué ao invés de se consolidar, regrediu depois da independência, acusando os países da SADC de fecharem os olhos a essa situação com a sua "diplomacia da hipocrisia".
"Como é possível que a SADC se solidarize, ao mesmo tempo, com o governo do Zimbabué e com o povo que muito sofre com as sanções económicas nesse país?", questionou Pinto de Andrade.
Segundo este professor, não se pode acreditar que num momento crítico como o que está a atravessar o Zimbabué, Angola tenha enviado o seu ministro do Interior, Roberto Leal Monteiro "Ngongo" numa visita oficial àquele país.
"Obviamente que essa atitude de Angola remete-nos para o exercício da diplomacia do gatilho", acusou Mário Pinto de Andrade.
Esta jornada de reflexão realizada hoje em Luanda foi convocada pelo Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos, pelo Centro Nacional de Aconselhamento, pela Associação Justiça, Paz e Democracia, pelo Fórum das Organização Não-Governamentais Angolanas e pela Plataforma da Sociedade Civil para as Eleições.

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